2013/09/23

Greve dos bancários não atinge cooperativas de crédito

A greve dos bancários, que teve início no último dia 19 em todo país, não atinge a abertura e as operações das cooperativas de crédito, que se tornam uma das alternativas àqueles que precisam realizar serviços financeiros e estão enfrentando dificuldades devido à paralisação da categoria. Os clientes de instituições bancárias podem pagar contas de água, luz, telefone, boletos bancários, carnês, IPVA e todos os tributos com códigos de barra que ainda estejam no prazo de vencimento em qualquer ponto de atendimento das cooperativas de crédito.

O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), maior instituição financeira cooperativa do país, disponibiliza mais de 2 mil pontos de atendimento para tais serviços, os quais funcionam normalmente, de segunda a sexta-feira. Apesar de oferecerem os mesmos serviços dos bancos, as cooperativas de crédito não são vinculadas aos sindicatos dos bancários. Além disso, elas têm como principal objetivo a prestação de serviços aos seus associados, donos do negócio.
As cooperativas de crédito oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços e proporcionam o acesso a recursos financeiros especiais para empréstimo, investimento e capital de giro, com taxas e juros mais acessíveis. Também oferecem seguros, consórcios, crédito consignado, poupança, fundos de investimento, aplicações, previdência, cartões - Cabal, Maestro, Mastercard e Visa -, entre outros produtos e serviços.

Sobre o Sicoob

O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui mais de 2,5 milhões de associados em todo o país e está presente em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por mais de 500 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação) que tem a finalidade de defender os interesses das cooperativas representadas, ofertar serviços, promover a padronização, supervisão e integração operacional, financeira, normativa e tecnológica. Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil S.A. (Bancoob) especializado no atendimento às cooperativas de crédito e cujo controle acionário pertence às cooperativas do Sicoob; a Bancoob DTVM, distribuidora de títulos e valores; o Sicoob Previ, fundação que oferece plano de previdência complementar; a Cabal Brasil, bandeira e processadora de cartões e a Ponta Administradora de Consórcios. Conta ainda com o Fundo Garantidor do Sicoob (FGS), que confere credibilidade ao Sistema e garante a proteção dos recursos dos seus associados. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços para seus associados e possibilitam acesso a recursos para empréstimos em geral e investimentos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, com juros mais acessíveis.

Em Campos o Sicoob Cred Rio Norte está instalado na rua Dr. Siqueira, 278, Parque Dom Bosco, em frente ao IFF.

2013/09/18

Leis e leis. Pelo julgamento do STF

São as paixões exacerbadas do povo, que refletem sua alma e anseios, que verdadeiramente alicerçam as leis. Sem aquelas, estas não devem resistir a um lufar de vento mais forte. Se hoje ainda se observa que determinadas leis, que caso efetivamente em vigência, permitem que não sobressaia a justiça, em sua plena essência, que se mudem as eleis.

2013/09/12

Em tempo: na Suécia, juízes e políticos são "cidadãos comuns"

STF: Marco Aurélio Mello vota contra embargos infringentes e empata votação

Placar fica em 5 a 5, e a decisão sobre os recursos recai agora sobre o ministro Celso de Mello, que votará na quarta-feira

RIO — O ministro Marco Aurélio Mello votou contra a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar os chamados embargos infringentes, recursos que dão direito a um novo julgamento para 11 dos 25 condenados no processo do mensalão. Ele seguiu, dessa forma, o entendimento dos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa e Luiz Fux e deixou o placar sobre o assunto empatado em cinco a cinco. Antes dele, votaram a favor da aceitação dos embargos os ministros Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber e Dias Toffoli. A decisão final sobre o assunto fica, agora, nas mãos do ministro Celso de Mello, o decano da Corte, que só proferirá seu voto na próxima quarta-feira.

Para os ministros que votaram contra, esses embargos estão previstos apenas no Regimento Interno do tribunal, mas não na lei 8.038, que disciplinou o funcionamento dos tribunais superiores. De acordo com o regimento, têm direito ao recurso réus condenados que obtiveram ao menos quatro votos pela absolvição. Para quem se posicionou a favor, a lei 8.038, de 1990, não revogou expressamente o Regimento Interno do tribunal, que é mais antigo.

http://oglobo.globo.com/pais/stf-marco-aurelio-mello-vota-contra-embargos-infringentes-empata-votacao-9931360

Funcionários dos Correios, no Rio, decidem entrar em greve

Rio de Janeiro – Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio (ECT) decidiram em assembleia esta noite entrar em greve por tempo indeterminado. Os servidores, que têm data-base este mês, não aceitaram a proposta da empresa de aumento de 5,27%, abaixo da inflação anual, de 6,27%, medida pelo Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).
 
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio (Sintect-RJ), Marcos Sant'Aguida, “Os 5,27% de aumento que os Correios apresentaram está bem abaixo da inflação. A inflação é direito, e nós queremos o aumento real do salário”, disse. “Na reunião [ontem (10)], nós falamos que caso a empresa não apresentasse uma nova proposta, nós iríamos entrar em greve”, completou.

O sindicalista disse ainda que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa. "Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios”.

Em nota, os Correios informaram que estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para a paralisação. “A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”.

Ainda segundo os Correios, “estamos adotando uma série de ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população em caso de paralisação parcial dos trabalhadores, como mutirão e contratação de pessoal para entrega de correspondência nos finais de semana para atender à população".

Os grevistas estão concentrados no Centro de Tratamento de Encomendas, em Benfica, zona norte, setor responsável pela distribuição dos objetos postais. O lugar é estratégico, porque dali saí as principais encomendas do Rio, como o Sedex 10, que tem de ser entregue até as 10 horas da manhã diariamente.

Os sindicalistas estão formando piquete em Benfica a fim de impedir a saída dos veículos com malotes de encomenda para entregar nesta quinta-feira (12). A categoria já programou uma assembleia para amanhã às 10 horas.

Agência Brasil
JB

2013/09/09

Polícia acredita em suicídio e diz que não havia drogas na casa de Champignon

Ex-integrante do Charlie Brown Jr. foi encontrado morto com um tiro na cabeça; de acordo com delegada, ele teve uma discussão com a mulher

 

A polícia está considerando como "suicídio consumado" a morte de Champignon , ex-baixista do Charlie Brown Jr. e vocalista do grupo A Banca. O corpo do músico de 35 anos foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (9) em seu apartamento em São Paulo, seis meses depois de Chorão , vocalista do Charlie Brown Jr., ter sofrido overdose de cocaína .

 

De acordo com a delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial, o corpo foi encontrado com um tiro na lateral direita da cabeça, e não na boca, como divulgado inicialmente. Um primeiro tiro foi disparado no chão, "como que para testar a arma", disse a delegada.

Segundo Suegama, não havia nenhum tipo de droga, tranquilizante ou antidepressivo no apartamento, que estava arrumado.

Suegama afirmou que, na noite de domingo (8), Champignon jantou com a mulher, Cláudia Campos, grávida de cinco meses, e um casal de amigos. Campos contou que os dois tiveram uma discussão no restaurante, mas não revelou sinais de agressão física e disse que o músico "era muito carinhoso".

Quando chegou em casa, Champignon se isolou no quarto em que guardava instrumentos, sem trancar a porta. Quando ouviu um tiro, por volta das 0h20, Campos tentou entrar no local, mas não conseguiu porque o corpo impedia a abertura da porta.
 
Segundo o relato de Campos, ela saiu gritando e encontrou o vizinho Alexandre Benaion, que ouvira o barulho e já seguia em direção ao apartamento. Benaion chamou a polícia, que atendeu a ocorrência.

Autoridades encontraram a arma nas mãos de Champignon. Campos, em choque, foi levada ao hospital, mas já recebeu alta. O bebê, segundo ultrassom, passa bem.

A mulher afirmou à polícia que o músico andava "muito preocupado" com as críticas que saíam na imprensa sobre A Banca, grupo que formou com os remanescentes do Charlie Brown Jr . após a morte de Chorão.

A polícia aprendeeu a carteira, o computador, o celular e alguns instrumentos do músico para investigação. Champignon tinha duas armas em casa e pelo menos uma delas estava registrada em seu nome. Familiares e amigos ainda serão convocados para depoimento.

 Por Susan Souza , iG São Paulo | - Atualizada às

2013/09/05

Agência em Morro do Côco

Instalação de um PAC do Sicoob Cred Rio Norte vai finalmente atender moradores e comerciantes que não dispõem de serviços bancários



Representando o Sicoob Cred Rio Norte, o consultor Neilton Ribeiro da Silva e o diretor Marcos Lincoln estiveram na noite desta quarta-feira, quatro de setembro, em Morro do Côco, Campos dos Goytacazes. Eles foram participar de um novo encontro com líderes da comunidade e segmentos produtores da região, em vista da instalação naquela localidade de um Ponto de Atendimento ao Cooperado.

O encontro ocorreu na escola estadual Teotônio Ferreira de Araújo, e pelo menos 50 pessoas participaram da exposição feita por Neilton Silva acerca do cooperativismo, dos trabalhos desenvolvidos e produtos oferecidos pelo Sicoob Cred Rio Norte e principalmente as vantagens e facilidades que a comunidade de Morro do Côco terá com a instalação da agência da cooperativa. Na verdade, o PAC virá atender diretamente uma necessidade urgente, mas praticamente histórica de Morro do Côco, que não possui uma única agência bancária, o que obriga seus moradores a se deslocarem à sede de Campos dos Goytacazes para o simples pagamento de um boleto ou a abrirem contas em instituições no Espírito Santo, em razão da proximidade com a divisa dos estados.

O Sicoob Cred Rio Norte, como cooperativa de crédito, a quarta maior do estado do Rio de Janeiro, opera com absolutamente todos os serviços bancários, com a diferença de oferecer, sempre, menores taxas e juros, pelo fato de não visar lucro, e ainda colocar à disposição dos associados e dependentes um grande leque de serviços e produtos, como planos de saúde e odontológico, seguros, consórcios, empréstimos, poupança, planos de telefonia móvel e muitos outros. Toda a carteira de ofertas e informações sobre a cooperativa pode ser conferida no site www.sicoobcredrionorte.com.br .

Embora não haja uma data específica para a instalação do PAC do Sicoob Cred Rio Norte em Morro do Côco, Neilton Silva explicou que o processo está acelerado em virtude da transformação da instituição, que hoje ainda representa de modo segmentado os profissionais da educação, em cooperativa de livre admissão, o que certamente representará um aumento significativo de demanda. Os presentes foram unânimes em apontar as dificuldades enfrentadas por Morro do Côco pela falta de uma agência bancária, especialmente pelo comércio local, considerado forte, e se manifestar positivamente pela cobertura da lacuna pela cooperativa, que receberá diretamente apoio e incentivo das associações locais.

Entre os presentes estavam o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Morro do Côco, Leonardo Crespo; o representante da Associação de Produtores Rurais de Santa Maria, Roberto Guimarães; a representante da Associação de Moradores de Morro do Côco, Maria da Penha Siqueira, e o presidente da Associação Comercial de Morro do Côco, Gilson Sarlo, que comentou: “estamos numa luta de mais de 15 anos para a instalação de uma agência que venha atender as necessidades dos moradores da localidade. Já tivemos representações de bancos aqui, que não se firmaram. Mas temos grande demanda e apoiamos a iniciativa do Sicoob. É um absurdo termos que ir a Campos pagar uma conta de energia elétrica, por exemplo.”

Por sua vez, Maria da Penha Siqueira afirmou que “somos mais de 13 mil habitantes apenas em Morro do Côco, com comércio diversificado, e nosso apoio ao Sicoob é grande porque temos a certeza de que não apenas a vida dos moradores terá maior qualidade, mas também que a partir da instalação da agência outros benefícios virão, sem contar que os moradores poderão evitar ter que utilizar a BR 101 apenas para quitar seus compromissos financeiros, de modo geral.”

2013/09/03

Por unanimidade, Câmara aprova PEC que acaba com voto secreto; proposta vai para o Senado

Por unanimidade e em votação aberta, os deputados federais aprovaram na noite desta terça-feira (3), por 452 votos a favor, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 349/01, que acaba com o voto secreto no Legislativo. A proposta segue agora para o Senado.
Os deputados começaram a votação de segundo turno por volta das 19h30 durante sessão deliberativa extraordinária no plenário da Casa. Para ser aprovada, a PEC precisava receber 308 votos favoráveis –de um total de 513 parlamentares.
 
A medida vale para as deliberações da Câmara, do Senado, das assembleias legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de vereadores. 
 
"Em 42 anos, vi esta Casa se levantar, se agachar, se respeitar e não se respeitar, mas posso afirmar, sem sombra de dúvida, que não vi um dano maior à sua história do que o ocorrido na noite fatídica de quarta passada", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, antes da votação, ao se referir à não cassação do mandato do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO). "Não quero acusar ninguém, o mea culpa vale para todos", completou.
 
De autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), a PEC (de 2001) já foi aprovada em primeiro turno pelo plenário da Câmara em 2006, sete anos atrás. A matéria vai ao Senado, onde também será submetida a votações em dois turnos.

Em 5 de setembro de 2006, a PEC foi colocada em votação na Câmara na esteira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigava deputados por envolvimento no escândalo do mensalão. Ela foi aprovada por 383 votos a favor, nenhum contrário e quatro abstenções.
Atualmente, o voto secreto no Congresso é previsto em mais de 20 casos, entre eles, a análise de vetos presidenciais, a cassação de congressistas, a eleição para a Mesa Diretora (incluindo a escolha do presidente da Câmara e do Senado) e a indicação de conselheiros para o TCU (Tribunal de Contas da União).

A decisão dos líderes da Câmara de votar a PEC se deve à não cassação pelo plenário da Casa, na semana passada, do mandato do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO). Os deputados creditaram a decisão favorável a Donadon ao fato de a votação ser secreta. Mesmo preso há dois meses e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde 2010, Donadon manteve seu mandato junto à Câmara.

Do UOL, em São Paulo

Após sete anos, Câmara decide votar PEC que acaba com voto secreto

As lideranças das bancadas partidárias da Câmara decidiram, em reunião realizada nesta terça-feira (3), colocar em votação, na sessão extraordinária convocada para as 19h, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 349/01, que acaba com o voto secreto em todas as situações no Congresso Nacional.

De autoria do ex-deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), a PEC (de 2001) já foi aprovada em primeiro turno pelo plenário da Câmara em 2006, sete anos atrás. Se aprovada hoje, em segundo turno, a matéria vai ao Senado, onde também será submetida a votações em dois turnos.

Em setembro de 2006, a PEC foi colocada em votação na Câmara na esteira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigava deputados por envolvimento no escândalo do mensalão. Ela foi aprovada por 383 votos a favor, nenhum contrário e quatro abstenções.

Atualmente, o voto secreto no Congresso é previsto em mais de 20 casos, entre eles, a análise de vetos presidenciais, a cassação de congressistas, a eleição para a Mesa Diretora (incluindo a escolha do presidente da Câmara e do Senado) e a indicação de conselheiros para o TCU (Tribunal de Contas da União).

A decisão dos líderes da Câmara que votar a PEC se deve à não cassação pelo plenário da Casa, na semana passada, do mandato do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO). Os deputados creditaram a decisão favorável a Donadon ao fato de a votação ser secreta. Mesmo preso há dois meses e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde 2010, Donadon manteve seu mandato junto à Câmara.
 
Em votação secreta na noite da última quarta-feira (28), 233 deputados votaram a favor da cassação, 131 contra e 41 se abstiveram. Para cassar o mandato de Donadon, eram necessários 257 votos, o que representa a metade do total de deputados mais um voto.
"Vou conversar com o presidente Renan, a exemplo do que fizemos na PEC do Orçamento impositivo (...) para que possa agilizar essa votação. Como ele tem interesse que agilizamos a que vem para cá, do [senador] Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que encerra na condenação criminal", afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara.
Alves faz referência à proposta do senador pernambucano que determina que parlamentares condenados pela Justiça percam mandato automaticamente.

 

Quórum


Para ser aprovada, a PEC precisa receber 308 votos favoráveis –de um total de 513 parlamentares. O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do PT na Câmara, afirmou que a bancada do partido irá se reunir e exigir a participação de todos os deputados na votação. "A conjuntura exige a aprovação da proposta."

Questionado pela demora na tramitação do texto, Guimarães respondeu que "antes tarde do que nunca". "A PEC passou sete anos dormitando nas gavetas da Câmara. Porque não tirá-la hoje?", disse.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), líder da bancada tucana, afirmou que na reunião de hoje as lideranças se comprometeram a não apresentar destaques à PEC, de modo a acelerar sua tramitação. "Abrir o voto secreto para tudo é o que a sociedade espera", disse.

 

Protestos


O fim do voto secreto no Congresso era também uma reivindicação dos manifestantes que foram às ruas em junho. Após os protestos no Brasil, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Câmara chegou a analisar o assunto e aprovou o fim do voto secreto em cassações, mas a tramitação não seguiu adiante.

Em julho, a CCJ do Senado aprovou outra proposta que acabava com o voto secreto, mas também não houve avanços em plenário.
Na proposta que a presidente Dilma Rousseff enviou ao Congresso Nacional pedindo a reforma política, o fim do voto secreto era um dos cinco itens.


Outras PECs semelhantes

 

Além da PEC 349, há outras duas propostas com teor semelhante tramitando no Congresso: a PEC 196/12, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que prevê o fim do voto secreto em casos de perda de mandato parlamentar por quebra de decoro e condenação criminal; e a 20/13, do senador Paulo Paim (PT-RS), que também determina o fim do voto secreto em qualquer circunstância.

A proposta do parlamentar tucano já foi aprovada em dois turnos no Senado e está em análise em comissão especial da Câmara. Já a do petista só foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e ainda precisaria passar por duas votações em cada uma das casas.

Na manhã e início da tarde desta terça, as lideranças das bancadas discutiram por mais de duas horas para chegar a um consenso em torno de qual PEC seria apresentada. Mesmo que a PEC 349 seja aprovada hoje, o trâmite da PEC 196 prossegue na Câmara.

Segundo as lideranças partidárias, a decisão de manter a tramitação das duas propostas é uma forma da Câmara se resguardar caso o Senado demore a aprovar a PEC 349.
De acordo com o presidente da Casa, a PEC 196 pode ser aprovada em menos de duas semanas. "No dia 18 deste mês ela estará apta a ser votada no plenário desta casa. Esta não impede a votação da outra", disse Alves. Segundo os líderes, o fato de a PEC de Alvaro Dias ter menor alcance do que a outra não impede sua votação.

Guilherme Balza
Do UOL, em Brasília 03/09/201313h44 > Atualizada 03/09/2013 14h22