2010/03/31

Jefferson Azevedo é eleito diretor do campus Campos-Centro

Jefferson Azevedo foi eleito o novo diretor do campus Campos-Centro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (Campos dos Goitacazes-RJ) com 57,67% dos votos. O candidato Hélio Júnior obteve 42,33%. A apuração acabou na madrugada desta quarta-feira, 31.

Ao todo foram contabilizados 211 votos válidos de técnico-administrativos, 2440 votos válidos de alunos e 266 de docentes.

Jefferson Azevedo é professor do Instituto Federal Fluminense, na área de Informática e Engenharia, já exerceu o cargo de vice-diretor do antigo Cefet Campos e também ocupou o cargo de Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação. Ele deverá ser empossado na próxima semana.

Site do IFF
c/ed.

S&P concede grau de investimento ao Rio de Janeiro

RIO - A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) concedeu grau de investimento ao Rio de Janeiro, o primeiro estado brasileiro a conseguir tal nota. A agência elevou sua classificação de crédito em escala global para "BBB-" e o rating de crédito em escala nacional para "brAAA". A perspectiva para os ratings é estável.

De acordo com a S&P, a legislação brasileira e a "forte gestão que prevalece no Estado nos últimos três anos" levaram a agência a acreditar que o Rio vai manter sua qualidade de crédito no médio prazo.

"O Estado do Rio de Janeiro se mantém apoiado por uma economia forte e diversificada, com um PIB per capita estimado em cerca de 25% acima da média do Brasil. O desenvolvimento dos campos do pré-sal vão continuar dando suporte à economia no médio prazo", diz a S&P, em nota.

- O "investment grade" dá ao Rio condições muito mais favoráveis para conduzir suas políticas de investimento, que preveem grandes projetos de infraestrutura, inclusive para os jogos Olímpicos e Copa do Mundo - comemorou o secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy.

A agência pondera que, embora tenha caído, a dívida do Rio continua alta, em aproximadamente 125% do total da receita de 2009, contra cerca de 200% em 2002.

"Mas a composição reduziu significativamente o risco. Cerca de 95% do débito correspondem a dívida nas mãos do governo central como credor", ressalta a agência de risco.

Essa dívida contém o que a agência de risco classificou de termos favoráveis para o Estado, como uma taxa de juros fixa, de 6% e a denominação em moeda local. A Agência também lembra que o Rio tem uma baixa dependência das transferências federais, o que dá maior agilidade para solução de "desafios fiscais".

O Globo (site)
Emanuel Alencar

2010/03/30

Senadores propõem divisão dos royalties apenas entre Estados e municípios

Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) apresentaram na tarde desta terça-feira (30) à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) uma emenda ao projeto que cria o regime de partilha para exploração do pré-sal e estabelece novos critérios para distribuição dos royalties do petróleo. De acordo com a proposta, os royalties, que pelo regime atual são divididos entre União, Estados e municípios produtores (que recebem a maior parte) e Estados e municípios não-produtores, iriam apenas para Estados e municípios (tanto os produtores quanto não-produtores).

Pela emenda, que se refere apenas às áreas ainda não licitadas, a parcela destinada à União (6,5%) seria convertida num Fundo Especial a ser distribuído entre Estados, Distrito Federal e municípios (5%). Uma pequena parcela seria destinada também ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de pesquisas destinadas à indústria do petróleo, e outra parte constituiria um fundo de combate às mudanças climáticas e proteção ao ambiente marinho. Dessa forma, os lucros da União se restringiriam ao pagamento em petróleo pelas empresas exploradoras.

A emenda também estabelece as formas de aplicação dos recursos obtidos pela venda do petróleo: 55% iria para a constituição do Fundo Social, 21,5% para os Estados e o Distrito Federal, de acordo com o FPE (Fundo de Participação dos Estados), e 23% para os municípios, de acordo com o FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

Polêmica no Senado
Após serem aprovados na Câmara dos Deputados, os projetos do pré-sal foram encaminhados ao Senado. A questão mais polêmica é a chamada emenda Ibsen. A emenda, proposta pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), propõe a divisão igualitária dos recursos do petróleo entre Estados e municípios, independente do local de produção. Atualmente, os Estados produtores detém a maior parte dos royalties. A aprovação da emenda gerou forte reação entre os Estados que produzem petróleo, principalmente o Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, se manifestou sobre a discussão. Ele afirmou que considera a atual divisão dos royalties injusta, assim como é contrário às novas regras da emenda Ibsen.

"É bom lembrar que o royalty ocorre como pagamento de um produto que vai se exaurir em determinada localidade. Então, é necessário que aquela localidade tenha um recurso maior do que outras", afirmou Gabrielli durante evento em São Paulo.

Por outro lado, o presidente da estatal apontou que considera injusta a situação do Rio de Janeiro, que recebe R$ 7,5 bilhões a partir dos royalties do petróleo, enquanto o Estado da Bahia fica com apenas R$ 246 milhões por ano.

"Como esses recursos pertencem à União, também pertencem ao governo federal, aos Estados e aos municípios. Portanto, devem ser melhor distribuídos." Gabrielli observou que, para a Petrobras, a discussão em torno da distribuição dos royalties é "indiferente", visto que a empresa continuará pagando as taxas pela exploração do petróleo ao Tesouro Nacional.

Do Uol Notícias (SP)
*Com informações da Agência Senado e do Valor Online

Comunicação interativa

E mail recebido de um colega do grupo jornalistasdaweb:


Salada de Frutas é o nome conceito desta revista eletrônica que busca reunir as frutas da comunicação, jornalismo, entretenimento, apropriação e modificação de conteúdo e acontecimentos da PUC Minas - S. Gabriel. Aqui, você pode usar seus ingredientes prediletos para dar o seu toque na nossa Salada de Frutas, além de poder opinar na receita dos outros! Confira as sessões, veja qual o sabor de cada fruta e faça a sua mistura!

Acesse: http://saladadefrutas.jor.br

Daniel Rodrigues

Projeto que prejudica o Rio é contraditório, diz relator

Propostas alteram toda a configuração dos repasses, mas há capítulo que só muda o pré-sal

Rio - Relator do projeto do regime de partilha e que trata dos royalties do petróleo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou ontem que é praticamente impossível chegar a um consenso sobre o texto, mas observou que o projeto de lei aprovado na Câmara tem contradições. O senador explicou que o problema está nos artigos 44, 45 e 46 — redigidos na emenda Ibsen Pinheiro, que prejudica estados e municípios produtores e pode retirar R$ 7,3 bilhões do Rio — e no capítulo VII, das Disposições Finais e Transitórias do novo marco regulatório do setor.

Segundo a leitura do relator, os artigos 44, 45 e 46 estabelecem mudanças na distribuição atual dos royalties em todas as áreas de exploração (plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva) e fixam o critério de repasse dos recursos aos fundos de Participação dos Estados e o dos Municípios. As Disposições Finais e Transitórias criam uma forma de repasse totalmente diferente.

Consultor do Senado, o especialista Paulo Viegas classificou as mudanças de “inconstitucionais”, porque o Artigo 20, Parágrafo 1° da Constituição, estabelece compensações para os estados e municípios produtores de petróleo.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vota hoje requerimento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que pede que todos os debates sobre a criação da Petro-Sal sejam suspensos, até que seja definido o regime de partilha e que as alterações na configuração dos royalties sejam analisadas. Não há muita expectativa de que esse pedido seja aceito.

Ontem, a estudante de Administração Dayana Batista da Silva, 24 anos, entregou várias páginas de assinatura para a campanha contra a Emenda Ibsen que serão repassadas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), coordenadora da campanha Assine Pelo Rio, que tem o apoio do DIA. “Foi o meu pai, servidor público, que reuniu as assinaturas. Eu também assinei porque acho correto que o petróleo seja nosso. Já é ruim com ele, sem ele, será pior ainda”, resumiu.

Guapimirim ameaça fechar dutos

A Prefeitura de Guapimirim enviou projeto de lei à Câmara Municipal, conforme antecipou sábado a Coluna Informe do DIA, para propor a retirada de 30 km de oleodutos e gasodutos da Petrobras que passam pelo município. Quer que isso aconteça caso o o projeto de lei, que institui o regime de partilha, retire as compensações da cidade.

O projeto foi enviado pelo secretário de governo de Guapimirim, Nelson do Posto. O prefeito Júnior do Posto ameaça cancelar as licenças das obras que já estão em andamento. A punição será votada hoje pelos vereadores.

Com a Emenda Ibsen Pinheiro, a arrecadação da Cidade irá de R$ 26 milhões para R$ 1,4 milhão. “Se retiro os dutos, preservo o meio ambiente”, justificou o prefeito.

Município defende movimento entre outras cidades

O secretário de Turismo e Comunicação de Guapimirim, Lenir Sobreira, usa um exemplo para explicar a atitude da administração. “Vamos imaginar que você tem uma fazenda de gado. Ao lado da fazenda está o frigorífico, o matadouro, que precisa passar pela sua terra. O dono, então, faz um acordo com você. Paga pelo estrago do barulho e da sujeira. Mas, de repente, amanhã, ele resolve não pagar mais. O que você faz? Vai deixar ele sujar sem pagar nada? Não. Fecha a porteira”, descreve. Segundo ele, os outros municípios também deveriam reagir à mudança das regras e “fechar a porteira”.

O Dia
Luciene Braga

Caos no transporte

Há pouco mais de uma semana o blog já alertava para o que se desenhava uma paralisação dos motoristas e cobradores dos coletivos em Campos dos Goytacazes. Segundo informações recebidas, a reivindicação de aumento, para ser atendida, elevaria a passagem atual, de 1 real e 60 centavos (vamos esquecer aqui a passagem a 1 real, que não atende toda a população) para 2 reais e 20 centavos! Pode ser ainda que para garantir a passagem a 1 real, para aqueles que penaram sob chuva e sol, em longas filas, para a realização de um "cadastro", a prefeitura tenha que aumentar o repasse feito para as empresa de transporte.
Particularmente não acreditamos nesse aumento, e, assim ocorrendo, os milhares de trabalhadores que dependem do já ultrapassado sistema de transporte público em Campos podem se preparar para um (ou alguns) dia(s) de caos, sendo obrigadas a utilizarem vans nem sempre regulares e em péssimo estado de conservação e carros particulares piratas, sem absolutamente nenhuma condição de tráfego, que continuam livremente, sem qualquer tipo de fiscalização ou repressão, transportando passageiros. O dito popular é sábio: "O pior cego é aquele que não quer ver." Uma exposição indecente e inconsequente dessas pessoas ao perigo.
Se já não bastasse a inexistência de um planejamento para o trânsito de Campos por parte da prefeitura, via Empresa Municipal de Transportes, a população ainda é obrigada a conviver com um sistema de transporte público altamente deficiente principalmente em relação à cobertura de linhas para bairros e distritos e cumprimento de horários. Vivemos numa letargia na sua forma mais ampla, em que a competência não cavalga na planície de terra roxa (ou seria vermelha?)
175 anos. Comemorar o que?

2010/03/29

Boa semana a todos

CAMPOS

Já ouvi de um tudo falar, por muitas vezes,
de campos valentes, gente brava e feroz.
Histórias de minha avó, cujo céu parava a espiar
e me faziam voar janela a fora, entraram no sangue
como a tinta deixa o pincel.
Reais como o cheiro de terra úmida e as manhãs
claras e floridas
da chácara da minha infância.
Tais como o sol atravessava plantas e mentes;
café moído efuso, pisar nas frutas maduras,
subir muros e árvores,
ter nas mãos minha cidade criança.
Ter sido Cazuza de Viriato poucos anos à frente,
ter tido meus próprios índios e soldados,
melhor destino fiz então no momento...
Também vi de um tudo, por muitas vezes.
Do molde, cópias malfeitas,
do lápis, traços famélicos;
do barro em que pisei nas ruas, nuas,
deixei pegadas pregadas
na alma.
Só resposta tive da relva,
que devolve em arte servida toda a dor
sofrida, sem revolta.
De início araram a terra como quem disseca
um moribundo,
sugaram as feridas,
atolaram os gritos em alvinos quinhões...
Em todas as portas, todas as letras mortas,
toda a beleza da filha que o pai não toca.
Em todas as bocas, todas palavras tortas,
toda falsa leveza que não mais importa.
A fila sob os estalos segue rasgando a escuridão,
mas a luz resiste e insiste.
No alto, o fedor arrogante em borbotão,
enquanto o aroma do chá persiste.

II

De novos caminhos também ouvi dizerem
dos personagens... flutuavam estáticos
como as bandeirolas de Volpi na história.
A vantagem de sair na frente
cegava sempre os carreteiros, que deixavam na estrada
marmita, suor e botão.
Por isso moeram teus ossos
como quem extrai fruta verde sem fome,
quem xinga sem dizer nome
e quem faz do já ter tido algo a mais para contar.
E só.
Engoli teu pó de terra roxa,
onde esperma e óvulo se confundem,
teu cheiro de vento nordeste e fuligem,
etérea eterna escultura.
Sob o manto da cultura
li e reli teus pensamentos,
bebi do amálgama que me moldou
a adolescência,
percorri teu corpo
dias e noites a fio da navalha,
sem feridas.
Mesclagem no tacho de sangue e mel,
ferve a essência do que parece fel
mas que encanta por ser rotina
não pensada.
Rotina sem temor,
absorvida nos passos de tua biografia
mesmo ainda não contada,
sem rimar amor e dor,
carcomida pelos olhos cerrados,
pelas mentiras, arrogância ao ar aberto,
pelas bocas lacradas,
sem frescor.
Teus falsos meninos de engenho
pisam hoje em excrementos
cujos próprios elementos toda a família
cultuou.
Perdidos na estrada, esculturas de vidro
congeladas, arrotam o que pensam
pensar, sem pensamento.

III

Dos teus profetas perdi todas
as palavras,
de rubras a encarnadas,
que deixaram esperança
em vão.
Mas, forma ou outra,
cá estou,
te olho os olhos embotados
e te sopro o sopro de quem espera,
ainda e sempre,
algo novo,
diferente, na próxima curva
do teu rio.
Te sopro o sopro como quem busca
inflar as velas, inflando as veias.
Te olho como quem espera o próximo domingo,
para ver o vestido mais
bonito
da mulher que te encarna.
Te sinto como quem deseja
que o infante mais galante
venha, enfim,
te desposar.
Tenho hoje que te ver assim,
somente por hoje, a cada dia,
para ver onde sua vida me vai dar.
Que sejas um dia por fim
amante do tempo,
e que a cada encontro
se renovem tesão e sentimento,
tempero novo em cada enredo
da tua história.

2010/03/27

Hora do Planeta apaga as luzes de mais 120 países neste sábado

Centenas de monumentos mundialmente famosos como o Cristo Redentor, a Torre Eiffel e a Cidade Proibida ficarão às escuras neste sábado (27) durante a Hora do Planeta, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento global durante o qual se prevê a participação de milhões de pessoas.

Entre 20h30 e 21h30 --na hora local de cada país, sempre à noite--, mais de 1.200 edifícios apagarão suas luzes. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial em 2008.

Para tanto, é previsto que um bilhão de pessoas ao redor do mundo devam apagar as luzes de suas casas durante 60 minutos, entre 20h30 e 21h30. Vários monumentos turísticos também participarão da ação.

A Torre Eiffel (em Paris), o Empire State (em Nova York), o Palácio de Buckimgham e a London Eye (famosa roda gigante de Londres), a catedral de Helsinki, o Cristo Redentor (no Rio de Janeiro) e outros monumentos farão parte da ação. Ainda no RJ, a orla de Copacabana, o Pão de Açúcar, o Fiocruz, Jockey Club, o Arpoador e o Monumento dos Pracinhas também estarão apagados. Em São Paulo, a Ponte Estaiada, o Monumento às Bandeiras, o Viaduto do Chá, o Estádio do Pacaembu, o Obelisco, o auditório do Parque do Ibirapuera e algumas luzes do próprio parque vão ser desligadas.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados e o Senado aderiram ao projeto. Manaus irá apagar o Parque Ponto dos Bilhares e Parque Lagoa do Japiim. Em Curitiba, 12 monumentos ficarão no escuro: Teatro do Paiol, Estufa do Jardim Botânico, Fonte Dos Anjos, Torre da Biodiversidade, Monumento de Bambu na Linha Verde, Fonte da Praça Santos Andrade, Fonte da Praça Generoso Marques, Portal de Santa Felicidade, Pista de Atletismo da Praça Osvaldo Cruz, Cancha Polivalente da Praça Ouvidor Pardinho, Fachada do Paço Municipal, Torre da Telepar. Em Porto Alegre, o Largo dos Açorianos, a Praça da Matriz, o Monumento ao Expedicionário, a Fonte Talavera, o Viaduto Otávio Rocha, a Estátua do Laçador, a Estátua de Bento Gonçalves e a Praça da Alfândega vão ficar às escuras.

Em Belo Horizonte, o relógio do Palácio Municipal e o prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ficarão no escuro. Em Belém, aderem a campanha o Mercado São Brás e o Ver-o-Peso. Em Rio Branco, o Horto Florestal e o Palácio Rio Branco. Em João Pessoa, o Paço Municipal e a Estação Ciência, Cultura e Arte. Em Palmas, será desligada a iluminação do Espaço Cultural. Em Cuiabá, o Palácio Dante Martins de Oliveira, a Praça Rachid Jaudy, Museu do Morro da Caixa d'Água Velha e o Centro Geodésico da América do Sul. Em Fortaleza, entram na ação o Arco da Praça Portugal, na Aldeota, a Coluna da Hora, na Praça do Ferreira, o Seminário da Prainha, a Estátua de Iracema, na lagoa de Messejana, e o monumento na Praça Régis Jucá. Em Recife, serão desligadas as luzes da Ponte Duarte Coelho e do edifício sede da Prefeitura do Recife.

Em Vitória, ficarão no escuro o Morro do Penedo, as torres de transmissão do bairro Jesus de Nazareth, as torres de transmissão do bairro Maria Ortiz, o Palácio Anchieta, sede do poder executivo estadual, e o Convento da Penha, em Vila Velha. Em Goiânia, o Viaduto Latif Sebba, o elevado João Alves de Queiroz e o Parque Municipal Flamboyant Lourival Lousa serão os ícones apagados. Em São Luís serão desligados o Palácio La Ravardiere (Sede da Prefeitura Municipal), o Memorial Maria Aragão, a Fachada da Igreja dos Remédios, a Sereia da Praça Dom Pedro II e os monumento da Praça Gonçalves Dias. Em Salvador, o evento contará com a participação do Palácio Thomé de Souza, do Elevador Lacerda, dos Orixás do Dique do Tororó, do Poeta da Praça Castro Alves e do Cristo da Barra. Em Florianópolis, vão ser desligadas a Praça XV de Novembro e a Ponte Hercílio Luz.

Bol
Uol
c/ed.

Caso Isabella

Casal Nardoni é condenado pela morte de Isabella. Juiz fala em "frieza emocional"

Após cinco dias de júri, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados pela morte de Isabella Nardoni. À 0h27 deste sábado, o juiz Mauricio Fossen sentenciou Alexandre Nardoni a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão e Anna Carolina Jatobá, a 26 anos e 8 meses. A defesa do casal afirmou que já recorreu da sentença.

Eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por terem cometido o crime de forma cruel, com recurso que impediu a defesa da vítima e contra menor de 14 anos. Nardoni pegou uma pena maior por ter praticado o crime contra sua filha. Os dois ainda foram condenados a 8 meses de detenção em regime semiaberto por fraude processual.

Na sentença, o juiz Maurício Fossen afirmou que as penas ficariam acima da base definida no Código Penal em razão da "culpabilidade" do casal e das circunstâncias, em que os réus, disse, demonstraram "frieza emocional e insensibilidade acentuada".

Anna Jatobá ficará detida em regime fechado pelos próximos 9 anos, quando terá cumprido dois quintos da pena e poderá pedir o semiaberto. Nardoni terá de cumprir 11anos de prisão antes de poder requerer o mesmo benefício.

Segundo o promotor Francisco Cembranelli, a contagem das decisões dos jurados foi interrompida após os quatro primeiros condenarem o casal. Ao todo eram sete jurados, então quatro votos já se teria um resultado final por maioria simples.

Lecticia Maggi e Ricardo Galhardo, iG São Paulo

2010/03/26

São João da Barra e desenvolvimento sustentável

Nicholas You, consultor sênior de Políticas da ONU-Habitat e coordenador da “Campanha Urbana Mundial: Iniciativa das 100 Cidades” cumprirá seu primeiro compromisso com o município de São João da Barra na próxima segunda-feira (29). A convite da prefeita Carla Machado ele estará na cidade visitando as obras do Porto do Açu e conhecendo projetos implantados na gestão atual.
A Campanha foi lançada durante o V Fórum Urbano Mundial que acontece na Zona Portuária do Rio de Janeiro até sexta-feira, dia 26 de março, englobando em sua primeira etapa, 25 cidades em todo o Mundo. São Paulo e São João da Barra são as representantes do Brasil, ao lado de Medellín, na Colômbia; Alicante, na Espanha, Chicago e Filadélfia, nos Estados Unidos; Makati, nas Filipinas, Mumbai na Índia, Pushchino, na Rússia, Viena (Áustria) e Rabat, Marrocos, além de outras.
You quer conhecer de perto a cidade brasileira que participa da campanha e que, segundo ele próprio, enfrentará grandes desafios para assegurar o desenvolvimento sustentável. Com a experiência de quem já percorreu praticamente o mundo inteiro e conhece de perto a maioria dos problemas urbanos enfrentados por cidades em todos os continentes, ele afirma que será necessário planejamento e organização para garantir avanços sociais, econômicos, urbanos e ambientais, podendo ser um exemplo para outras cidades do Estado, do Brasil e do mundo que vem enfrentando situações semelhantes.
Um dos principais motivos da escolha do município do Norte Fluminense, durante a reunião da ONU-Habitat, em Nairobi, Quênia, há dois meses, são os investimentos nos setores portuário e industrial – em andamento e previstos – para curto e médio prazos. Estudos indicam que a chegada do Complexo Portuário e Logístico do Açu, dentre outras transformações, provocará um grande adensamento população dentro dos próximos 15 anos, chegando à uma população de aproximadamente 250 mil pessoas. De acordo com a estimativa do IBGE, para este ano, São João da Barra conta com cerca de 30 mil habitantes.
Para Nicholas, a Campanha é o caminho fundamental pelo qual os municípios poderão mobilizar, incluir e engajar seus moradores e parceiros, para que compartilhem suas histórias sobre como estão enfrentando os desafios atuais e futuros e aprenderem umas com as outras.
Na opinião da secretária executiva da ONU-Habitat, Anna Tibaijuka, este é o momento ideal para iniciar o planejamento visando as transformações e adaptações que os assentamentos urbanos precisarão, com o aumento previsot das populações urbanas. A previsão é que em 2025, 70% da população mundial estará residindo nas cidades. Tibaijuka convocou o meio empresarial, as entidades da sociedade civil organizada e os cidadãos, a participarem do processo, mas foi enfática durante a solenidade de assinatura dos primeiros protocolos de cooperação: “assinem, mas contribuam. Se for para assinarem e depois não fazerem nada, não assinem. O mundo não precisa disso”.
Durante o lançamento da Campanha, a ONU-Habitat e diversos parceiros assinaram protocolos de cooperação. Pela iniciativa privada, empresas e instituições do mundo, como a Câmara Imobiliária da China (CREEC), Siemens AG, Fundação Siemens, Arcadis NV, Veolia Environment, Zerofootprint, Pressgroup Holdings Europe SA, ISTED (Instituto de Ciências Tecnológicas para o Desenvolvimento Ambiental) e Instituto de Planejamento Urbanístico da região da Ilha-de-França. As propostas visam a colaboração financeira ou apresentação de alternativas, além de disponibilização mão-de-obra especializada para as cidades participantes.
Segundo a prefeita Carla Machado, São João da Barra está interagindo com outras cidades do mundo e apresentando com seus projetos para um desenvolvimento sustentável, podendo atrair novos parceiros e consequentemente investimentos nas mais diversas áreas, principalmente infraestrutura, qualificação, inovação tecnológica e ambiental.
Além disso, a prefeita frisa que “o município vai sofrer impactos nas mais diversas áreas como saúde, educação, saneamento, segurança, habitação, e as contribuições de cidades de outras partes do mundo que já passaram por experiência parecida poderão ser absorvidas e colocadas em prática”.


OUTROS BENEFÍCIOS DA CAMPANHA - A prefeita destaca que os benefícios da Campanha são inúmeros, como a exposição para uma rede global de parceiros com políticas e práticas inovadoras em desenvolvimento urbano sustentável; reconhecimento nacional e internacional como uma cidade comprometida com inovação e mudanças; insights sobre novas parcerias público-privadas e modelos de investimento; oportunidades de aprendizado com um grande número de cidades e comunidades engajadas em oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável, tecnologias e know-how; acesso a um vasto conjunto de instrumentos, métodos e abordagens, já testados, para o desenvolvimento sustentável, o planejamento e a gestão urbana, a produção da habitação e dos serviços e equipamentos urbanos.

do site da PMSJB

2010/03/23

Governador Sérgio Cabral em Itaperuna

do site do governo do Estado:

O governador Sérgio Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, o presidente da Cedae, Wagner Victer, e o prefeito de Itaperuna, Cláudio Cerqueira Bastos, inauguram, nesta terça-feira (23/3), às 9h30, no Bairro de Vinhosa, em Itaperuna, obras de melhorias operacionais do sistema de abastecimento de água da cidade. As intervenções, que envolveram investimento da ordem de R$ 2,4 milhões, garantem a produção e distribuição à população da cidade de um volume diário de água tratada de 34 milhões de litros.

Além destas intervenções, o Governo do Estado, por meio da Cedae, investirá, com recursos do PAC, cerca de R$ 83,25 milhões em saneamento básico no município. Deste montante, R$ 59,9 milhões são para a implantação do sistema de esgotamento sanitário e R$ 23,35 milhões destinados à ampliação do sistema de abastecimento de água.

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Os 243 produtores familiares de microbacias do Noroeste fluminense beneficiados pelo Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura, recebem, nesta terça-feira (23/3), às 10h, em Itaperuna, cerca de R$ 264 mil para aplicação em subprojetos de agricultura sustentável. Os recursos, originados de financiamento do Banco Mundial, serão entregues pelo governador Sérgio Cabral e pelo secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.

Na ocasião, também será feita a entrega de máquinas e equipamentos do Programa Estradas da Produção, implementado pela secretaria, à Emater-Rio. As máquinas vão compor a patrulha mecanizada para recuperar e fazer a manutenção das estradas vicinais, fundamentais para facilitar o escoamento da produção agrícola na região. Além das estradas vicinais, as máquinas serão utilizadas em operações de suporte a mini e pequenos produtores e também no apoio aos demais programas de fomento da secretaria de Agricultura.

Para Christino Áureo, a entrega dos recursos do programa e das máquinas representa o esforço do governo do estado para fortalecer a agricultura no Rio de Janeiro.

Os recursos do Rio Rural serão utilizados para o incremento econômico e melhoria da sustentabilidade ambiental na atividade, com investimentos, por exemplo, em sistemas de criação de gado leiteiro com pastejo rotacionado, kit para apicultura, proteção de nascentes e recomposição de matas ciliares, entre outras atividades.

O programa tem como meta o desenvolvimento sustentável, com geração de renda em 270 microbacias hidrográficas, localizadas em 59 municípios de todas as regiões do estado, beneficiando diretamente 27 mil agricultores familiares.

A solenidade de entrega acontecerá na Rua Vinhosa, esquina com Rua Salustiano Ferreira Braga, em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Centro.

Braços do tráfico no interior

Rio - A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou hoje que morreu em confronto com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) o traficante Rogério Rios Mosqueira, o "Roupinol", no Morro do São Carlos, zona norte da capital fluminense. Alvo de investigações das polícias Civil e Federal, ele era apontado como um dos mais importantes traficantes de armas e drogas do Rio. Pelo menos outro comparsa dele também foi morto. A troca de tiros ainda era intensa no local por volta das 9 horas.

A recompensa por "Roupinol" era de R$ 2 mil. Ele era acusado de controlar o tráfico nos morros do São Carlos, da Mineira, do Zinco e do Querosene. O traficante teria arrendado as quatro favelas e, em 2008, contaria com uma quadrilha de 150 homens, de acordo com investigações da Polícia Federal (PF).


Procurado, "Roupinol" teria deixado o Complexo das Malvinas, em Macaé, cidade do norte fluminense, para se abrigar no São Carlos e também na Rocinha, em São Conrado, na zona sul da capital do Estado. Era dele o arsenal emprestado para expulsar rivais do Comando Vermelho da Mineira, em Janeiro. Segundo as investigações, foi "Roupinol" também quem armou o morro ao colocar nas mãos de comparsas pelo menos 20 fuzis e diversas pistolas.


Em maio, a PF prendeu parte do seu grupo e estourou uma refinaria de cocaína em Conceição de Macabu, no interior do Estado, e apreendeu 20 quilos de cocaína e 30 armas. No carnaval, a corporação prendeu Erialdo Rodrigues Saraiva, o "Janete", braço-direito de "Roupinol" e que organizaria as "mulas" do tráfico para a facção criminosa Amigos dos Amigos.

Agência Estado
Uol/Últimas notícias

2010/03/19

Ônibus podem parar em Campos dia 24

Deve vir por aí mais uma baita dor de cabeça para a prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosângela Matheus, ou Rosinha Garotinho. Segundo informações de uma fonte "quente" para o blog, está em curso um movimento entre os trabalhadores do transporte público por reajuste salarial. A questão é a seguinte: para a concessão do aumento para a categoria, o preço da passagem urbana em Campos teria que subir do valor atual de 1 real e 60 centavos [para quem não está inscrito no programa de passagem a 1 real, que, diga-se de passagem, ainda é discutível, na medida em que se a promessa de campanha era a de fixar o preço da passagem em um real, obviamente TODA a população deveria ser beneficiada, sem a necessidade de qualquer tipo de cadastramento, até por que o cadastramento como foi feito dificilmente dá à PMCG a realidade do número de transportados, por não haver controle técnico; mas vamos parar por aqui por que essa é outra discussão] para 2 reais e 20 centavos!
Caso a nobre alcaide não permita o reajuste, e consequentemente os empresários do setor aleguem a impossibilidade de aumentar salários, cobradores e motoristas das empresas de ônibus urbanos e interdistritais prometem entrar em greve no próximo dia 24.

Pesquisa sobre os royalties

Os royalties do petróleo não têm sido suficientes para melhorar a qualidade de vida da população nos principais municípios produtores, mostra um levantamento que vem sendo coordenado pelo professor Cláudio Paiva, do Departamento de Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo ele, os royalties "trouxeram a corrupção", diante da falta de um marco regulatório sobre a aplicação dos recursos.

"Isso não quer dizer que tenhamos de tirar os recursos desses municípios. Temos é que ter um controle forte sobre esses recursos", diz o pesquisador.

Com foco nas principais cidades produtoras de petróleo, entre elas Campos e Macaé, no litoral norte do Rio de Janeiro, o Departamento vem analisando como os recursos do petróleo estão sendo aplicados nessas cidades - e seus efeitos na qualidade de vida.

Um dos estudos mostra que, desde 2004, o município de Campos gastou R$ 18 milhões em convênios com quatro hospitais da cidade, mas que o número de internações manteve-se o mesmo no período.

Um outro levantamento indica um crescimento elevado nos gastos com Cultura - uma rubrica difícil de ser auditada, segundo Paiva.

Em Quissamã, por exemplo, o gasto chega a R$ 618 per capita, enquanto em São Paulo esse valor é de R$ 19.

Na avaliação do professor da Unesp, a redistrubição dos royalties para todo o país como aprovado na Câmara "não é solução para o problema".

"Não existe uma política deliberada de aplicação dos royalties. Como os municípios não têm qualquer forma de planejamento, esse dinheiro vai para o ralo", diz o pesquisador.

A seguir, trechos da entrevista.

BBC Brasil - Que impacto os royalties do petróleo trouxeram para a região?

Paiva - Nos municípios analisados, sobretudo em Campos e em Macaé, que recebem a maior quantidade de recursos, a gente não viu melhora significativa na saúde, nem na habitação. Há falta de planejamento, desvio de recursos públicos. Vários prefeitos na região foram cassados. Por não ter um controle social adequado, um marco regulatório, o dinheiro dos royalties, na verdade, trouxe com ele a corrupção. Essa é questão-chave. Isso não quer dizer que tenhamos de tirar os recursos desses municípios. Temos é que ter um controle forte sobre esses recursos.

BBC Brasil - Isso quer dizer que royalties não são sinônimo de desenvolvimento?

Paiva - No Brasil, pelo menos, não é. Em outras partes do mundo, é. Nesse momento, temos uma grande chance de ter um novo milagre econômico com os recursos do pré-sal. O fato é que não existe um projeto nacional de desenvolvimento, ou seja, aquilo que o governo federal aponta como foco de investimentos... Isso não tem. Não existe uma política deliberada de aplicação dos royalties. A emenda Ibsen, por exemplo, diz: vamos repartir, então todo mundo vai ganhar uma pequena parte dos royalties do pré-sal. No entanto, os municípios não têm qualquer forma de planejamento. Esse dinheiro vai para o ralo. Vai para contratação de funcionários, vai para corrupção, enfim, destinos que não melhoram a situação da população desses municípios.

BBC Brasil - O debate sobre a redistribuição está errado?

Paiva - É um debate ainda inócuo, de quem ganha e quem perde. O debate é de como os roaylties podem reduzir a desigualdade regional no país. O Nordeste precisa de recursos, sim. Mas não é simplesmente tirar recursos do Rio de Janeiro, que gera um desequilíbrio no pacto federativo. Temos que estabelecer regras de transição. Enquanto ficar nessa briguinha... Fazer um projeto desse, de redistribuição, é justo. Ninguém vai falar que não é justo. Só que isso é incostitucional. Precisa de fato de um plano nacional de desenvolvimento. Só depois a gente pode pensar em redistribuição dos royalties.

Me parece precipitado você tentar resolver o problema dividindo isso para todos os municípios. Será que fazer a simples divisão dos recursos para outros municípios vai resolver o problema das desigualdades? Isso precisa de tempo, precisa ser estudado, olhar as experiencias de municípios que já recebem muitos royalties. E também precisamos pensar na manutenção do pacto federativo. Não se pode colocar um assunto desse em votação em ano de eleição. É obvio que os deputados estão preocupados com o que seus eleitores estão pensando.

BBC Brasil - O senhor defende o uso dos royalties como ferramenta de redução das desigualdades?

Paiva - Já que o recurso é nacional, já que temos uma grande chance, com os recursos do pré-sal, de ter um novo modelo de desenvolvimento, deveríamos pensar em como criar fundos para reduzir as desigualdades regionais. Precisamos olhar para as experiências atuais e tentar compreender o que está sendo feito com os royalties do petróleo. Ou seja, será que as políticas publicas executadas a partir dos royalties têm melhorado a qualidade de vida da população? Eu não tenho certeza se isso melhorou. Pelo contrário, os resultados até agora mostram que a melhora não foi tão fundamental como a gente imaginava. Outros municípios brasileiros têm políticas públicas muito melhores do que a de Campos e Macaé, por exemplo, que são os municípios que mais recebem royalties do petróleo.'

BBC Brasil - Um dos argumentos para uma maior cota dos royalties às cidades produtoras é de que elas precisam ser compensadas pelo fato de que um dia o petróleo vai acabar. Além disso, essas localidades teriam que gastar mais com infraestrutura e proteção ambiental...

Paiva - Na verdade, a discussão dos royalties já perdeu relação com o fato de o bem ser finito. Esse é um debate muito complicado. Há 30 ou 40 anos as pessoas falam que o petróleo é escasso. E aí a gente vai descobrindo o pré-sal, outras fontes, e as reservas estão aumentando cada vez mais. O debate não está mais aí. O debate dos royalties é uma compensação financeira, que já foi julgada pelo Supremo, das mudanças feitas pela Constituição de 88, da não cobrança do ICMS na origem dos recursos do petróleo. Isso faz toda a diferença, inclusive para inviabilizar a emenda Ibsen.

BBC Brasil - E quanto à compensação em função de um maior risco ambiental?

Paiva - Esse argumento não faz sentido. O argumento final é o da compensação pelo ICMS, definido pelo Supremo. No caso da Bacia de Campos, estamos falando de plataformas que estão a 150, a 200 quilômetros da costa. Não é questão de impacto ambiental. Boa parte desses recursos e a totalidade, no caso do pré-sal, vem de alto-mar. O debate não é ambiental, é uma compensação financeira mesmo.

BBC Brasil - Mas essas cidades, em tese, têm que lidar com alguns problemas em função da exploração do petróleo, não?

Paiva - Não. No caso de Macaé, houve um crescimento explosivo da cidade. E você multiplica muito rapidamente a população. Essa pessoa acaba indo para a periferia, vai ocupando áreas de impacto ambiental. E o prefeito não coibiu. E muitas vezes esses lugares foram curral eleitoral. Todos os municípios da região são dominados por alguns grupos. Claro que falta infraestrutura. Mas todas as coisas que foram feitas para atrair esses investimentos para região, foram investimentos federais. A pesquisa de petróleo é federal. E quem está colhendo os benefícios são essas cidades. Tanto em Macaé, como em Campos, o que se tem é uma falta de planejamento urbano.


BBC Brasil
Último segundo Ig

Obs. para o Blog Geral pareceu uma análise equilibrada.

2010/03/18

Pecado

Já dizia Marcial Salaverry no título de conhecido poema: "Vaidade, teu nome é mulher!"











Desenho:
"Tudo É Vaidade", de C. Allan Gilbert

2010/03/17

Breve consideração sobre a (não) CPI dos royalties

Seria cômico (mas a gerar um largo sorriso cínico, somente), se não fosse preocupante. Se a CPI para investigar a utilização dos recursos dos royalties em Campos dos Goytacazes, proposta pela vereadora Odisséia, era sabidamente natimorta, as justificativas apontadas para impedir a sua instalação merecem uma reflexão.

Tenho ouvido "como ladainha" de políticos e mesmo de colegas da imprensa que esta não é a hora para uma CPI, que o momento é de se lutar pela manutenção do atual sistema de distribuição dos royalties e não de se "colocar lenha na fogueira" ou de "dar armas ao inimigo".

Ora cara pálida, se um dos argumentos do nobilíssimo deputado Ibsen Pinheiro para propor a nova partilha dos royalties era a de má utilização desses recursos, "dar armas ao inimigo" significa que, mesmo antes da instalação de qualquer CPI, todos acreditam que serão, ou seriam, encontradas irregularidades? Em qualquer tempo de recebimento da verba que fosse?

"Colocar lenha na fogueira" seria abrir uma discussão atrasada em que as feridas não cicratizadas seriam enfim mostradas, para se saber em que veias ou artérias se perderam milhões e milhões de reais?

A CPI já seria condenatória antes mesmo de sua abertura? Um mea culpa do inconsciente coletivo?

Ok, até concordo que a CPI pode aguardar um tempo a mais, mas é preciso que seja combinado o seguinte: vamos por enquanto varrer todo o escremento para debaixo do tapete, mas depois vamos instalar a CPI, levá-la até o fim, com a indicação de punição de possíveis culpados, e vamos cobrar enfaticamente transparência por parte do governo municipal (e por que não estadual) de toda a aplicação dos recursos.

Todo mundo topa?

Boa sorte

Que o ato contra a "tunga" dos royalties, hoje à tarde no Rio, seja grandioso, de muita paz e que atinja seus objetivos, impedindo a sandice de um "deputado" que não sabe o que fazer na vida.

2010/03/16

OAB convida para a manifestação pró-royalties

OAB/RJ em defesa do Rio e da justiça
- Todos à passeata de quarta-feira -


Diante da ameaça de aprovação da Emenda Ibsen Pinheiro, que retira os recursos dos royalties do petróleo do Estado do Rio, a OAB/RJ convoca os colegas à passeata desta quarta-feira, dia 15, que sairá às 16h da Candelária com destino à Cinelândia.

Esta luta é de todos os que moram ou trabalham no Rio. Afinal, se aprovada a Emenda Ibsen, serão subtraídos do estado e de municípios fluminenses mais de R$ 7 bilhões por ano. Alguns municípios vão, definitivamente, quebrar.

No caso do estado, isso representará necessariamente diminuição drástica dos investimentos, compressão dos gastos de custeio e redução de pessoal, com conseqüências nefastas para o funcionamento do Judiciário, entre outros problemas.

Fique claro que não nos move qualquer sentimento bairrista ou de busca de privilégios para o Estado do Rio. O pagamento dos royalties ao Rio é uma questão de justiça, passível de ser apoiado mesmo por quem não mora ou trabalha no estado.

Em primeiro lugar, porque a Emenda Ibsen é inconstitucional, pois atropela o disposto no artigo 20, parágrafo 1º da Carta Magna. A saber:

"É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração." (grifos nossos)

A questão é, também, tratada no artigo 170, inciso VI, da Constituição, que prevê "tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação".

O disposto na Constituição Federal nada mais é do que a expressão de um princípio reconhecido universalmente: as regiões palco de atividades como a extração do petróleo devem receber uma contrapartida, seja para fazer frente à enorme demanda adicional de serviços, seja para prepará-las para um momento posterior, quando o petróleo estará esgotado e haverá um esvaziamento econômico e demográfico.

Assim, além de ser uma luta fundamental em defesa do Estado do Rio, o pagamento de royalties é justo e respaldado na Constituição, que a Emenda Ibsen pretende desconhecer.

Por isso a OAB/RJ estará presente à passeata.

Todos à Candelária, quarta-feira, dia 17, às 16h.
Em defesa do Rio e da justiça.

2010/03/15

Hai Kai

A lua cheia sempre vai
e volta, solta
como pássaro noturno.

Janeiro, verão,
fevereiro, passarão
os dias quentes da adolescência.

No vaso de flores
a pequena abelha
sobrevoa aroma e cores.

No tapete verde, da grama,
saliente, vejo a
quietude e vida dos insetos.

As priscas eras
não são mais aquelas,
mas ternas, eternas.

O cão passeia no jardim,
vagamente, vaga mente
em tenra solidão.

A terra roxa dá a
cana verde, útero único
de miséria e riqueza.

Com o negro carvão
rabisquei no muro branco
teu nome, poema em cor.

Nas rimas ricas te vejo,
nas pobres te procuro
como perfeita estrofe.

O sol não só aquece,
pois não esquece de mirar
os raios em ti.

2010/03/11

Dividindo

A aprovação pela Câmara Federal dos novos critérios de distribuição dos royalties do petróleo e a manifestação em Campos foram alvo, instantes atrás, de matéria no Jornal da Band, de cunho nacional.
Foi entrevistado o vice-Presidente da República, José Alencar, que defendeu que o petróleo é de todos, mas, ao mesmo tempo, defendeu também a partilha de todas as riquezas exploradas no país, a exemplo dos minérios.

Liberada BR 101

"Niterói, 11 de março de 2010 – A Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR-101 no trecho que vai da ponte Presidente Costa e Silva (ponte Rio – Niterói) até a divisa com o Estado do Espírito Santo, informa que a pista está totalmente liberada no Km 75 da BR-101, na região de Campos dos Goytacazes, onde ocorreu uma manifestação ao longo do dia.
No momento, há registro de 8 quilômetros de congestionamento no local.
Para mais informações, o usuário pode ligar para o telefone 0800 2820 101 ou acessar o site www.autopistafluminense.com.br "

Obs. o movimento chamou a atenção da imprensa, mas prejudicou inúmeros cidadãos, únicos que não foram culpados pela aprovação da emenda do deputado Ibsen Pinheiro, e não seria justo, legal e nem sensata a sua continuação.

Suspeita de envolvimento de servidores da PMCG na manifestação na BR 101

Notícia do site Ig (Último segundo), comenta as suspeitas de envolvimento de funcionários da prefeitura de Campos dos Goytacazes no fechamento da BR 101, manifestação em retaliação à aprovação de novos critérios de distribuição dos royalties do petróleo, ontem, pela Câmara Federal:

" Envolvimento da Prefeitura

Há a suspeita de que funcionários da Prefeitura de Campos dos Goyatacazes estão envolvidos no protesto. O inspetor Maurício Sarmet, chefe da delegacia local da corporação (10º DPF), afirmou que, durante a manhã, foi apreendido um caminhão da Prefeitura levando pneus para supostamente serem queimados pelos manifestantes.

A PRF recebeu diversas denúncias anônimas dizendo que os manifestantes foram mobilizados por políticos da região e transportados ao local por ônibus fretados.

"Se confirmarmos o envolvimento de políticos nesse movimento, isso não me surpreenderá. Não é o que se espera, mas já tivemos outros episódios aqui envolvendo autoridades, infelizmente", afirmou Sarmet.

Ninguém foi encontrado na prefeitura de Campos para comentar o envolvimento do caminhão do município no ato. No site da prefeitura, uma notícia apresenta o protesto como um movimento de "representantes da sociedade civil". "

Manifestação na BR 101

Continua a manifestação de fechamento da BR 101, em Campos dos Goytacazes (RJ), em protesto pela aprovação da redistribuição dos royalties pagos pela exploração e produção de petróleo, ontem, pela Câmara Federal.
Embora legítima, estranhamente a manifestação não tem nenhuma "assinatura". Com isso, corre o risco de não atingir da melhor maneira seus objetivos e inclusive de revoltar a própria população que precisa se deslocar, principalmente se perdurar além do aceitável.

2010/03/10

Cabral e prefeitos vão ao STF pelos royalties

Até o momento está confirmada a audiência do Governador do RJ, Sérgio Cabral, com o presidente do STF, às 12h30m de hoje. Na pauta, a discussão da emenda que altera a distribuição dos royalties pagos pela exploração e produção de petróleo.

Agenda do Governador (do site do Governo do Estado)

12h30 - Audiência com o Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, acompanhado dos Prefeitos dos municípios produtores de petróleo
Local: Supremo Tribunal Federal - STF
Endereço: Praça dos Três Poderes, Edifício Sede 3º andar - Brasília

2010/03/08

Ganhadores do Oscar

A hora chegou. A frase, dita pela apresentadora Barbra Streisand, marcou o momento em que uma mulher finalmente ganhou o Oscar de direção. A vencedora foi Kathryn Bigelow, pelo filme "Guerra ao Terror". Logo depois, o filme também foi escolhido o melhor do ano. A produção já havia ganho as estatuetas de roteiro original, montagem, som e edição de som.
Com seis estatuetas, "Guerra ao Terror" foi o grande vencedor do Oscar 2010. Deixou para trás "Avatar", dirigido pelo ex-marido de Bigelow, James Cameron. Mesmo com a maior bilheteria de todos os tempos, a ficção sobre o planeta Pandora levou apenas três estatuetas: fotografia, direção de arte e efeitos especiais.

Em toda a história, Bigelow foi apenas a quarta mulher a concorrer ao Oscar de direção. As anteriores foram Lina Wertmuller ("Pasqualino Sete Belezas", 1976), Jane Campion ("O Piano", 1994) e Sofia Coppola ("Encontros e Desencontros", 2004).

Os outros destaques da noite foram "Preciosa", vencedor dos prêmios de atriz coadjuvante (Mo'nique) e roteiro adaptado, e "Coração Louco", que levou para casa as estatuetas de melhor ator (Jeff Bridges) e canção. A maior surpresa foi a vitória do argentino "O Segredo de Seus Olhos" na categoria filme estrangeiro.

O grande derrotado foi "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino. O filme concorria a oito Oscars e conquistou apenas o esperado Oscar de ator coadjuvante, para Christoph Waltz.

Apenas um dia depois de ganhar o Framboesa de Ouro de pior atriz do ano por "Maluca Paixão", Sandra Bullock conquistou o Oscar. Dessa vez, pelo drama "Um Sonho Possível", em que interpreta uma mulher rica que ajuda um jovem negro sem-teto a acertar sua vida. Ela derrotou as veteranas Meryl Streep e Helen Mirren e as novatas Gabourey Sidibe e Carey Mulligan.

Veja a lista dos premiados:
Ator coadjuvante: Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios")
Longa de animação: "Up - Altas Aventuras"
Canção original: "The Weary Kind" ("Coração Louco")
Roteiro original: Mark Boal ("Guerra ao Terror")
Curta-metragem de animação: "Logorama"
Documentário de curta-metragem: "Music by Prudence"
Curta-metragem: "The New Tenants"
Maquiagem: "Star Trek"
Roteiro adaptado: Geoffrey Fletcher ("Preciosa")
Atriz coadjuvante: Mo'nique ("Preciosa")
Direção de arte: "Avatar"
Figurino: "Young Victoria"
Edição de som: "Guerra ao Terror"
Som: "Guerra ao Terror"
Fotografia: Mauro Fiore ("Avatar")
Trilha sonora: Michael Giacchino ("Up - Altas Aventuras")
Efeitos especiais: "Avatar"
Documentário: "The Cove"
Montagem: "Guerra ao Terror"
Filme estrangeiro: "O Segredo de Seus Olhos" (Argentina)
Ator: Jeff Bridges ("Coração Louco")
Atriz: Sandra Bullock ("Um Sonho Possível")
Direção: Kathryn Bigelow ("Guerra ao Terror")
Filme: "Guerra ao Terror"

Ig
Último segundo

2010/03/05

Sepultamento de Johnny Alf será às 16h


O sepultamento do pianista e compositor Johnny Alf, que faleceu de câncer, será realizado às 16h no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, cidade na qual vive desde a década de 50. O corpo do artista está sendo velado nesta sexta-feira, 5, no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela Vista.

Johnny Alf faleceu na tarde desta quinta-feira, 4, aos 80 anos, após lutar contra um câncer na próstata, segundo informou seu assessor Nelson Valença. Autor de clássicos da música brasileira como “Eu e a Brisa”, “Ilusão à Toa” e “Rapaz de Bem”, Alf estava internado no hospital Mário Covas, em Santo André, no ABC paulista.

Nascido Alfredo José da Silva, na Vila Isabel (zona norte do Rio), no dia 19 de maio de 1929, Johnny Alf perdeu o pai, o cabo do Exército Antônio José de Almeida, quando tinha três anos. A mãe, a dona de casa Inês Maria da Conceição, passou então, por necessidades financeiras, a trabalhar como empregada doméstica.

Yahoo
Obs. Alf era considerado por muitos o precurssor da "Bossa nova".

Uenf promove Mostra de Cinema em São João da Barra

A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Uenf promove, de 10 a 12/03, no Cine Teatro São João, em São João da Barra (RJ), a 3ª Mostra de Cinema e Vídeo 'É a Vez do Cinema Nacional'. Com apoio da Faperj, serão três sessões diárias: às 16h (para o público infantil), às 18h (documentários) e às 20h (ficção/adulto). As sessões são 'à La Carte', para escolha do público pela internet.

Veja como votar nos filmes que comporão a mostra:
http://www.uenf.br/index.php#materias/1267705854

Outras informações:
Ascom / Uenf: (22) 2739-7119 / 0800 025 2004 / 8841-2139

Noroeste Fluminense ganha agências de trabalho e renda

Para continuar mantendo os bons resultados de 2009, quando foram criados cerca de 50 mil novos postos de trabalho no Estado do Rio de Janeiro, através das agências estaduais de Trabalho e Renda, a Secretaria de Trabalho e Renda vai inaugurar três novos postos na Região Noroeste Fluminense.

Na presença do governador Sérgio Cabral, os prefeitos Gilson Nunes Siqueira, Ivany Samel e José Eliezer Tostes Pinto, das cidades de Cardoso Moreira, Miracema e Laje do Muriaé, respectivamente, vão assinar o termo de cooperação técnica, às 11h da próxima terça-feira (9/3), neste último município.

O objetivo é oficializar de imediato o funcionamento das agências. Segundo o secretário de Trabalho e Renda, Ronald Ázaro, essa iniciativa é o complemento de uma visita feita à região ainda em 2009, quando foi tratada a execução do Plano Estratégico de Formação e Qualificação Profissional.

- Lembrando o compromisso que firmamos quando aqui estivemos no dia 24/6 do ano passado, visando aproximar a secretaria dos municípios, estamos agora de fato trazendo os serviços e cursos oferecidos pelo Estado para o Noroeste Fluminense. Sabemos que os desafios virão e devemos estar preparados para superá-los com maestria. Tão importante quanto gerar emprego, é gerar mão de obra qualificada. Para isso, vamos começar a montar a estrutura para a realização dos cursos – revela Ázaro.

A abertura do evento será na praça Padre Martins, 74 - 1º andar, centro em Laje do Muriaé, às 11h, tendo prosseguimento na praça dos Estudantes, 263, centro de Miracema, às 14h30 e rua Coronel Salgueiro, 50/52, centro de Cardoso Moreira, às 16h, encerrando as solenidades de inauguração das Agências Estaduais de Emprego e Renda nesses municípios, que funcionarão de segunda a sexta-feira das 9h às 17h.

Por Ascom da Secretaria de Trabalho e Renda

Cred Rio Norte comemora o Dia Internacional da Mulher


A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Educação do Norte, Noroeste e Região dos Lagos vai comemorar antecipadamente, neste sábado, o Dia Internacional da Mulher - 8 de março.
Está programada uma confraternização para os cooperados na sede da Associação dos Servidores da antiga ETFC, atual IFF, na estrada do Açúcar, a partir das 14 horas.

2010/03/04

Ato público

Falando sério: o ato público no centro de Campos, pró-royalties, foi de fato significativo em número de participantes, que driblaram a chuva, com muitos pronunciamentos e shows.
O que se espera, de fato, é que resultados práticos surjam no decorrer do processo.

Em nome da imprensa?

A prefeita Rosângela Matheus, no ato público pró-royalties, que ainda se realiza na |Praça São Salvador, em Campos dos Goytacazes (RJ), chamou Barbosa Lemos para falar "em nome da imprensa". Isso não vai dar certo...

Justiça bloqueia bens de atriz e casal Garotinho

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Justiça bloqueia bens de até R$ 176 milhões


Rio - A juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça do Estado, acabou de conceder o bloqueio de bens dos 88 denunciados pelo Ministério Público Estadual por improbidade administrativa. Entre os acusados estão os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, a atriz Deborah Secco e o ex-secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino. Rosinha e Garotinho terão bens bloqueados até o valor de R$ 176 milhões. A juíza concedeu também a quebra do sigilo bancário de grupo entre junho de 2003 e dezembro de 2007.

por Adriana Cruz
O Dia

Bomba na Justiça - Atriz da Globo e ex-governadores são denunciados

MP denuncia Garotinho, Rosinha e Deborah Secco por desvio de dinheiro

Rio - Os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, a atriz Deborah Secco e outras 85 pessoas foram denunciados por improbidade administrativa em ação civil pública à Justiça. Eles são acusados de operar um esquema de desvio de verba com a utilização de ONGs e empresas de fachada.

A investigação, que durou dois anos, foi realizada pelas Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania. O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes e promotores vão divulgar às 14h30, os resultados das investigações.

De acordo com o Ministério Público Estadual, a partir da análise dos dados bancários das ONG's que participavam no esquema, fica claro qual era o objetivo do esquema.

"A movimentação das contas bancárias dessas empresas e ONG's fantasmas mostram que a campanha da pré-candidatura do ex-governador Anthony Garotinho foi financiada com recursos públicos desviados através de ONG’s de fachada intermediadas por outra empresa de fachada, a Teldata", afirmou o promotor Eduardo Santos Carvalho, da 8ª Promotoria de Justiça.

Segundo o esquema, em 17 de fevereiro de 2006, a ONG IBDT realizou dois pagamentos em favor da conta bancária da empresa Teldata, no valor de R$ 140 mil e R$ 30 mil, totalizando R$ 170 mil. No mesmo dia, a ONG Inep realizou um pagamento em favor da mesma conta bancária da Teldata, no valor de R$ 80 mil.

A terceira transação financeira foi ainda no dia 17 de fevereiro de 2006. Foram depositados cinco cheques da Teldata na conta da campanha da pré-candidatura de Garotinho à Presidência da República, que somavam R$ 250 mil, a mesma quantia repassada à empresa pelas ONG's de fachada.

Ex-governador se diz vítima de 'armação'

Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho acusa o Ministério Público de "armar mais uma jogada eleitoreira" contra o casal. Em texto postado às 11h43 desta quinta-feira, ele acusa os promotores da Tutela Coletiva da Capital.

Segundo ele, são os mesmos "que armaram uma ação de improbidade administrativa contra Rosinha, e contra os quais, eu entrei com representação no Conselho Nacional do Ministério Público, estão preparando mais uma jogada. Convocaram uma entrevista coletiva para esta tarde, onde vão anunciar mais uma ação por improbidade administrativa contra mim e Rosinha. É tudo jogada política para repercutir amanhã, nos jornais".

Garotinho lembra ainda "duas ações semelhantes já foram propostas por esses mesmos promotores e foram extintas pela Justiça, por falta de base que as sustentasse. O destino da nova ação não será diferente".

O ex-governador afirma que os procuradores "querem fabricar manchetes, com o intuito de me prejudicar e bajular o governador Sérgio Cabral".

Entenda o caso

Em 2007, a investigação que resultou na Operação Águas Profundas esbarrou em outro escândalo envolvendo ONGs ligadas ao governo Rosinha Garotinho, que já teriam favorecido o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, por meio da Fundação Escola do Serviço Público (Fesp).

O empresário Ricardo Secco, pai da atriz Deborah Secco, era então suspeito de repassar aos beneficiários do esquema de licitações, via organizações não-governamentais, recursos do governo do estado, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal.

Em 2005, Deborah, que participou de propagandas oficiais do governo do Rio, ganhou o título de “Mulher do Ano”, concedido pela Fesp, que transferia dinheiro para ONGs a pretexto de execução de programas sociais.

por Adriana Cruz
O Dia

2010/03/03

Breve divagação sobre os royalties

Quem não reparou, pode notar: há um quê de não engajamento na luta pela manutenção do pagamento dos royalties a Campos, pela Petrobras, por parte da população. E não é muito difícil encontrar a resposta para esse desinteresse.

Primeiro por que ninguém sabe, efetivamente, em quais setores e de que forma são (e foram até agora) gastos os muitos e muitos milhões recebidos a título de indenização por parte do governo Federal. Trata-se de uma incógnita, uma “caixa-preta” nunca encontrada, que sempre gerou indagações e divagações as mais diversas. Não basta bater no peito, falar de injustiças e “convocar” o povo para a praça sem dizer abertamente o que está fazendo em prol dele com os recursos que querem nos tirar. Obviamente, o ideal seria a prefeita de Campos, Rosângela Matheus, aproveitar a grande campanha publicitária ora veiculada para apresentar números, dados; para mostrar de que maneira essa verba é pulverizada no município.

Especificamente em Campos, torna-se um verdadeiro exercício de contorcionismo intelectual e de expressão tentar explicar como um município há décadas aquinhoado com significativas somas pela extração e produção de petróleo na plataforma continental ainda continua com graves problemas de distribuição de água e coleta de esgoto; com iluminação pública precária; com o setor de saúde sem atender à parcela da população (possivelmente a maior parte) que realmente dele necessita e alvo constante de reclamações; com um trânsito desordenado; com uma área de educação que ainda apresenta números de avaliação aquém do esperado; com um mercado de trabalho afunilado; com uma rede de transporte público que lembra o início do século passado; com redes de águas pluviais ineficientes; com uma agricultura cuja produção é praticamente de subsistência; com ruas esburacadas, intransitáveis em determinados bairros e sem asfaltamento mesmo na área central; enfim – sobrevivendo paralelamente a qualquer planejamento urbano.

Um segundo ponto do desinteresse da população é que, exceção para os setores produtivos, ela ainda não avaliou (e certamente não teria respostas para tal), por que os governos não exerceram, ao longo dos anos, políticas concretas que fizessem Campos de fato não depender diretamente dos royalties do petróleo. O que se viu foram poucas tentativas, com acanhado êxito, de se conseguir novas indústrias, ao lado de desencontros políticos da prefeitura com o governo do Estado e o Federal. Não foi estudada, e consequentemente não descoberta, uma real tendência de desenvolvimento, objetivo, um alicerce, com a sociedade organizada, que pudesse fazer Campos dos Goytacazes, dos grandes guerreiros, respirar aliviada neste momento de aflição. Com efeito, e o perigo mora aqui, a população ainda não avaliou a bomba relógio que a prefeitura tem em mãos; não avaliou o caos a curto prazo que a perda dos recursos acarretará.

Não ocupem os ouvidos de São Salvador, por que ninguém pode dizer que foi apanhado “de calças curtas”. Há anos estudos técnicos apontam para o fim da exploração de petróleo na região, não obstante divergências de tempo e pelas novas descobertas da Petrobrás (o pré-sal, ao que parece, colocou uma pá de cal na mente dos políticos sobre essa hipótese), e mais recentemente (porém nem tanto assim) surgiram rumores de movimentação política para uma nova divisão do bolo dos royalties. Ô Ibsen, a idéia não era do Delfin? Deixar o bolo crescer para depois dividir? Larga d’eu...

Como efeito prático, a movimentação “convocada” pela prefeitura para a praça São Salvador, na tarde desta quinta-feira, quatro de março, terá tanto efeito como o espocar de um morteiro de três tiros (com os quais se comemoram as vitórias do Flamengo) em meio à guerra do Iraque. Certamente num microfone disputadíssimo, visto que teremos eleições depois da copa do mundo de futebol, políticos e pretensos falarão para eles mesmos e para um povo que nada pode fazer e tem sede de outras respostas, algo que deveriam trombetear nos ouvidos de Brasília, e sem a síndrome do interior. Acho difícil até mesmo os jornais do Rio publicarem uma única linha sobre o evento (muito embora espero estar equivocado). O jogo político, como se diz popularmente, era “muito mais embaixo”.

O pagamento de royalties tem caráter indenizatório, justamente pela exploração e produção de petróleo. Portanto, não concordo que a má ou ilegal utilização dos recursos seja justificativa plausível para uma virada de mesa espetacular. Ora, se o sofá da sala está pegando fogo, derruba-se a casa? O que deve ocorrer é uma fiscalização extremamente rigorosa, não viciada e constante sobre a aplicação dos recursos, com a devida punição para aqueles que, contrariando a ordem do show, põem o coelho na cartola. Com a aprovação da emenda do Ibsen Pinheiro (e não se esqueçam do Humberto Souto), que fatalmente deverá ocorrer, só com mágica mesmo Campos não sucumbiria.

A alternativa seria o presidente Lula vetar a emenda, como espera o governador Sérgio Cabral, seu aliado de todas as horas, e se fazer uma grande movimentação de acompanhamento em novo trâmite no Congresso. Ou mesmo alguns ajustes na emenda. No primeiro caso, Cabral sairia fortalecido de todo o embate, mas o momento não é de se pensar em ganhos políticos com a questão. Não é mesmo?

De qualquer forma, caso Campos (e mesmo o Estado) saia dessa, será de bom tom um mea culpa dos políticos envolvidos: aí gente, foi “mals” aí. Vamos agora fazer a coisa certa, vocês vão ver.

Sonhar não custa nada.