2021/09/29

Crimes contra animais: denunciar vale a pena!

 

É crime praticar maus-tratos contra animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos, de acordo com a Lei 9.605/98, artigo 32. Existem várias condutas que podem caracterizar os crimes, tais como o abandono, ferir, mutilar, envenenar, manter em locais pequenos sem possibilidade de circulação e sem higiene, não abrigar do sol, chuva ou frio, não alimentar, não dar água, negar assistência veterinária se preciso, dentre outros.

Atualmente, a legislação prevê pena de três meses a um ano de detenção para quem pratica os atos contra animais. A pena é aumentada de um sexto a um terço se o crime causa a morte do animal – o que foi mantido no novo projeto.

Veja como denunciar:

Ministério Público – O registro pode ser feito pelo site do MP ou pelas ouvidorias dos Ministérios Públicos estaduais.

Polícia Militar – Através do número 190 em casos de necessidade imediata ou socorro rápido.

Disque Denúncia – É possível denunciar anonimamente casos de maus-tratos a animais através do Disque Denúncia pelo telefone (21) 2253-1177.

Delegacias de polícia – O boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer delegacia de polícia, inclusive eletronicamente.

Linha Verde do Ibama – Denúncias de maus-tratos contra animais silvestres podem ser feitas através do número 0800 61-8080 ou pelo e-mail para linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais do Rio de Janeiro – através do telefone 1746 ou no site.


Em Campos dos Goytacazes: https://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=39220

Confira também:

https://arcabrasil.org.br/index.php/denunciar-maus-tratos/

https://www.fbamicrochip.org.br/maus-tratos

https://maustratosnao.org/#petitions

https://www.worldanimalprotection.org.br/denuncia

 

 

 


2021/09/12

Crônica

 

Uma pequena descoberta

 

Na verdade não sabia se havia sonhado ou se tinha em mente uma discussão qualquer sobre alguma reportagem do dia anterior. Mas acordou com a palavra felicidade em mente, ou mesmo como alcançá-la ou tê-la no colo como um cãozinho novo ou um presente inesperado, embora buscado.

Feliz, felicidade, feliz cidade, feliz idade? O que era mesmo? Felicidade mesmo; algo como se buscar junto aos familiares, seguir um facho de luz surgido em algum lugar de um tempo que seja, uma surpresa que lhe traga uma espécie inusitada de prazer que, de solitário, torna-se compartilhado.

Fez o que sempre fez – trilhou os caminhos iguais, passou pelos mesmos lugares, conversou como pode com os conhecidos e amigos. Comprou o jornal, tomou o café, xingou o motorista abusado, falou do clima ameno e terminou a pé a trilha ao trabalho.

Um dia igual aos demais. Fez o que tinha que ser feito, da maneira como fazia, como achava que tinha que ser executado.  Mas não se lembrava exatamente porque a felicidade o perseguia. Ou melhor, porque pensava nela, ou devido a que.

Ao cair da noite, chegou ao apartamento, como nunca diferente, matou a fome com algo qualquer da geladeira, e acabou por se desmantelar na poltrona da sala, seu orgulho, esvaziado em prestações a perder de muitas vistas.

Acordado, de madrugada, remoía a ideia do que é ser feliz. Por incrível que pareça, embora hoje nos passe longe a menor sensação ou discussão que vá além do que nos remeta aos cinco metros ou cinco minutos, pensou, em anos, o que poderia ou deveria ter feito de sua vida para se sentir melhor. Talvez um contorno sobre uma ou outra discussão, um esquecimento possível sobre algo inesquecível ou impossível, um beijo interrompido ou um abraço mais apertado que houvesse sido.

Pensou então no que fazia. Nas respostas que obtinha, nos seus, naqueles que não queria perto, naqueles que queria como íntimos, nos movimentos, de manhã, tarde e noite. Pensou até mais não poder no poder de não mais pensar, até porque no dia seguinte não era sábado ou feriado e, pasmado, não havia nada que o fazia saber por que pensar na felicidade. 

Foi dormir, de novo, enfim. E aí descobriu, muito sem querer, que um canal especial da TV a cabo, que era sempre visto no enorme aparelho instalado na sala de estar, de filmes, também era captado na televisão instalada no quarto, onde se exibia o trivial.

Ficou muito feliz.