2016/09/30

Campos: eleições 2016

"Estão querendo amedrontar”
Aluysio Abreu Barbosa, Suzy Monteiro, Alexandre Bastos e Arnaldo Neto
Foto: Rodrigo Silveira

“Esse grupo político pega mentira. Mentira atrás de mentira, para tentar denegrir a imagem da oposição. Isso eu posso falar por todos os colegas candidatos da oposição”, dispara Rafael Diniz, candidato à Prefeitura de Campos pelo PPS, ao comentar sobre a tentativa dos de ligar aos oposicionistas a suspensão do Cheque Cidadão. Primeiro entrevistado na série da Folha com os candidatos à Prefeitura, Rafael comentou sobre pesquisas e o clima tenso da campanha. Para ele, quem está “jogando sujo” é o secretário de Governo Anthony Garotinho (PR). “Quem instituiu esse tipo de política em Campos foi Garotinho há 30 anos. E hoje, o que o grupo dele faz, os pupilos, os comandados dele fazem também”, afirmou Diniz, que também falou sobre propostas “para implementar uma gestão diferente em nosso município”.

Folha da Manhã – Esta entrevista vai ser publicada na segunda, mas está sendo realizada na sexta. Algumas horas atrás o governo Rosinha (PR) teve uma secretária, a coordenadora do Cheque Cidadão e outras oito pessoas beneficiadas pelo programa foram presas pela Polícia Federal pelo uso do programa como moeda de troca eleitoral. O que você sabe dessa operação? Qual a sua opinião sobre isso?
Rafael Diniz – Com a correria da campanha, eu acompanhei olhando rapidamente os blogs. Mas o que a gente tem acompanhado é esse uso irresponsável do Cheque Cidadão para ter voto. O que eu tenho defendido na campanha é a manutenção do Cheque Cidadão, mas de forma responsável. Ofertar o Cheque Cidadão para as famílias que precisam. Tem muita família que não precisa e está recebendo no lugar de família que precisa. Quero garantir para as pessoas a manutenção desse programa que é tão importante. Não podemos admitir o que está acontecendo na nossa cidade. Mais uma vez Campos ocupando as páginas de polícia em termos de eleição.

Folha – O Governo tem uma base de proteção social muito forte. O Cheque Cidadão, a Passagem a R$ 1.
Rafael – Eu tenho defendido que nós temos que manter os programas sociais. Só que nós temos que ir além, melhorar os programas sociais. Manter Cheque Cidadão, manter passagem a R$ 1, continuar a construir casas populares, conjuntos habitacionais. Mas temos que melhorar. Por exemplo, é garantir o Cheque Cidadão para as famílias que precisam e mais que isso, gerar oportunidade de emprego para as pessoas. Nós temos que garantir a passagem e, mais que isso, colocar ônibus nos bairros. Hoje não tem ônibus nos bairros, mesmo com uma passagem barata. Mais que oferecer casas populares, nós temos que oferecer lar para as pessoas. Nos conjuntos habitacionais, levar junto com as casas, saúde, educação, segurança, transporte público, dignidade, saneamento básico. Manter os programas sociais, mas fazer diferente: melhorar e ampliar os programas sociais.

Folha – Sobre o Cheque Cidadão, nessa sexta, um jornal de Campos teve a seguinte manchete: “Oposição faz Justiça suspender Cheque Cidadão”. O proponente da ação é o Ministério Público Eleitoral. Seis dos setes promotores.
Rafael – O primeiro a denunciar fraude no Cheque Cidadão foi Garotinho, lá atrás. Denunciou e não fez nada. Agora quem está fazendo é o Ministério Público Eleitoral. E mais uma vez esse governo, esse desgoverno, esse grupo político, pega mentira. Mentira atrás de mentira, para tentar denegrir a imagem da oposição. Isso eu posso falar por todos os colegas candidatos da oposição. Tentam dizer que só eles vão manter os programas sociais. É mentira. Eles têm que falar deles. E mais uma vez vem na capa do jornal, o jornal deles, dizer que foi a oposição. A oposição não, foi o Ministério Público Eleitoral. Fez uma investigação e através da Polícia Federal está prendendo as pessoas que possivelmente possam estar envolvidas em um absurdo como esse, explorando as pessoas para ter voto.

Folha – Além do Cheque Cidadão, teve a contratação por recebimento de autônomos, por RPA, foi alvo de ação. Como é que você esta questão dos RPAs?
Rafael – Campos tem que contratar pessoas para trabalhar. Tem que valorizar, garantir o concurso público. Eu sou um defensor do concurso público, mas existem funções que tem que ser por contratação temporária. As pessoas que querem trabalhar em Campos, vão trabalhar em Campos. Nós não vamos perseguir as pessoas. Parar com essa história de dar emprego só para ter apoio político. Se precisa dar emprego, nós vamos gerar emprego na cidade. Se precisa contratar pessoas para trabalhar na máquina pública, nós vamos contratar pessoas para trabalhar na máquina pública. Mas sem explorar essas pessoas. Sem coagir as pessoas. Sem querer mandar nessas pessoas. Garantindo liberdade para essas pessoas também. E se mais uma vez eles utilizam essa forma para ter voto, nós temos que esperar a Justiça que, pelo visto, está começando a fazer sua parte, podendo punir as pessoas que estão utilizando o Cheque Cidadão e o RPA. É garantir emprego para essas pessoas, mas não para ter voto.

Folha – Você acha que isso está acontecendo?
Rafael – Pelas denúncias, pelo que a gente está escutando, acredito que sim. Acompanhando as denúncias e tudo que está acontecendo pelo Ministério Público Eleitoral. A gente sente que as pessoas estão um pouco com medo. Esse é o grande problema dessa eleição. O governo está amedrontando o cidadão campista para não ter o direito de votar com liberdade. Eu falo isso, não é uma questão de votar no Rafael Diniz, é uma questão de dar ao cidadão o direito de votar em quem ele quiser. E o governo por ver o crescimento do nosso nome, por ver o crescimento da possibilidade de a oposição ganhar essa eleição, está amedrontando as pessoas. Amedrontando aquele que recebe Cheque Cidadão, inventando mentiras. Amedrontando aquele que utiliza a passagem a R$ 1, inventando a mentira que não vai manter a passagem a R$ 1. E amedrontando o contratado dizendo que ele vai perder seu emprego. Medo. Instituíram o medo nessa eleição e, infelizmente, isso já é um hábito desse grupo que está aí.

Folha – Você falou que sua candidatura tem crescido. A última pesquisa divulgada foi a do Gerp (a entrevista foi feita na sexta, antes da divulgação da Pro4, ontem, com Rafael na liderança), que deu empate, com a diferença de 1 ponto, irrisória diante da margem de erro. Isso indica um jogo muito igual e polarizado. Você concorda com essa análise? Você acha que ela pode te atrapalhar, te ajudar?
Rafael – Eu acho que o que a gente está sentindo na rua é o crescimento do nosso nome. De certa forma, você entende a força da máquina. Uma força que a gente sabe de onde está vindo, o que está sendo comprovado pelo Ministério Público Eleitoral e pela Polícia Federal de onde está vindo. Mas de qualquer forma, o nosso nome, graças a Deus, não para de crescer. Isso é fruto do nosso trabalho. E vamos continuar trabalhando.

Folha – Você falou sobre a tentativa de creditar à oposição uma iniciativa no Ministério Público. Em relação a você, nas redes sociais e na campanha do governo as coisas têm ficado bastante agressivas nas últimas duas semanas. Ao que você credita isso?
Rafael – Vamos voltar 30 anos. Garotinho começou a vida política dele fazendo o que ele e os pupilos dele estão fazendo 30 anos depois. Ele começou a vida política dele jogando sujo, desrespeitando a honra do meu avô, discutindo e falando mal de família. Quem instituiu esse tipo de política em Campos foi Garotinho há 30 anos. E hoje, o que o grupo dele faz, os pupilos, os comandados dele fazem também, é tentar manter esse tipo de política, que eu condeno. Quem acompanha meu mandato de vereador sabe que eu jamais desrespeitei a honra ou a pessoa dele, da família ou de qualquer pessoa, a esposa dele, que é a prefeita do município, que se diz a prefeita do município. Nunca fiz isso. A minha política é limpa, eu jogo limpo, eu jogo na bola. Obviamente, quem me conhece sabe que eu enfrento. Quando tenho de enfrentar, eu enfrento, mas não jogo sujo. A gente lamenta. Estamos vendo ataques e mais ataques, mentiras e mais mentiras, montagens de vídeo atrás de montagens de vídeos. Mas o interessante é que vemos a própria população, nas próprias redes sociais, onde esses ataques estão acontecendo, ela está cansada desse tipo de política. Tanto que a própria defesa acontece espontaneamente pelas pessoas. Elas estão repudiando esse tipo de política. Eu tenho que lamentar, entender que esse é o jogo. Quem me conhece sabe que não sou de ficar acuado e vou continuar a minha luta. Só que eu não vou jogar o jogo sujo deles. Não é esse tipo de política que defendo. Eu jogo um jogo do enfrentamento e de propor aquilo que quero para Campos. O grande problema é que eles ficaram nessa picuinha nesse tempo todo, ao invés de propor um debate melhor para Campos. É isso o que estou propondo para todas as pessoas que estão dispostas a debater uma cidade melhor.

Folha – Para o segundo turno, pelo que está sendo apontado pelas pesquisas, há a possibilidade matemática de você chegar à frente no primeiro turno. Se isso acontecer, o “pula-pula” do governo para você começa no dia seguinte?
Rafael – Não sei. Eu, Rafael, nunca passei por isso. A gente escuta, já vivemos de fora outras experiências. Eu sou aquela pessoa de trabalhar até o dia 2. Eu lembro do meu pai, ele perdeu por dois votos. Obviamente em uma candidatura a prefeito, esses dois votos podem ser transformados em um pouquinho mais, mas ainda pode ser pouco para disputa para prefeito, tanto para garantir o primeiro turno, quanto o segundo turno. Tudo pode acontecer. Estou focado nesse trabalho até a véspera do dia 2 de outubro e esperar o resultado aparecer na urna. Obviamente que isso acontecendo, estando no segundo turno, e se Deus quiser, nós queremos estar, estamos trabalhando para isso. Vamos conversar com todas as forças de oposição, com toda a sociedade, com todo o eleitor. Zera tudo e o cidadão vai ter a oportunidade, de novo, de escolher qual candidato ele quer.

Folha – A sua pré-campanha foi muito criticada por ter conseguido apenas dois partidos: Rede e PV. Outras candidaturas agregaram muito mais apoio do que a sua. Em um eventual segundo turno, esse leque precisa ser ampliado?
Rafael – Acho que toda pessoa que entender que nossa candidatura representa aquilo que Campos precisa, toda pessoa que entender que é dessa forma que nós fazemos política, vai ser bem-vinda ao nosso processo. Eu nunca fechei a porta para ninguém, sou um cara que dialoga na Câmara. Dialogo com os vereadores da oposição, com os vereadores da situação. Sempre mantive um bom relacionamento com todo mundo, basta vir para nosso campo político. Se dividirmos em etapas essa eleição, lá atrás eu me mantive firme quando começou. Qual foi a minha grande vitória naquele período pré-eleitoral de formação de coligação? Foi manter a minha candidatura de pé. E hoje, mesmo continuando com essa forma de política que estamos tentando colocar e apresentar para Campos, uma política para administrar, mas também para fazer eleição de forma diferente, a gente está liderando as pesquisas, acho que é chegar lá e conversar com todo mundo. Se mostrar aberto para todo mundo que quiser fazer a política que estamos apresentando para Campos.

Folha – Essa coisa do grupo fechado se tornou uma coisa que as pessoas falam e você rebate de maneira...
Rafael – Eu falo com as pessoas para irem lá ao nosso comitê, que funciona na minha casa, na tradicional casa do meu avô em Guarus. O que mais tem é gente lá. O que mais tem é gente nos procurando. Nossas caminhadas são as que mais têm gente, nossas reuniões estão sempre cheias de pessoas e nós temos um grupo que recebe todo mundo. Quem quiser fazer parte desse momento que, se Deus quiser, vai ser um momento histórico, vai ser bem-vindo.

Folha – Em um eventual segundo turno com Chicão, como as pesquisas apontam, como você estaria preparado se ele conseguisse mais apoio da oposição do que você?
Rafael – Vou repetir uma frase que falei na minha convenção: quem quiser fazer uma aliança com a gente, que venha, vai ser bem-vindo, desde que faça como nós fazemos a nossa política. A minha aliança, que me fez vereador, que reconheceu o meu mandato e me fez candidato a prefeito e que hoje me coloca liderando as pesquisas, é com o povo, com a população. Por isso eu acordo às 5h e vou para a rua visitar a cidade toda, como estou rodando, conversar com as pessoas. É uma aliança com as pessoas. Aquelas pessoas que estão no campo da oposição e quiserem dialogar com a situação, eles vão ter de responder por isso. Eu vou manter o meu foco, o meu tipo de campanha, conversando com as pessoas.

Folha – Embora não seja o que as pesquisas indiquem, mas e se tiver outro candidato da oposição no segundo turno, qual vai ser seu papel?
Rafael – Uma vez candidato a prefeito, você tem que entender que você é um candidato de uma cidade, de um grupo, que defende uma ideia. Se o nosso modo não for escolhido para estar no segundo turno, coisa que, se Deus quiser, não vai acontecer, eu vou estar ao lado de qualquer candidatura verdadeiramente de oposição. Temos que entender isso. Eu não voto nulo ou em branco. Posso não fazer as minhas melhores opções, não ter o direito de fazer aquilo que eu realmente queria, mas eu voto em alguém da oposição. Mas nós vamos estar no segundo turno.

Folha – Qual é o seu relacionamento pessoal e político com o candidato Caio Vianna (PDT), que se diz de oposição?
Rafael – Nunca fui amigo do Caio. A gente sempre teve um respeito muito grande. Conversei com todos os candidatos de oposição, como tenho um respeito muito grande por ele, pela família dele e por todos os outros candidatos. Nossa relação é essa, uma relação de candidatos, de políticos do nosso município.

Folha – E com o candidato Geraldo Pudim (PMDB), como é a sua relação?
Rafael – A minha aproximação com Pudim tem sido nessa eleição, quando a gente se encontra nos debates e tem sido a mais respeitosa possível.

Folha – E Nildo Cardoso (DEM)?
Rafael – Com Nildo Cardoso tenho uma relação muito próxima. Ele era um grande amigo do meu pai, é um grande amigo meu, é o líder da oposição e tenho um respeito, um carinho enorme por ele e pela família dele. Temos uma relação de pai e filho. Mais do que aproximação, temos uma relação pessoal.

Folha – Relação de pai e filho não tem dado muito certo nessa eleição...
Rafael – Sobre essa questão de pai e filho, do próprio Arnaldo e Caio, eu daria tudo para ter o meu pai ao meu lado agora. Acho que todos deveriam respeitar a relação do Caio e o Arnaldo, é uma história que é só deles. Ninguém tem nada a ver com isso. Se apoia ou não apoia, é uma relação só deles. Eu tenho que respeitar isso e cobrar o respeito das pessoas.

Folha – E parece que foi isso que determinou a queda abrupta do Caio...
Rafael – Se foi isso que determinou ou não, eu não fui o causador disso e jamais seria. Para mim vem primeiro a família. Depois vem a eleição.

Folha – Você fala que isso é só deles, mas para o eleitor isso importou.
Rafael – Pode ter importado, pode ter enfraquecido o próprio Caio, mas eu procuro ter muito cuidado. Eu tenho saudade do meu pai, muita saudade do meu pai. Queria muito estar podendo sentar para ver um jogo de futebol com ele, dar um beijo, um abraço. Então quero mais que pai e filho fiquem bem sempre. Todos os pais e filhos têm que ficar bem. Eu tenho defendido isso na rua. Quando as pessoas falam da relação do Caio com Arnaldo, eu peço respeito à relação do Caio com Arnaldo. É uma relação deles que todo mundo tem que respeitar.

Folha – Completando os candidatos de oposição, qual sua relação política e pessoal com o candidato Rogério Matoso (PPL)?
Rafael – Temos uma relação muito boa, muitos amigos em comum. O próprio irmão dele é um grande amigo de escola. Temos muitas afinidades, é uma relação muito boa.

Folha – Você falou sobre desconstrução de campanha e uma coisa que tem sido muito usado é o seu apoio a Pezão (PMDB) na campanha de 2014. A gente sabe o desgaste do governo do estado. O nome de Pezão na campanha é um ônus sem bônus?
Rafael – Não vejo, de certa forma, nem como ônus, nem como bônus. O apoio que eu dei em 2014, eu e mais de 117 mil campistas que apoiaram votando em Pezão, não foi só o Rafael Diniz. Não sou membro do grupo político de Pezão, tanto que o partido do governador que é o PMDB tem sua candidatura. A minha candidatura é outra, é por outro partido que é o PPS e é outra coligação. Não é uma questão de ônus ou de bônus. Foi uma história que aconteceu em 2014, tenho muito respeito pela pessoa do governador como tenho por todo mundo, passa por um problema agora de saúde e todo mundo tem que respeitar também, mas não é uma questão de ônus ou bônus, foi um momento de 2014 e hoje estou vivendo esse momento meu aqui.

Folha – A gente começa no domingo (ontem) uma série de debates como o da Record, da Uenf e da Inter TV. Apesar de jovem, você tem experiência de orador por ter sido vereador, exercendo mandato na Câmara ainda. Você acha que isso vai fazer a diferença nesses debates?
Rafael – Espero que faça. Acho que você ter a oportunidade de falar para milhares de pessoas, se você puder passar bem o recado, espero que faça essa diferença sim. Espero que me ajude bastante, mas só na hora do debate que a gente vai saber como cada um vai se sair. É respeitar todos os candidatos e apresentar nossas propostas para Campos, para que o eleitor possa fazer sua opção. Lembrando que o que nós precisamos transformar em Campos também, inclusive no período eleitoral, é que cada cidadão é dono do seu voto. Parar com história de político que se acha dono do voto de todo mundo. Eu, Rafael, sou dono de um voto só, que é o meu e acabou. O máximo que posso fazer é me apresentar para as pessoas, apresentar minhas propostas, que é o que venho fazendo até hoje na nossa campanha. E que o eleitor escolha.

Folha – Antes desses debates, vocês já participaram de alguns encontros. Como você avalia esses encontros anteriores?
Rafael – Foram oportunidades de os candidatos se encontrarem para todos apresentarem suas propostas, até para haver oportunidades de questionamentos entre as propostas e, o principal, como acabei de dizer, todo mundo já pode se conhecer. De certa forma foi uma prévia do que está para acontecer nos próximos dias, que são os principais debates. Mas achei muito produtivo, tanto na escola quanto na Apoe.

Folha – Por falar na Apoe, lá teve um episódio meio que simbólico que foi o momento que um garoto chegou a chorar durante as divergências de ideias junto com o candidato governista que está empatado com você nas pesquisas. Gostaria que você comentasse um pouco sobre aquele episódio da Apoe.
Rafael – Aquele episódio foi constrangedor, foi vergonhoso. Dr. Chicão, um pediatra de respeito na nossa cidade, temos que reconhecer, desrespeitou uma criança e fez uma criança chorar. Foi isso que aconteceu, o que é constrangedor. Se a gente está ali para debater o futuro dessa cidade e a criançada é o futuro da nossa cidade, você já começar desrespeitando uma criança, foi isso que aconteceu. E o que eu pude fazer foi mostrar ao Maicon, que ele tem o meu respeito. Falar que ele não conhece a cidade, quem vive a cidade? Quem sofre com esse desgoverno que está aí? É o Maicon. Então tem que, no mínimo, respeitar o Maicon e ouvi-lo. Esse é o grande problema desse governo que está aí, ou melhor, desgoverno do qual Doutor Chicão faz parte, não escuta as pessoas. Acham que são os donos de Campos, mas o dono dessa cidade é também o Maicon.

Folha – É inegável que nas duas últimas semanas aconteceu um fenômeno que estão chamando, na falta de melhor nome, de “onda Rafael Diniz”, você cresceu muito. Se for acompanha a série do Pro4, você deu uma patinada ali entre 11% e 13% com crescimento, mas na margem de erro, depois subiu para casa dos 20%. Subiu muito num espaço pequeno de tempo. Ao que parece é uma onda. Esse voto parece pulverizado em idade, classe social, em localização. Você vê petistas, defensores do governo da ex-presidente Dilma e do ex-presidente Lula, declarar voto a você e com o mesmo ardor de gente que vota em Bolsonaro. É uma coisa que está acima de ideologia, ao que parece. Como você vê isso?
Rafael – Eu vejo com muita satisfação e, de certa forma, vejo dando resultado aquilo que eu comecei a construir lá atrás. É o que eu falo com as pessoas e sempre falei com as pessoas. Obviamente que as discussões do plano nacional são importantes. Trata-se do nosso país, mas não podemos pensar que vamos transformar o Brasil, se não transformarmos primeiro nossa cidade. Eu sempre fiz esse questionamento. Todo campista que quer fazer essa cidade diferente tem que guardar um pouco seus ideais a nível nacional para repensarmos juntos essa cidade. O dia que o campista souber separar suas diferenças político-partidárias, suas diferenças de ideologia, e juntos repensarmos essa cidade, entendendo que o outro pode ter razão para que eu também possa ter razão, a gente vai começar a transformar essa cidade. Para transformar o Brasil, a gente precisa transformar Campos primeiro. Aí eu lembro do meu saudoso pai: o município é o princípio da nação. Quer transformar o Brasil? Transforma Campos primeiro.

Folha – Na sua coligação, a projeção é que faça dois, no máximo três vereadores. Se forem feitos três, sendo 25 cadeiras, como vai ser a relação do prefeito com a Câmara?
Rafael – Minha relação com a Câmara vai ser exatamente aquela que eu sempre cobrei enquanto vereador. Somos poderes independentes, que devemos trabalhar de forma harmônica. Entender que a Câmara é um poder constituído e eu, enquanto futuro poder executivo, tenho que respeitar as decisões da Câmara para que a Câmara possa respeitar as minhas decisões. E se eu enquanto prefeito quero o melhor para minha cidade e tenho certeza, ou pelo menos espero, que os vereadores eleitos também queiram o melhor para a cidade. Agora é parar com aquela história de pegar um projeto e mandar de imediato, de emergência, para a Câmara. Obviamente que existem alguns casos, as ressalvas que vamos ter que fazer, mas vamos estar lá debatendo com os vereadores, apresentando os projetos aos vereadores e trazendo os vereadores para perto. Entender que eles podem administrar comigo. Eles não querem o bem para os bairros deles, para as localidades deles, para a população, para os eleitores deles? Todos os bairros e localidades são localidades de Campos, a cidade onde vou ser prefeito, se Deus quiser. Todos os eleitores deles são eleitores e cidadãos de Campos. Eleitores e cidadãos da cidade que eu vou ser prefeito, se Deus quiser. Então é abrir para eles o debate, mostrar para eles que eles podem sim discutir e governar com a gente, sempre olhando no olho, falando a verdade, “sim, sim”, “não, não".

Folha – Pergunto isso, sobretudo, porque a gente tem exemplos nacionais como agora o impeachment da presidente Dilma, tem exemplos aqui em municípios vizinhos como Itaocara onde o prefeito do Psol praticamente não conseguiu governar, foi afastado pela Câmara depois voltou. Quer dizer, essa relação com o legislativo pode levar a inviabilidade ou até mesmo o afastamento do chefe do poder executivo. Como você espera que essa relação se dê?
Rafael – Como eu falei, eu vou tentar de todas as formas trazer todas as pessoas para perto para debatermos e dialogarmos sobre a nossa cidade. Tenho certeza que boa parte vai querer isso. Aquelas que não quiserem, vamos garantir o direito de fazer uma oposição. Desde que faça uma oposição responsável, como sempre fiz. Votando favorável pelo que é bom para Campos, como sempre fiz, nunca votei contra aquilo que considerei bom para Campos, mesmo sendo projeto da prefeita ou de qualquer vereador governista, como por exemplo a questão da revisão das dívidas do município, nós fomos lá e aprovamos o projeto; projetos em relação à Cheque Cidadão, nós tivemos lá e tudo que precisou ser feito, a gente fez. Obviamente que foram poucos os projetos pensando nessa cidade que o governo apresentou, mas tudo que foi colocar a favor do município que nós de oposição entendemos ser necessário, nós fizemos. Agora espero que eles façam também e quem quiser ser oposição a gente, que seja. Mas eu sou um cara muito pé no chão e tem muita água para passar embaixo dessa ponte antes da gente chegar lá. Deixa chegar dia 2 de outubro primeiro.

Folha – Passagem social e cheque cidadão, você se comprometeu, dentro de critérios de fiscalização, a manter os programas. Você acha que vai encontrar viabilidade financeira pra isso?
Rafael – A administração de Campos hoje é uma caixa preta. Caixa preta essa que eu vivo tentando desvendar ou abrir durante o meu mandato de vereador. Por várias vezes entrei com pedidos de informação na Câmara e não consegui ter acesso a essas respostas. A nossa primeira medida será uma auditoria. Mas deixar claro, isso é importante, auditoria não tem nada a ver com caça às bruxas, revanchismo, perseguição a quem quer que seja. É uma oportunidade que eu vou ter de entender o que esse desgoverno fez com a nossa cidade. E a partir daí tomarmos pé da situação, diagnosticarmos toda a situação do município e tomarmos as medidas que vamos poder fazer. Pelo que a gente vê são duas coisas que eu enxergo: o empréstimo a ser pago, então que de certa forma estamos pendurados em juros altíssimos, pela irresponsabilidade deste desgoverno que aí está, e da outra forma também são vários contratos que a gente vê a Prefeitura está pagando, cumprindo com esses contratos, contratos que a gente considera desnecessários. Então, eu prefiro me apegar neste caminho que nós temos de solução. Quando a gente fala em crise, nós temos que redimensionar as dívidas e gerar receita. Por isso que um dos nossos programas é criar um escritório de elaboração de projetos estratégicos. O que é isso? Um corpo técnico para criar projetos que possam captar recursos na esfera pública e na esfera privada. Trazer parceiros para Campos.

Folha – A Prefeitura está quebrada? O que você espera encontrar?
Rafael – A administração de Campos está quebrada. E se não fossem os nossos heróis servidores a situação estaria muito pior. E nós precisamos tirar essa cidade do buraco. Nós vamos unir todos os cidadãos campistas para tirar essa cidade do buraco. Foi uma das poucas vezes que a prefeita Rosinha conseguiu falar a verdade foi quando ela admitiu que a cidade estava no buraco. Valorizar o servidor, dar estrutura ao servidor, porque é ao lado do servidor que vamos reerguer essa administração, que hoje está quebrada por causa desse desgoverno que hoje aí está.

Folha – Na última entrevista, a gente fez uma analogia entre você e o presidente estadunidense, Barack Obama, no que se refere, especialmente, à utilização de mídia social. A campanha dele, há oito anos, inovou. Ganhou a eleição com mídia social e blogs. E você respondeu a esta analogia, usando o slogan dele “yes, we can”. Vocês poderão? Como?
Rafael – A gente vem demonstrando nas redes sociais que é possível. Já estamos alcançando 26 mil seguidores, de forma orgânica, de livre e espontânea vontade, 26 mil campistas nos seguem. Faço um ao vivo diariamente, de segunda a sexta, e só ontem (quinta-feira, dia 22) batemos o recorde de quase 470 pessoas ao vivo nos acompanhando e interagindo com a gente. Garotinho tem 170 mil seguidores e interagem com ele ao vivo 80 pessoas. Então acho que estamos mostrando nossa força aí, pela rede social. Mas disse lá atrás: quem vai mostrar o que isso tudo representa é a urna, no dia 2 de outubro. Mas, até lá, toda forma de conquistar votos, que seja legal e moral, eu vou utilizar. E, se a rede social é uma dessas, eu estou utilizando desde cedo e tentar apresentar meu nome para as pessoas. Se eu só tenho 38 segundos de TV, o que eu tenho que depende de mim? Uma coisa que todo cidadão tem, que é a rede social, que está sendo muito bem trabalhada, sola de sapato – tive que mandar minha bota esses dias para ser reformada para poder continuar usando, garganta, voz, olhar, correr para lá, correr para cá, e é isso que estou fazendo.

Folha – Você falou também que Garotinho tinha uma paixão a ser analisada pelo seu avô, que passou para você. Garotinho surge na política como candidato a vereador, teve uma bela votação, não se elegeu porque era do PT, não tinha legenda, depois foi a deputado em 86 e, em 88, ele se elegeu prefeito de Campos, derrotando seu avô e ali marcou o final da carreira de Zezé como protagonista. Vinte e seis anos depois, vem você, que é neto de Zezé, filho de outro político de oposição a ele na Câmara, Sérgio Diniz, e você está apontando nas pesquisas como possibilidade de derrotar o Garotismo. Já perguntei isso antes, mas é meio tragédia grega. É destino?
Rafael – Meu destino, com relação à política, começou a ser traçado lá atrás, no dia em que Papai do Céu, em quem eu confio muito, me colocou como neto de Zezé Barbosa e filho de Sérgio Diniz. Muito tempo depois, quando meu pai estava pronto para ser candidato, veio a falecer. Assumi essa responsabilidade, que já era um sonho que dividia com ele lá atrás. E virei candidato a vereador. Quatro anos depois, hoje me coloco como candidato a prefeito. Disse para você da outra vez e volto a dizer. Muitas pessoas que viveram essa história lá atrás, se apegam a isso: o neto de Zezé Barbosa fazer com Garotinho, o que Garotinho fez com Zezé Barbosa. Mas disse e repito: não é isso que me motiva. Se tenho que passar por isso para chegar ao meu objetivo maior, e já vou dizer qual é meu objetivo, vamos ter que passar por isso. É uma página a ser virada.

Folha – O Garotismo é uma página a ser virada?
Rafael – É uma página a ser virada. É uma página que precisa ser virada. Mas, meu objetivo maior, não é derrotar o Garotinho ou o Garotismo. É reconstruir essa cidade. É devolver para o verdadeiro dono de Campos essa cidade, que é o cidadão campista. Esse que é meu objetivo maior. É buscar alternativas para diminuirmos dependência dos royalties. Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, as novas tecnologias, fortalecer o comércio, trazer indústrias para Campos, gerar empregos, oportunidades. É isso tudo que eu quero fazer. Dar importância a Campos de novo. Devolver o orgulho de ser campista para o campista. Se Garotinho é hoje a página a ser virada para isso, vamos trabalhar para virar essa página. Mas sempre respeitando todas as pessoas. Sempre enfrentando quem precisa ser enfrentado e, quem me conhece sabe, que enfrento, mas virando essa página. O campista tem que ter orgulho da sua terra. Liberdade para pensar, falar e fazer suas escolhas. Eu quero ser o prefeito de Campos, não quero ser o dono de Campos. Quero ser o prefeito das pessoas, não o dono do cidadão campista.


http://www.fmanha.com.br/politica/estao-querendo-amedrontar
26/09/2016 11:00
 
 

2016/09/29

Acompanhe ao vivo o Concred pelo Canal Cooperativo

Congresso Brasileiro de Cooperativismo de Crédito
Participação do Sicoob Fluminense (www.sicoobfluminense.com.br)

Acompanhe on-line a programação do Concred nesta quinta e sexta-feira no http://canalcooperativo.com.br/eventoaovivo.asp, a partir das 08:30h.
Confira a agenda completa de palestras no http://www.confebras.coop.br/concred/programacao-2/

2016/09/28

Campos e a Lava-Jato: PF abre inquérito sobre pagamentos de setor de propina da Odebrecht

Investigação está ligada às suspeitas da 35ª fase da Operação Lava Jato.
Segundo a PF, foram identificados diversos beneficiários de recursos ilícitos.

 Trecho da portaria emitida pela PF sobre a abertura do inquérito referente à 35ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) abriu na terça-feira (27) inquérito relacionado à 35ª fase da Operação Lava Jato, que prendeu Antonio Palocci, ex-ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ex-ministro da Fazenda no governo Lula. Os agentes vão apurar obras suspeitas de irregularidades que foram citadas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – departamento cuja finalidade era pagamento de propina, de acordo com a investigação.

Entre as obras estão o metrô de Ipanema, no Rio de Janeiro, Linha 4 do metrô de São Paulo, construções de presídios, penitenciárias e casas de custódia no Rio, obras do Porto de Laguna (SC), do Aeroporto Santos Dumont, do autódromo de Jacarepaguá e das piscinas olímpicas do Pan-Americano de 2007, também no Rio de Janeiro (veja a lista completa mais abaixo).

Segundo a PF, foram identificados diversos beneficiários de recursos ilícitos repassados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. O inquérito vai investigar a prática de crimes como corrupção ativa e passiva, quadrilha, lavagem de capitais e de fraude a licitações.

O G1 entrou em contato com a empresa e aguarda um retorno.

35ª fase
A mais recente etapa da Lava Jato foi deflagrada na segunda-feira (26). Foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois liberada.

Além de Palocci, foram presos o ex-secretário da Casa Civil Juscelino Antônio Dourado, e Branislav Kontic, que atuou como assessor do ex-ministro. O trio está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que Palocci e Branislav receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

"Conforme planilha apreendida durante a operação, identificou-se que entre 2008 e o final de 2013, foram pagos mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo Palocci. Remanesceu, ainda, em outubro de 2013, um saldo de propina de R$ 70 milhões, valores estes que eram destinados também ao ex-ministro para que ele os gerisse no interesse do Partido dos Trabalhadores", diz o MPF.

Ainda conforme o Ministério Público, o ex-ministro também participou de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht.

Veja a lista de obras suspeitas e beneficiados

(a) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Turista, Lampadinha, Inimigo, Doce relacionado a “Despesas Campos”.

(b) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Casa De Doido, relacionado a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ. Há menção de que o fato foi autorizado por Marcelo Bahia Odebrecht.

(c) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Guerrilheiro, cujo autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht.

(d) Retificação de pagamentos de vantagem indevida autorizada expressamente dada
por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculadas a obras do Porto de Laguna.

(e) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Olho, provavelmente referente a
serviços da Odebrecht relacionado a processamento e tratamento de lixo em São Paulo.

Há menção expressa de que a definição do codinome foi tratada com Marcelo Bahia Odebrecht.

(f) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Baianinho.

(g) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Gordo e Magro.

(h) Pagamentos de vantagem indevida atrelados a obras da Linha 4 do metrô de São Paulo/SP, solicitados pelo Diretor de Contrato das obras Marcio Pellegrini.

(i) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Atravessador, relacionados a obras da Odebrecht Ambiental em Rio das Ostras, havendo menção a autorização do codinome pelo próprio Marcelo Bahia Odebrecht.

(j) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Proximus.

(k) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Dunga e Voador, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht

(l) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Bolinha e Velhinhos, vinculados a Obras da Odebrecht de construção de presídios, penitenciárias e casas de custódia no Rio de Janeiro, sendo que houve autorização expressa de Marcelo Bahia Odebrecht.

(m) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim, Bolinha, Pavão, Local, relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(n) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Alemão, Figueirense, Lagoa, Operador Local e Operador, vinculados aos recebimentos pela Odebrecht em virtude de obras do Porto de Laguna, e também a os codinomes Betão, Zambão, Legislador e Operador, em virtude de recebimentos por execução de obras no Porto do Rio Grande.

(o) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Barba Negra, relacionado a obras do Aeroporto Santos Dummont.

(p) Pedido de autorização a Marcelo Bahia Odebrecht para pagamentos de vantagem indevida ao codinome Barba Verde tendo em vista a necessidade de se aprovar estudo de impacto ambiental para obra do Aeroporto Santos Dummont. Há menção expressa de haverá também pagamento de vantagem indevida por parte das empresas Carioca e Construcap.

Além disso, Benedicto Barbosa da Silva [ex-executivo da Odebrecht] Júnior informou a Marcelo Bahia Odebrecht que iria lhe apresentar, para fins de aprovação, quais seriam os pagamentos devidos pela empresa para a conquista do contrato para execução de obras do aeroporto.

(q) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim, Bolinha, Pavão, Gordo/Magro, relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(r) Autorização expressa de Marcelo Bahia Odebrecht para pagamentos de vantagem indevida que seriam devidos pela negociação ilícita realizada pela Odebrecht para publicação de edital com condições que a favoreciam para modernização do autódromo de Jacarepaguá e obras das piscinas olímpicas do Pan-Americano de 2007. Há menção de a propina seria arcada em conjunto com a Construtora Camargo Correa.

(s) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Cassino, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras no município de Rio das Ostras.

(t) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Animal e Três, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras da Terceira Perimetral de Porto Alegre/RS.

(u) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Orientador, Operador Local e Operador, vinculados aos recebimentos pela Odebrecht em virtude de obras do Porto de Laguna.

(v) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Federal.

(w) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim e Pavão,
relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(x) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Ganso, Pavão, Local, Gordo/Magro relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(y) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Consultor.

(z) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Tipografia, Oriente e Santo.

(aa) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Casa, Ibirapuera, Serrote.

(bb) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Serrote, com expressa previsão de que os pagamentos estão vinculados a recebimento pela Odebrecht pela liberação de recursos pela execução de alguma obra não identificada.

(cc) Inúmeros pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Casa De
Doido, Pavão, Rasputim, Bolinha, Local E Gordo/Magro todos relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(dd) Pagamentos de vantagem indevida atrelados a obras da Linha 4 do metrô de São
Paulo/SP, solicitados pelo Diretor de Contrato das obras 10 Marcio Pellegrini ao agente identificado pelo codinome Estrela.

(ee) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Cassino, cuja autorização foi
expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras no Hospital Geral de Guarus no Município de
Campos dos Goytacazes/RJ.

(ff) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Proximus, Casa de Doido, Sasquat e Dat By Day, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras de algum programa social implementado no Rio de Janeiro/RJ.

Marcelo Odebrecht
Segundo a Polícia Federal, ex-presidente do grupo Odebrecht Marcelo Bahia Odebrecht participava das negociações, a partir do Setor de Operações Estruturadas, organizado para pagamentos ilícitos, segundo a polícia.

No âmbito da Operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht cumpre a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O empresário está preso preventivamente desde junho de 2015.

Outro lado
A defesa do ex-ministro Antonio Palocci e de Branislav foi procurada pelo G1 nesta quarta para comentar a abertura do inquérito, mas até a última atualização da reportagem não havia sido encontrada.

Na segunda, após a prisão de Palocci, o advogado José Roberto Batochio afirmou que o ex-ministro jamais recebeu qualquer vantagem ilícita. Ressaltou ainda que a prisão foi "totalmente desnecessária e autoritária", uma vez que Palocci tem endereço conhecido e poderia dar todas as informações necessárias se fosse intimado a depor.

“A operação que prendeu o ex-ministro é mais uma operação secreta, no melhor estilo da ditadura militar. Não sabemos de nada do que está sendo investigado. Um belo dia batem à sua porta e o levam preso”, afirmou Batochio.

“Soa muito estranho que às vésperas das eleições seja desencadeado mais este espetáculo deplorável, que certamente produzirá reflexos no pleito. Muito mais insólita foi a antecipação do show pelo Sr. ministro da Justiça em manifestação feita exatamente na cidade de Ribeirão Preto, onde Palocci foi prefeito duas vezes. Tempos estranhos”, acrescentou o advogado.

Adriana Justi, Bibiana Dionísio e Fernando Castro
Do G1 PR e da RPC Curitiba

Matéria completa em:
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/09/pf-abre-inquerito-sobre-pagamentos-de-setor-de-propina-da-odebrecht.html


 

Força Nacional atuará em Campos no dia das eleições

Homens da Força Nacional e das Forças Armadas vão reforçar o esquema de segurança em 11 cidades do estado do Rio de Janeiro nas eleições municipais no próximo domingo (2). Além da cidade do Rio, os agentes também estarão em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, São Gonçalo, Belford Roxo, Campos, Macaé, Magé, Queimados e Japeri.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o envio das tropas federais para outros sete estados, além do Rio de Janeiro. O número de militares que participarão desse esquema ainda não foi divulgado pelo Ministério da Justiça e da Defesa.

De acordo com o governo federal, os militares do Exército e da Marinha se dividirão entre as cidades do estado. No caso da região da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, 500 homens da Força Nacional farão o policiamento no lugar da Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil do Rio, 14 pessoas ligadas à política foram mortas nos últimos nove meses na Baixada Fluminense. Após investigações, a polícia descobriu que, de 13 crimes, apenas dois tiveram motivos relacionados à política.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2016/noticia/2016/09/forca-nacional-reforcara-seguranca-de-11-cidades-do-rj-nas-eleicoes.html

2016/09/27

Denúncias à Justiça Eleitoral


Últimas notícias das eleições 2016 em Campos

RAFAEL DINIZ É VÍTIMA DE JOGO SUJO ELEITORAL
O candidato a prefeito de Campos, Rafael Diniz, que lidera as pesquisas de intenção de votos, foi alvo de uma manifestação ilegal, com distribuição de milhares de panfletos apócrifos que atribuem a ele a suspensão do programa cheque-cidadão até depois das eleições municipais. Diniz acionou o jurídico de sua campanha para adotar medidas legais contra a campanha difamatória.

Veja a fraude:



Leia matéria completa no JORNAL TERCEIRA VIA.
http://blogfernandoleite.blogspot.com.br/2016/09/rafael-diniz-e-vitima-de-jogo-sujo.html
 
 
 
 
Rádio Diário FM fora do ar
diario
O juiz avisou, mas ao que tudo indica o abuso continuou.
A rádio Diário FM está novamente fora do ar.
Dessa vez, tendo em vista o alerta que havia sido feito  (aqui), a tendência é que fique assim até o fim da eleição.
 

Vale Voto: PF cumpre mandados de busca e apreensão em órgãos da Prefeitura

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A operação “Vela Voto”, da Polícia Federal (PF), contou com uma nova fase nesta terça-feira (27). A PF cumpre, na manhã desta terça-feira (27), mandados de busca e apreensão em 13 unidades da Prefeitura de Campos. A ação faz parte de inquérito que investiga fraude no uso do programa social Cheque Cidadão para compra de votos.
 
Entre os locais está o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Parque Esplanada.
 
A delegada Carla Dolinski vai comentar sobre o desdobramento da operação em entrevista coletiva.
O blog “Na Curva do Rio” postou nota sobre o assunto (aqui).
 
“Cheque Cidadão, que está sendo utilizado para a compra de votos” – Segundo o delegado que está à frente das investigações, Paulo Cassiano Júnior, o programa está sendo utilizado para fins eleitorais. O programa concede benefício de R$ 200 para famílias de baixa renda.
 
A secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social e a coordenadora do Programa Cheque Cidadão que foram presas na última sexta-feira (23) foram encaminhadas para o presídio Feminino de Campos. A prisão preventiva, que tinha prazo de cinco dias, foi prorrogada. “A investigação diz respeito ao descumprimento do fim público do Cheque Cidadão, que está sendo utilizado para a compra de votos em benefício de candidatos a vereador e candidato a prefeito apoiado pelo atual governo”, afirmou o delegado Paulo Cassiano Junior.
 
 http://www.blogs3.fmanha.com.br/bastos/

Sicoob Fluminense marca presença no maior evento sobre cooperativismo de crédito do país

Evento acontece no Rio de Janeiro entre os dias 28 a 30 de setembro e traz como tema governança, sustentabilidade e inovação.

Governança, sustentabilidade e inovação, temas centrais para o mundo corporativo, também estão presentes no universo das instituições financeiras cooperativas e irão guiar as discussões do 11.º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred). O evento, a ser realizado entre os dias 28 a 30 de setembro, no Windsor Conventions & Expo Center, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, contará com a presença ativa do Sicoob, maior sistema de cooperativas financeiras do País.
 
Em seu estande apresentará as soluções financeiras do Sistema e vai expor as funcionalidades de seus novos aplicativos: Minhas Finanças e Sicoobcard Mobile. O espaço também apresentará os diferenciais institucionais e tecnológicos do Sistema Sicoob e do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), provedor de produtos e serviços para cooperativas do Sistema.
 
O presidente do Sicoob, Henrique Vilares, participa da abertura, o diretor presidente Marco Aurélio Almada do Bancoob, banco do Sistema Sicoob, marcará presença no debate sobre o cenário econômico atual, e o diretor de operações do Bancoob, Ênio Meinen, lança o livro Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades.
 
SICOOB FLUMINENSE
 
Do Sicoob Fluminense, com sede central em Campos dos Goytacazes e atuação em todo o estado do Rio de Janeiro, estarão presentes o diretor Presidente e o Consultor da cooperativa, respectivamente Gil Menezes e Neilton Ribeiro da Silva; o diretor Administrativo-Financeiro, Charles Faria, e a Presidente a a vice-Presidente do CA, Vera Almeida e Eunice Nogueira.    
 
O 11º Concred é o maior e mais importante evento do Cooperativismo financeiro nacional e contará com a presença de dirigentes, técnicos, funcionários e associados de instituições financeiras cooperativas, além de lideranças e representantes cooperativistas, pesquisadores, parlamentares, economistas, políticos e empresários.
Sobre o Sicoob – O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui 3,4 milhões de cooperados em todo o país e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por 491 cooperativas singulares, 16 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação). Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias (empresas de: cartões, consórcios, DTVM, seguradora, previdência) provedoras de produtos e serviços especializados para cooperativas financeiras. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2,5 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem aos associados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras.
 

 Mais informações acesse: www.sicoob.com.br
 
(22) 27262750

2016/09/26

Bomba! "PF lista obras da Odebrecht com suposto pagamento de propina"

Relatório faz parte da 35ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta segunda (26).
Planilhas analisadas mostram pagamento em obras e codinomes.

Um relatório da Polícia Federal (PF) anexado à investigação da 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (26), cita obras onde, de acordo com o delegado, houve pagamento de vantagem indevida por parte da Odebrecht. A lista também traz codinomes de possíveis beneficiários, sem liga-los a obras.

A mais recente fase da Lava Jato prendeu temporariamente ex-ministro Antônio Palocci (PT), Branislav Kontic, que atuou como assessor do ex-ministro, e o ex-secretário da Casa Civil Juscelino Antônio Dourado. Além disso, a Justiça determinou bloqueio de até R$ 128 milhões de cada um.

O foco da operação é a relação entre o Grupo Odebrecht e Palocci.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que o Palocci e Branislav receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.

"Foi possível, também, demonstrar que Antônio Palocci Filho foi o responsável por
coordenar os pagamentos ilícitos em conluio com Marcelo Odebrecht, fatos que podem consubstanciar a prática, em tese, de crimes de corrupção, lavagem de capitais e formação de quadrilha", diz trecho do relatório da PF.

Procurada pelo G1, a Odebrecht afirmou que não vai se manifestar sobre a operação. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que a Lava Jato "parece um espetáculo". “O show tem que continuar. O circo tem que continuar”, afirmou.

"(...) Qual a necessidade de se prender uma pessoa que tem domicílio certo, que é médico, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?", questionou Batochio.

Veja a lista
(a) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Turista, Lampadinha,
Inimigo, Doce relacionado a “Despesas Campos”.

(b) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Casa De Doido, relacionado a
obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ. Há menção de que o fato foi
autorizado por Marcelo Bahia Odebrecht.

(c) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Guerrilheiro, cujo autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht.

(d) Retificação de pagamentos de vantagem indevida autorizada expressamente dada
por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculadas a obras do Porto de Laguna.

(e) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Olho, provavelmente referente a
serviços da Odebrecht relacionado a processamento e tratamento de lixo em São Paulo. Há menção expressa de que a definição do codinome foi tratada com Marcelo Bahia Odebrecht.

(f) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Baianinho.

(g) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Gordo e Magro.

(h) Pagamentos de vantagem indevida atrelados a obras da Linha 4 do metrô de São Paulo/SP, solicitados pelo Diretor de Contrato das obras Marcio Pellegrini.

(i) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Atravessador, relacionados a
obras da Odebrecht Ambiental em Rio das Ostras, havendo menção a autorização do codinome pelo próprio Marcelo Bahia Odebrecht.

(j) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Proximus.

(k) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Dunga e Voador, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht

(l) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Bolinha e Velhinhos, vinculados a Obras da Odebrecht de construção de presídios, penitenciárias e casas de custódia no Rio de Janeiro, sendo que houve autorização expressa de Marcelo Bahia Odebrecht.

(m) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim, Bolinha, Pavão, Local, relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(n) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Alemão, Figueirense, Lagoa, Operador Local e Operador, vinculados aos recebimentos pela Odebrecht em virtude de obras do Porto de Laguna, e também a os codinomes Betão, Zambão, Legislador e Operador, em virtude de recebimentos por execução de obras no Porto do Rio Grande.

(o) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Barba Negra, relacionado a obras do Aeroporto Santos Dummont.

(p) Pedido de autorização a Marcelo Bahia Odebrecht para pagamentos de vantagem indevida ao codinome Barba Verde tendo em vista a necessidade de se aprovar estudo de impacto ambiental para obra do Aeroporto Santos Dummont. Há menção expressa de haverá também pagamento de vantagem indevida por parte das empresas Carioca e Construcap.

Além disso, Benedicto Barbosa da Silva [ex-executivo da Odebrecht] Júnior informou a Marcelo Bahia Odebrecht que iria lhe apresentar, para fins de aprovação, quais seriam os pagamentos devidos pela empresa para a conquista do contrato para execução de obras do aeroporto.

(q) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim, Bolinha, Pavão, Gordo/Magro, relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(r) Autorização expressa de Marcelo Bahia Odebrecht para pagamentos de vantagem indevida que seriam devidos pela negociação ilícita realizada pela Odebrecht para publicação de edital com condições que a favoreciam para modernização do autódromo de Jacarepaguá e obras das piscinas olímpicas do Pan-Americano de 2007. Há menção de a propina seria arcada em conjunto com a Construtora Camargo Correa.

(s) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Cassino, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras no município de Rio das Ostras.

(t) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Animal e Três, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras da Terceira Perimetral de Porto Alegre/RS.

(u) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Orientador, Operador Local e Operador, vinculados aos recebimentos pela Odebrecht em virtude de obras do Porto de Laguna.

(v) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Federal.

(w) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Rasputim E Pavão,
relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(x) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Ganso, Pavão, Local, Gordo/Magro relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(y) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Consultor.

(z) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Tipografia, Oriente e Santo.

(aa) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Casa, Ibirapuera, Serrote.

(bb) Pagamento de vantagem indevida ao codinome Serrote, com expressa previsão de que os pagamentos estão vinculados a recebimento pela Odebrecht pela liberação de recursos pela execução de alguma obra não identificada.

(cc) Inúmeros pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Shark, Casa De
Doido, Pavão, Rasputim, Bolinha, Local E Gordo/Magro todos relacionados a obras do metrô de Ipanema, do Rio de Janeiro/RJ.

(dd) Pagamentos de vantagem indevida atrelados a obras da Linha 4 do metrô de São
Paulo/SP, solicitados pelo Diretor de Contrato das obras 10 Marcio Pellegrini ao agente identificado pelo codinome Estrela.

(ee) Pagamentos de vantagem indevida ao codinome Cassino, cuja autorização foi
expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras no Hospital Geral de Guarus no Município de Campos dos Goytacazes/RJ
.

(ff) Pagamentos de vantagem indevida aos codinomes Proximus, Casa de Doido, Sasquat e Dat By Day, cuja autorização foi expressamente dada por Marcelo Bahia Odebrecht e vinculados a obras de algum programa social implementado no Rio de Janeiro/RJ.

Marcelo Odebrecht

Segundo a Polícia Federal, ex-presidente do grupo Odebrecht Marcelo Bahia Odebrecht participava das negociações, a partir do Setor de Operações Estruturadas, organizado para pagamentos ilícitos, segundo a polícia.

No âmbito da Operação Lava Jato, Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Marcelo Odebrecht está preso preventivamente desde junho de 2015.

Matéria completa em:
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/09/pf-lista-obras-da-odebrecht-com-suposto-pagamento-de-propina.html

2016/09/25

Campos, eleições 2016: Pro4: Rafael lidera no primeiro turno com Chicão e dispara no segundo

Uma virada na eleição a prefeito de Campos. Na polarização contra o candidato governista Dr. Chicão (PR), apontada por todas as pesquisas recentes até agora divulgadas, o oposicionista Rafael Diniz (PPS) assumiu a liderança tanto na consultas estimulada, quanto na espontânea das intenções de voto ao primeiro turno da eleição a prefeito de Campos, daqui a apenas uma semana. E se a diferença dos dois primeiros colocados no turno inicial está dentro da margem de erro de 3,3 pontos percentuais para mais ou menos, no provável segundo turno entre ambos, Rafael se isolou com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre Chicão.

Encomendada pela Folha da Manhã, a pesquisa do instituto Pro4 foi feita entre os dias 23 e 24 de setembro (anteontem e ontem), com base em entrevistas com 1.500 eleitores das sete Zonas Eleitorais (ZEs) de Campos. Com intervalo de confiança de 99%, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ 05026/2016.

Na consulta estimulada, Rafael liderou com 37,7%; seguido de Chicão, com 33,1%; Caio Vianna (PDT), com 10%; Nildo Cardoso (DEM), com 1,8%; Geraldo Pudim (PMDB), com 1,1%; e Rogério Matoso (PPL), com 1% — enquanto 2,8% disseram que votarão branco ou nulo, e 11,6% não souberam ou quiseram responder. Já na espontânea, Rafael está na frente com 29,9%, acompanhado de Chicão (27,7%), Caio (9,1%), Nildo (1,6%), Pudim (0,7%) e Matoso (0,5%), com 3,4% de branco e nulo, e 26,9% de indecisos.

Como a eleição aponta ao segundo turno de 30 de outubro, o quesito considerado mais importante nele é o da rejeição dos candidatos. E nela Rafael também lidera com menor índice negativo entre os seis candidatos: apenas 3,9%. À sua frente ficaram Matoso (4,2%), Nildo (5,1%), Caio (5,3%), Pudim (21,4%) e Chicão, com a maior rejeição: 34,3%.

Com base na liderança nas intenções de voto e numa rejeição impressionantemente baixa, sobretudo numa eleição tão polarizada, Rafael venceria o segundo turno, bem além da margem de erro, nas duas simulações feitas com seu nome na pesquisa. Sobre Chicão, o candidato do PPS venceria por 46,3% contra 33,6%. Já contra Caio, a diferença seria ainda maior: 47,2% a 24,3%. Num segundo turno improvável, mas matematicamente ainda possível entre Chicão e Caio, o jovem pedetista venceria, mas dento da margem de erro: 34% a 32,4%.

Ainda que outras pesquisas sobre a sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR) possam ser divulgadas nestes sete dias que separam o eleitor das urnas do próximo domingo, essa última consulta Pro4 será a única fruto de uma série de três meses de medições, encomendada pela Folha e iniciada em junho (aqui, feita entre 8 e 10 daquele mês), sendo repetida em agosto (aqui, dia 6) e no início de setembro (aqui, dias 2 e 3). Mas todas as anteriores foram feitas com a base menor de 620 entrevistas e com consequente margem de erro maior: 3,9% para mais ou menos. E em nenhum delas Rafael liderou, indicando seu crescimento nesta reta final da eleição.

Além do Pro4, quem usou metodologia diferente para também indicar recentemente a ascensão do candidato do PPS, foi a pesquisa recente do instituto Gerp, com mais de 33 anos de tradição no mercado. Divulgada (aqui) com exclusividade pela Folha, a consulta registrou a alternância de Chicão e Rafael na liderança das intenções de voto das consultas estimulada e espontânea, também dentro da margem de erro de 4,47 pontos daquela consulta, feita entre 16 a 18 de novembro, com 500 eleitores. Apesar disso, o Gerp já apontava a vantagem de Rafael sobre Chicão no segundo turno, ainda que em empate técnico: 36% a 32%.

Menos de 10 dias depois e ouvindo o triplo de eleitores do Gerp, o Pro4 registrou o crescimento da vantagem de Rafael tanto nas consultas estimulada e espontânea, quanto nas projeções de segundo turno. Por outro lado, na comparação entre os dois institutos, diminuiu significativamente o número de indecisos. Na espontânea, os 52% do Gerp caíram quase pela metade: 26,9% no Pro4. Já na estimulada, os 24% do primeiro instituto se reduziram no segundo para menos da metade: apenas 11,6% de indecisos. E a possível migração destes votos aos candidatos também é diretamente influenciada pelo índice de rejeição de cada um.

Matéria completa em:
http://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes/2016/09/25/pro4-rafael-lidera-no-primeiro-turno-com-chicao-e-dispara-no-segundo/

2016/09/23

PF em Campos II

Atualizado às 09:05.
Em entrevista coletiva, a delegada Carla de Melo Dolinski explicou que as prisões de hoje tomavam por base operações anteriores, uma que resultou na prisão do vereador Ozéias (lembre no Bastos) e outra busca e apreensão de documentos na secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social e CRAS. As duas investigações foram reunidas.

De acordo com a delegada, listagens mostram um aumento de 18 mil beneficiários de Cheques Cidadão entre junho e setembro.

Além da secretária de Desenvolvimento e da coordenadora do Cheque foram encaminhados à PF outras oito pessoas, que, de acordo com a delegada, seriam beneficiários do programa e que não atendiam os requisitos legais. Os nomes não foram divulgados.  

Na casa da secretária, a PF apreendeu material de campanha de Dr. Chicão e da vereadora LindaMara, além de agenda.

O delegado federal Paulo Cassiano Júnior – que já foi titular em Campos – acompanhou toda ação e também falou à imprensa, informando que na secretaria de Desenvolvimento havia grande desorganização. Segundo ele, essa seria uma maneira proposital e revela má fé para dificultar acesso a informações precisas.

Questionado se novas prisões podem acontecer, Cassiano, foi sucinto: “a investigação está apenas começando”
Atualização às 11h39

PF em Campos

Cheque Cidadão: Polícia Federal prende coordenadora e secretária

Uma operação da Policia federal prendeu na manhã de hoje Alice Alvarenga e Gisele Koch Soares, secretária de Desenvolvimento e coordenadora do Cheque Cidadão,  além de pessoas ligadas a vereadores. Segundo informações, são 10 prisões, além de mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. Uma coletiva de imprensa está marcada para 10h.

Os presos e conduzidos estão sendo ouvidos neste momento na sede da PF em Campos pelos delegados responsáveis. Procuradores do município também estão no local.

http://www.fmanha.com.br/blogs/nacurvadorio/2016/09/23/cheque-cidadao-policia-federal-prende-coordenadora-e-secretaria/


* Mais informações ao longo do dia.

2016/09/22

Sicoob registra resultado de R$ 1,3 bilhão no 1.º semestre

Aumento foi de 8,5% e representa o maior resultado da história do Sistema em um semestre.

Com variações positivas em todos os indicadores, as cooperativas do Sicoob encerraram o primeiro semestre de 2016 com resultado de R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 8,5% em relação ao R$ 1,1 bilhão contabilizado no mesmo período de 2015.
 
Já o patrimônio líquido somou R$14,9 bilhões, um salto de 15,8% em relação ao 1S15. Os ativos totais alcançaram R$ 68,8 bilhões no primeiro semestre de 2016, evolução de 23,4% ante os R$ 55,8 bilhões registrados em igual período do ano passado. Os depósitos do Sistema somaram R$ 43,6 bilhões, aumento de 22,2% em relação à 2015, com destaque para os depósitos a prazo e de poupança, que evoluíram 29,6% e 9,3%, respectivamente. Para efeito comparativo, as três principais instituições financeiras privadas do Brasil apresentaram retração de -6% no lucro líquido e aumento de apenas 7% no patrimônio líquido no mesmo período.
 
“Mesmo em um momento de incertezas na economia Brasileira, o modelo de negócio das cooperativas financeiras vem mantendo sua expansão, o que denota a solidez e a capacidade de adaptação às condições do mercado”, afirma o presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Villares.
 
Em consonância ao mercado, as transações via mobile e internet apresentam-se em franca expansão, representando 64% do total de transações – mobile, 28%, e internet, 36%. Em 2012, estes canais concentravam 29% das transações.
 
Outro destaque do período foi no número de agências, que aumentou 8,5%, somando 2004. A rede de atendimento também cresceu 6,4% no período, alcançando 2.486, enquanto que, na comparação de outras instituições financeiras, o indicador apresentou retração de -2%.
 
Em número de associados, o sistema cooperativo tem se mostrado atrativo, com aumento de 9,8%, somando 3,4 milhões de pessoas ao final do primeiro semestre.
 
Outro marco do primeiro semestre foi a adesão da Unicred Central SP ao Sicoob, passando a se chamar Sicoob UniMais. A filiação faz parte das estratégias do Sicoob de consolidar sua posição de liderança no Cooperativismo Financeiro Nacional, além de ser baseado no plano de expansão e ganho de escala. Assim, com a união, a instituição somou 52 pontos de atendimento localizados nas mais diversas cidades do interior paulista, litoral e também grande São Paulo; R$ 1,3 bilhão de ativos totais; R$ 687 milhões de operação de crédito; R$ 1 bilhão de depósitos totais; 189 milhões de patrimônio líquido; e 41 mil associados.
 
Sobre o Sicoob – O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui 3,4 milhões de cooperados em todo o país e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por 491 cooperativas singulares, 16 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação). Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias (empresas de: cartões, consórcios, DTVM, seguradora, previdência) provedoras de produtos e serviços especializados para cooperativas financeiras. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2,5 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem aos associados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras.
 
Mais informações acesse: www.sicoob.com.br
 
 
Em Campos dos Goytacazes, com atuação em todo o estado do Rio de Janeiro:
 
(22) 27262750

2016/09/21

TSE aprova envio de forças federais para as eleições em Campos e Macaé

Aprovação foi na sessão administrativa de terça-feira (20).
Tropas ficarão nas cidades do RJ nos dias 1º e 2 de outubro.


O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade na sessão administrativa desta terça-feira (20) o envio de forças federais para as eleições em Campos dos Goytacazes e Macaé, no interior do Rio. O pedido de envio de tropas federais para as cidades foi feito ao TSE pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. As tropas ficarão nas cidades nos dias 1º e 2 de outubro, véspera e dia do pleito.

Ao votar pelo envio de força federal para o Rio de Janeiro, o relator, ministro Gilmar Mendes, revelou que já enviou ao Ministério da Justiça a requisição das tropas para garantir a segurança da votação e a apuração.

Também receberão as tropas as cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João do Meriti, São Gonçalo, Belford Roxo, Magé, Queimados e Japeri.

Requisição

 O apoio das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem durante as eleições está previsto no artigo 23, XIV, do Código Eleitoral: "Compete, privativamente, ao Tribunal Superior requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões, ou das decisões que os Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração".

A Resolução TSE nº 21.843/2004 regulamenta a requisição da Força Federal para apoio nas eleições. De acordo com a norma, os Tribunais Regionais Eleitorais deverão encaminhar ao TSE as relações das localidades onde se faz necessária a presença de tropas federais.

Os pedidos, além de conterem a justificativa, deverão ser apresentados separadamente para cada zona eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da Força Federal deverá se apresentar.

http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2016/09/tse-aprova-envio-de-forcas-federais-para-eleicoes-em-campos-e-macae.html

2016/09/20

Moro aceita denúncia e Lula vira réu da operação Lava Jato

O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato. Com isso, Lula se torna réu na operação que investiga diversas denúncias de corrupção na Petrobras.
A denúncia que se refere ao ex-presidente abrange três contratos da empreiteira OAS com a Petrobras. Afirma, ainda, que Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas pagas diretamente a ele.
Além de Lula, sua mulher e ex-primeira-dama Marisa Letícia também se transformou em réu. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o arquiteto Paulo Gordilho, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Agenor Franklin, ex-executivo da OAS e Fábio Hori, ex-presidente da empreiteira, também se transformaram em réus.
 
 
 

Eleições 2016: Campos dos Goytacazes

Cheque Cidadão: Saiba quem são os 34 candidatos investigados

A informação é do TRE. Confira abaixo os nomes dos 34 candidatos investigados na denúncia do Ministério Público envolvendo Cheque Cidadão:
1 – ALDO JABES SILVA AGUIAR
2 – AILTON DA SILVA TAVARES (Vereador)
3 – AMARO ROBERTO PINTO
4 – CARLOS ALBERTO CARVALHO NUNES
5 – CARLOS ALBERTO MARQUES NOGUEIRA (Vereador)
6 – EDILSON PEIXOTO GOMES (Ex-secretário)
7 – GILSON DE SOUZA GOMES (Ex-secretário)
8 – HELOISA DO ESPÍRITO SANTO BARROS TAVARES
9 – JORGE EDUARDO DE CASTRO NUNES
10- JORGE RIBEIRO RANGEL (Vereador)
11- JORGE SANTANA DE AZEREDO (MAGAL) (Vereador)
12 – JOSÉ AMARO DOS SANTOS LOPES
13 – JOSÉ GERALDO GOMES AZEVEDO
14 – KATIA VENINA DOS SANTOS
15 – KELLENSON AYRES KELLINHO FIGUEIREDO DE SOUZA (Vereador)
16 – KELYTON CÉSAR QUEIROS BASTOS
17 – LEONARDO RIBEIRO CRESPO
18 – LINDA MARA DA SILVA (Ex-secretária particular da prefeita Rosinha)
19 – MARCOS LEONARDO SANTOS RIBEIRO
20 – MARIA CECÍLIA LYSANDRO DE ALBERNAZ GOMES (Vereadora)
21 – MARIA DA PENHA VELASCO SIQUEIRA
22 – MIGUEL RIBEIRO MACHADO (Vereador)
23 – OZEIAS AZEREDO MARTINS (Vereador)
24 – PAULO HENRIQUE BARRETO BARBOSA
25 – PAULO RENATO GAMA PEDROSA
26 – ROBERTA DE PAULA OLIVEIRA MOURA
27- RODOLFO JOSÉ RIBEIRO DA SILVA
28 – SÉRGIO PINTO FERREIRA
29 – THIAGO CERQUEIRA FERRUGEM NASCIMENTO ALVES (THIAGO FERRUGEM) (Ex-secretário)
30 – THIAGO VIRGÍLIO TEIXEIRA DE SOUZA (Vereador)
31 – UEBSON FERREIRA DA SILVA
32 – VERA LÚCIA LEMOS BENSI
33 – VINÍCIUS CHAGAS MADUREIRA (Ex-secretário)
34 – WELLINGTON  DE SOUZA LEVINO (Ex-comandante da Guarda Municipal)

http://www.fmanha.com.br/blogs/nacurvadorio/2016/09/20/cheque-cidadao-saiba-quem-sao-os-34-candidatos-investigados/

Eleições 2016: Caso do Cheque Cidadão - Juiz afasta-se e pede substituto ao TRE

heitor-campinho
O juiz Heitor Campinho, da 76 Zona Eleitoral, encaminhou hoje ofício ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Jayme Boente, pedindo designação de um tabelar – juiz que irá substitui-lo no processo.

Na última quinta-feira, o Ministério Público Eleitoral pediu a suspensão do programa Cheque Cidadão no município por supostas irregularidades. Lembre aqui.

Sábado, o MP Eleitoral protocolou 34 ações contra candidatos da coligação que apoia Dr Chicão e Mauro Silva. De acordo com o MP, o “escandaloso esquema” teria incluído 18 mil beneficiários nos últimos meses. (Confira aqui)

O pedido de suspensão é para esses 18 mil, suspeitos de irregularidades. (Veja aqui).


http://www.fmanha.com.br/blogs/nacurvadorio/2016/09/19/cheque-cidadao-juiz-afasta-se-e-pede-substituto-ao-tre/


 

2016/09/19

Campanha de 'multivacinação' começa nesta segunda-feira

Campanha terá todas as vacinas disponíveis pelo SUS.
Ministério disponibilizou 19,2 milhões de doses extras de 14 vacinas.

Começa nesta segunda-feira (19) uma campanha nacional de "multivacinação" que incluirá, pela primeira vez, todas as vacinas disponíveis pelo SUS para crianças de até 5 anos e para crianças e adolescentes entre 9 e 15 anos incompletos, incluindo a imunização contra HPV para meninas. O esforço de vacinação vai até o dia 30 de setembro.

Para realizar as imunizações, o Ministério da Saúde enviou 19,2 milhões de doses extras das 14 vacinas para os postos de saúde de todo o país. Serão cerca de 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil profissionais de saúde envolvidos nos 12 dias de mobilização.

As doses já estão normalmente disponíveis de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), em qualquer posto. O objetivo principal da campanha é estimular que os pais levem os filhos para pôr em dia a carteira de vacinação.

Segundo Ana Goretti Kalumi, do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal dos adolescentes no Brasil ainda não é adequada, por isso a campanha incluiu essa faixa etária. “Os adolescentes são um público que, diferentemente das crianças pequenas que são levadas pelas mães às unidades de saúde, são muito resistentes a buscar serviços de saúde”, disse a especialista em coletiva de imprensa.

A vacinação contra pólio ocorre normalmente no mês de agosto. Este ano, porém, ela foi adiada, segundo o Ministério da Saúde, devido à Olimpíada no Rio, que poderia diminuir a adesão.

http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/09/campanha-de-multivacinacao-comeca-nesta-segunda-feira.html

2016/09/16

Crônica


                                              AOS DOMINGOS

Não se repara na proximidade da morte. Não entendam como distância, como tempo, mas como algo que pode simplesmente surgir. E nos parece sempre tudo tão estranho, visto que não levamos em conta, não pensamos e não pretendemos pensar que apesar da pequena distância, há um fosso abissal de vontade.

Não se trata de vivermos espreitados. É o fim do novelo; a última frase do livro; o último gole do café que nos alimenta a alma e o corpo. Sabemos lá estar, podemos ter a sensação de que iremos encontrar esses pontos, mas no fundo não o queremos. Ou pretendemos a ele chegar do modo e na hora em que se quer. Um dia qualquer.

Apesar da plena consciência, não se concebe o fato, em si, de um simples fato gerar uma consequência definitiva, concreta – chega-se à festa surpresa antes anunciada. Isso indigna. O ser humano na maior parte das vezes quer ter controle sobre os seus atos, e se esquece (não pensa, não se dá ao luxo de pretender pensar) em que na morte não se guia, não se planeja, não há tempo para se planejar.

Se não há entendimento, combinação, tem-se o claro sentimento de perda. Mas não do extravio. O de termos sido ludibriados, desconsiderados, desrespeitados, pois que a nós nada é informado, perguntado. O ser humano é assim mesmo. Quer ser autor e protagonista de sua vida, e espera inutilmente poder escrever os últimos capítulos de sua história. Raros talvez tenham tal chance – não aqueles que desistem de si, mas os que se envolverem com a mesma inesperada e aleatória chama do acaso, da bem aventurança ou do destino. Como queiram. Um dia qualquer.

Já existem no ar as respostas anunciadas às perguntas sobrevindas. Aliás, nem sempre com surpresa. Como assim? Assim mesmo amigos.

Não é lúgrube, mas real, termos a única certeza de que iremos um dia, e ao fim caminhamos desde que abrimos os olhos. A grande diferença do entendimento é o inexplicável sentimento do quão importante é o momento final, do quão inconsequente pode ser, deixando obras inacabadas. No entanto, o homem não é tomado pelo instinto sôfrego de vida, de forma arrebatadora. A existência não é um livro que se pode começar pelo meio, ciente de que em algum momento acabaremos por a tudo entender, do modo que o temos em mãos, o folheamos, dedicamos a ele os momentos que nos interessam, ou que podemos.

Da mesma forma que não é inexplicável dizer que há beleza na tristeza. É sabido, mas embora confortador, não se busca para que não se passe pelo primeiro ato, antes do epílogo.

Não se conhece resultado único qualquer de mesclados naturais que nos guie efetivamente para fora da inquietude latente. Mas ao menos é cristalino, durante a vida, que ser bom é o melhor, simples assim – é apaziguador, no sentido mais amplo que pudermos conceber, sempre. Um dia qualquer.


Luciano Aquino Azevedo