'Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade', diz Barroso

 No dia em que o golpe militar completa 57 anos, ministro publicou texto em defesa da democracia. Ele lembrou que a ditadura brasileira matou, torturou, censurou e fez perseguição política.

Por G1 — Brasília

31/03/2021 10h34  Atualizado há 3 horas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), escreveu um texto em defesa da democracia nesta quarta-feira (31), dia em que o golpe militar completa 57 anos. Barroso disse que "ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversário e falta de liberdade".

Barroso começou seu texto, publicado no Twitter, endereçando a mensagem para "as novas gerações". Nas palavras do ministro, só afirma que não houve ditadura no Brasil quem não viu "um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado".

O ministro lembrou também que não havia eleições livres. Ele afirmou que o atual período democrático, iniciado após a queda da ditadura, representou maior progresso social para o país.

"As regras eleitorais eram manipuladas. Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade. Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] da América Latina", continuou Barroso.

O ministro citou exemplos de como funcionava a censura e lembrou de obras de arte que foram proibidas pelo regime.

"Os jornais eram publicados com páginas em branco ou poemas. Os compositores tinham que submeter previamente suas músicas ao departamento de censura. A novela Roque Santeiro foi proibida e o Ballet Bolshoi não pôde se apresentar no Brasil porque era propaganda comunista", relembrou Barroso.

"Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias", concluiu o ministro.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/03/31/ditaduras-vem-com-intolerancia-violencia-contra-os-adversarios-e-falta-de-liberdade-diz-barroso.ghtml

Fura-fila: estudante de Educação Física denuncia irregularidades na distribuição de vacinas em Campos

 Mensagens em grupo de WhatsApp mostram que acadêmicos são vacinados sem comprovarem estágio em clínicas e hospitais; Prefeitura se defende

Geral

Por Ulli Marques

30 de março de 2021 - 17h23

A Prefeitura de Campos, por meio da Vigilância em Saúde e seguindo critério do Governo do Estado do Rio, ampliou a vacinação para acadêmicos da área de saúde que atuam como estagiários em hospitais ou clínicas no município, mediante apresentação de declaração de estágio reconhecido pela instituição. Estudantes de Educação Física estariam incluídos nesse nicho, desde que comprovassem a prática do estágio nesses equipamentos de saúde. Contudo, mensagens em grupos no WhatsApp mostram que universitários que não fazem estágio ou que trabalham em academias de ginástica estão sendo vacinados no município sem que lhes fosse exigida a apresentação de documento comprobatório. Além disso, até mesmo estudantes que residem em outras cidades da região têm recebido a vacina em Campos.

A denúncia foi feita por uma estudante de Educação Física que não achou justa a distribuição das vacinas. “Os profissionais registrados no Conselho podem ser vacinados, como publicado, mas a vacinação de acadêmicos só é permitida caso fizessem estágio em clínicas e hospitais. Foi essa a informação divulgada. Não quero expor meus colegas, não é pessoal. Mas achei essa postura errada, desanimadora na verdade… Eles ainda comentam que não pediram sequer comprovante de residência, só RG e CPF. Esse ‘fura fila’ é um absurdo, principalmente com tanta gente mais necessitada morrendo”, contou a universitária.

Nas mensagens trocadas no grupo de estudantes de Educação Física, muitos afirmam que só foi solicitado que apresentassem documento de identidade e CPF, quando, em outros postos, também foi pedida a apresentação de contracheque ou declaração de estágio. Um dos estudantes declara: “Tentei na sexta na AABB e não consegui. Ontem tomei no Guarus Plaza, sem problema nenhum”.

Eles também denunciam a desorganização e falta de um discurso único. “Eu consegui vacinar com o comprovante de matrícula e de estágio. Mas uma amiga que trabalha comigo não conseguiu. Eles alegaram que academia é só estética. Eu entrei em uma sala e ela em outra. Depois eles pediram para ela colocar no papel de estágio ‘centro de reabilitação e condicionamento físico’, daí ela conseguiu vacinar”, afirmou o acadêmico no grupo. Outro estudante disse que “tem alguns profissionais que estão dando a vacina e outros estão seguindo ordens de não dar”.

Nas mensagens há ainda o caso de uma estudante que reside em São Francisco de Itabapoana, mas que foi vacinada em Campos.

Por meio de nota, a Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Proteção da Saúde informou que segue com a vacinação contra a Covid-19 dentro das recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde, atendendo aos grupos prioritários prescritos em nota técnica pela Secretaria de Estado de Saúde. A subsecretaria lamenta o comportamento de pessoas que estão burlando e furando filas, e ressalta que as medidas cabíveis estão sendo tomadas para identificar os infratores e puni-los na forma da lei.

Veja mais em:

https://www.jornalterceiravia.com.br/2021/03/30/fura-fila-estudante-de-educacao-fisica-denuncia-irregularidades-na-distribuicao-de-vacinas-em-campos/

Global Money Week tem início com participação do Sicoob Fluminense

O Sicoob Fluminense e o Instituto Sicoob  participam da Campanha Global Money Week(GMW), entre os dias 22 e 28 de março.

O evento é organizado pela Rede Internacional de Educação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ao longo de oito edições, a Campanha atingiu mais de 40 milhões de crianças e jovens em 175 países em todo o mundo.

A Global Money Week (GMW) é uma campanha anual de conscientização global sobre a importância de garantir que crianças, adolescentes, universitários e jovens adultos estejam financeiramente conscientes e que venham gradualmente adquirindo conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos necessários para tomar decisões financeiras sólidas alcançar o bem-estar financeiro e a resiliência financeira.

O objetivo final da GMW é garantir que esse público alvo tenha acesso a educação financeira de alta qualidade, aprenda sobre questões financeiras e seja capaz de tomar decisões financeiras inteligentes. Serão realizadas palestras online abordando uma série de questões envolvendo o tema central da campanha.

O tema para a GMW 2021 é “Cuide de você, cuide do seu dinheiro”, ou seja, educação financeira como uma forma de autocuidado e promoção do bem-estar pessoal e financeiro.

Agenda do Sicoob Fluminense na GMW:

 

Data: 22/03

Horário da palestra: 9h e 30 min.

Público: Alunos do ensino médio (3ºano) da Colégio Estadual Almirante Barroso

Faixa etária: 16 e 17 anos

Voluntária palestrante: Beatrice Freitas (Sicoob Fluminense)

 

Data: 22/03

Horário da palestra: 11h

Público: Alunos do ensino médio (1º, 2º e 3º) do Colégio Salesiano

Faixa etária: 15 a 17 anos

Voluntário palestrante: Victor Ayres

 

Data: 22/03

Horário da palestra: 13h e 30 min

Público: Alunos do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Professor Romualdo - São Fidélis

Faixa etária: 12 a 14 anos

Voluntária palestrante: Irislândia Silva (Sicoob Fluminense)

 

Data: 22/03

Horário da palestra: 18h

Público: Estagiários e jovens aprendizes do Sicoob Fluminense

Faixa etária: 16 a 26 anos

Voluntária palestrante: Pollyanna Paes (Sicoob Fluminense)

 

Data: 23/03

Horário da palestra: 16h

Público: Alunos do ensino médio e jovens empreendedores do município de Paulo de Frontin

Faixa etária: 16 a 29 anos

Voluntário palestrante: Felipe Santiago (Sicoob Fluminense)

 

Data: 24/03

Horário da palestra: 16h

Público: Estagiários da UCAM (Universidade Cândido Mendes)

Faixa etária: 18 a 29 anos

Voluntária palestrante : Clenir Teixeira (Sicoob Fluminense)

Sicoob Fluminense e o Projeto Carolinas

 O Sicoob Fluminense já realizou três participações junto ao Projeto Carolinas (Jovens mulheres na prevenção ao HIV em tempos de COVID-19 nas favelas), com reuniões, em três sextas-feiras seguidas, de capacitação online na qual foram passadas orientações e informações sobre “Educação Financeira”.

O projeto foi apresentado ao setor de responsabilidade social da cooperativa pela Organização Não Governamental "Nação Basquete de Rua", de Campos dos Goytacazes, através de edital do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS da América Latina, sendo considerado dentro dos propósitos de apoio comunitário do Sicoob Fluminense.

O público alvo foi o que está integrado ao projeto, com mulheres das comunidades da Margem da Linha do Rio e Tapera I, II e III, em Campos dos Goytacazes. Entre outros, estiveram envolvidos no evento o presidente e a vice da ONG, “Lebron” Vitor Almeida e Tamillys Lírio, a assistente social Maria Clara Oliveira, da área de relações institucionais do Sicoob Fluminense, Silvana Lemos, gestora do Instituto Sicoob no Rio de Janeiro, o economista Victor Ayres, da Central Rio Sicoob, assim como integrantes da equipe da cooperativa, além das assistidas pelo projeto.

PROJETO

O Projeto Carolinas busca construir novas formas de enfrentamento das realidades junto a jovens negras de comunidades através de formações e da educação em pares, melhorando a qualidade de vida dessas mulheres e de seus territórios, trabalhando prevenção, buscando reduzir o estigma e a discriminação das pessoas que vivem com HIV/AIDS ou outras IST’s, além da propagação do novo coronavírus.

A inspiração da ONG, em relação ao projeto, foi “Carolina Maria de Jesus, negra e favelada, como ela mesma se intitulava, considerada uma das escritoras mais relevantes do Brasil, tendo seu talento reconhecido em vários lugares do mundo. Entretanto, como para a maioria das outras mulheres negras brasileiras,   gênero,   raça   e   classe   construíram   vulnerabilidades que a deixaram no ‘Quarto de Despejo’, assim como o nome de sua obra mais conhecida.”

O objetivo direto é o de promover atividades para que essas jovens mulheres moradoras de favelas e periferias sejam multiplicadoras de informações e de boas práticas em saúde. Ao longo do projeto serão produzidos materiais de prevenção que serão disponibilizados online.

As atividades desenvolvidas pelo projeto buscam justamente o fortalecimento, a autonomia e a visibilidade de novas lideranças na promoção da saúde e prevenção contra o HIV via formações online sobre direitos sexuais e reprodutivos, prevenção combinada do HIV/AIDS, cuidados dentro do   contexto   da   pandemia   da   COVID-19, autocuidado   e   saúde   mental, dentre outros.

As capacitações e atividades englobam Capacitação em Prevenção a COVID-19; Capacitação em Prevenção ao HIV/AIDS; Capacitação em Direitos Sexuais e Reprodutivos; Capacitação em Advocacy (Participação Social); Rodas Terapêuticas (Saúde Mental e Autoestima); Emprego e Qualificação Profissional e Educação Financeira, a cargo do Sicoob. O Projeto Carolinas tem o apoio do Instituto Sicoob, Sindipetro, IFFluminense, Porto do Açu e Unaids.