2010/06/10

Voos para plataformas enfrentam saturação do aeroporto de Macaé

Local recebe o maior volume de helicópteros da América Latina, a maioria com destino a plataformas de exploração de petróleo

O cenário é o mesmo dos maiores aeroportos do Brasil: o terminal está lotado e os passageiros aguardam de pé ou até sentados no chão. Uma voz no alto-falante repassa informações sobre embarques e cancelamentos de voos. Mas na tela do aeroporto de Macaé, no litoral do Rio de Janeiro, as rotas não informam as cidades de destino, mas siglas, como P-12 e P-48, que indicam em qual plataforma de exploração de petróleo os passageiros vão desembarcar.

Todos os dias, a Petrobras encaminha para as empresas de helicóptero uma relação de nomes de funcionários ou trabalhadores de prestadoras de serviço que viajarão até as plataformas de petróleo. Os passageiros se informam sobre a empresa e o horário do voo no mural do próprio aeroporto. Antes de embarcar, seguem para uma sala na qual recebem as instruções de segurança. A lotação máxima é de 18 passageiros por voo. No helicóptero, todos vestem um colete laranja, usado para facilitar a identificação em caso de pouso na água. O trajeto varia conforme a distância entre 30 minutos até 1h30.
Assim funciona o transporte da equipe que atua nas plataformas da Petrobras na Bacia de Campos. Em geral, a jornada inclui 14 dias de trabalho e 21 de folga, para os funcionários da Petrobras. A folga é menor para os terceirizados.

Marina Gazzoni
iG Economia

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