2019/10/31

Condenados na Chequinho, Linda Mara, Kellinho e Thiago Virgílio estão foragidos

Clícia Cruz, Paula Vigneron e Ícaro Barbosa 31/10/2019 10:27 - Atualizado em 31/10/2019 11:56
 
A Polícia Federal está à procura dos ex-vereadores Linda Mara (PTC), Kellinho (PR) e Thiago Virgílio (PTC). Eles já são considerados foragidos da Justiça. A informação foi passada pelo delegado Paulo Cassiano Júnior, na delegacia da PF, às 10h da manhã desta quinta-feira (31), em Campos. Os três políticos foram condenados em segunda instância no inquérito da operação Chequinho.  
 
De acordo com Paulo Cassiano, houve condenação, tanto na esfera eleitoral quanto na criminal, e os réus têm apresentado recursos, mas, com relação aos três, já houve trânsito em julgado, com ação condenatória, o que significa dizer que não cabe mais recurso. “Nós recebemos, na semana retrasada, mandados de prisão em relação aos três réus”, disse o delegado, informando que eles não foram encontrados em seus endereços e, portanto, são considerados foragidos.
 
— As ordens de prisão foram expedidas para Campos pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral em exercício, Cláudio Brandão de Oliveira, e estamos, desde que recebemos esses mandados, diligenciando para tentar cumprir. Não conseguimos localizá-los nos endereços cadastrados, disponíveis no sistema da Polícia Federal. Uma advogada esteve na delegacia representando os interesses do Kellinho, tomou ciência da ordem de prisão do cliente, numa conversa que teve com o chefe da delegacia, prometeu apresentá-lo na semana passada e não o fez. Novas tentativas de localizá-los serão feitas e, se até o próximo domingo eles não se apresentarem, eu farei informação ao juiz de que nós realizamos essas diligências e faremos a sugestão que o juiz mude o regime de semiaberto para fechado — disse Paulo Cassiano.
 
Linda Mara, Thiago Virgílio, e Kellinho foram condenados a 5 anos e 4 meses de prisão por participação no que o Ministério Público chamou de “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. Os três também tiveram a perda do mandato eletivo e a perda dos direitos políticos.
 
Operação — A operação Chequinho foi deflagrada em 2016 e apurou denúncias de uso do programa social de distribuição de renda, Cheque Cidadão, em troca de votos ao grupo do ex-governador Anthony Garotinho nas eleições do mesmo ano. O caso foi classificado pelo Ministério Público como um “escandaloso esquema”.
 
As denúncias iniciais foram feitas por assistentes sociais que trabalhavam na Prefeitura de Campos e perceberam que seus critérios para distribuição do Cheque Cidadão, definidos a partir de bases acadêmicas, não estavam sendo seguidos. Ao mesmo tempo, foi detectado um aumento expressivo no número de beneficiários em curto espaço de tempo: de 12 mil para 30 mil em dois meses. 
 

2019/10/30

Copom reduz juros básicos para 5% ao ano, o menor nível da história

 


Ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos mais uma vez

Foi a quinta prisão de Garotinho e a terceira da esposa, que foram capturados em casa, no Flamengo

Por O Dia
 
 
Matéria na íntegra em:

2019/10/28

Publicado edital de Concurso Público para SJB

Inscrições iniciam nesta terça-feira, 29, e seguem até 28 de novembro. São 87 vagas - sendo oito para portadores de necessidades especiais.

28/10/2019 - Administração
(Vitor Azevedo)


A Prefeitura de São João da Barra publicou no Diário Oficial (aqui, aqui, aqui) desta segunda-feira, 28, o edital do concurso público que vai oferecer 87 vagas - sendo oito para portadores de necessidades especiais - distribuídas em cargos de nível médio e superior. Os salários variam entre R$ 1.499,31 (Médio) e R$ 3.807,19 (Superior), e ainda, gratificação por produtividade para auditor fiscal de tributos.O Instituto Ibdo é a banca organizadora do concurso. 
 
As inscrições iniciam nesta terça-feira, 29, seguem até 28 de novembro e devem ser feitas no site www.institutoibdo.com.br. Para nível médio, a taxa de inscrição é de R$ 50,00 e superior é de R$90,00. 
 
"Anunciamos este concurso no Dia do Servidor Público para ratificar nosso compromisso cada vez maior em reforçar nossos quadros de funcionários efetivos, principalmente em áreas necessárias para o bom desenvolvimento do setor público", ressaltou a prefeita Carla Machado.  
 
Para o nível Médio, serão oferecidas vagas para Guarda Municipal (20), Agente de Tributos (6), Agente de Fiscalização de Transporte Público (6), Agente de Fiscalização de Saúde (6), Agente de Fiscalização de Postura (6), Agente de Fiscalização de Obras (4). 
 
Já para o nível Superior as vagas são para Engenheiro Civil (1), Auditor Fiscal de Obras (6), Auditor Fiscal de Tributos (10), Auditor Fiscal de Vigilância Sanitária - Especialidade I (1), Auditor Fiscal de Vigilância Sanitária - Especialidade II (1), Auditor Fiscal de Vigilância Sanitária - Especialidade III (1), Auditor Fiscal de Vigilância Sanitária - Especialidade IV (1), Auditor Fiscal de Vigilância Sanitária - Especialidade V (1), Contador (5), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade I (2), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade II (1), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade III (1), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade IV (2), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade V (1), Analista Fiscal de Meio Ambiente - Especialidade VI (1), Auditor Municipal de Controle Interno (2) - Auditor Fiscal de Inspeção Sanitária - Especialidade I (1) - Auditor Fiscal de Inspeção Sanitária - Especialidade II (1).
 
Para a secretária de Administração, Alesssandra Soares, o quadro de fiscalização do município será reforçado em um momento importante. 
 
"A principal intenção do concurso é ir na contramão da crise dos royalties, haja vista que estaremos reforçando nosso quadro de fiscais, o que vai  gerar mais arrecadação de impostos, principalmente gerados pelas empresas que estão no Porto do Açu", destacou.
 

2019/10/25

Veja: Marcos Valério cita Lula como um dos mandantes da morte de Celso Daniel

Em depoimento inédito, o operador conta que o ex-presidente deu aval para pagar a chantagista que iria apontá-lo como envolvido no assassinato do prefeito

Por Hugo Marques
access_time  25 out 2019, 10h29 - Publicado em 25 out 2019, 07h06 
 
No fim da década de 90, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza começou a construir uma carreira que transformaria radicalmente sua vida e a de muitos políticos brasileiros nas duas décadas seguintes. Ele aprimorou um método que permitia a governantes desviar recursos públicos para alimentar caixas eleitorais sem deixar rastros muito visíveis. Ao assumir a Presidência da República, em 2003, o PT assumiu a patente do esquema. Propina, pagamentos e recebimentos ilegais, gastos secretos e até despesas pessoais do ex-presidente Lula — tudo passava pela mão e pelo caixa do empresário. Durante anos, o partido subornou parlamentares no Congresso com dinheiro subtraído do Banco do Brasil, o que deu origem ao escândalo que ficou conhecido como mensalão e levou catorze figurões para a cadeia, incluindo o próprio Marcos Valério. Desde então, o empresário é um espectro que, a cada aparição, provoca calafrios nos petistas. Em 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) já o condenara como operador do mensalão, Valério emitiu os primeiros sinais de que estaria disposto a contar segredos que podiam comprometer gente graúda do partido em crimes muito mais graves. Prometia revelar, por exemplo, o suposto envolvimento de Lula com a morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André, executado a tiros depois de um misterioso sequestro, em 2002.
Na época, as autoridades desconfiaram que a história era uma manobra diversionista. Mesmo depois, o empresário pouco acrescentou ao que já se sabia sobre o caso. Recentemente, no entanto, Valério resolveu contar tudo o que viu, ouviu e fez durante uma ação deflagrada para blindar Lula e o PT das investigações sobre o assassinato de Celso Daniel. Em um depoimento ao Ministério Público de São Paulo, prestado no Departamento de Investigação de Homicídios de Minas Gerais, a que VEJA teve acesso, o operador do mensalão declarou que Lula e outros petistas graduados foram chantageados por um empresário de Santo André que ameaçava implicá-los na morte de Celso Daniel. Mais: disse ter ouvido desse empresário que o ex-presidente foi o mandante do assassinato. Até hoje, a morte do prefeito é vista como um crime comum, sem motivação política, conforme conclusão da Polícia Civil. Apesar disso, o promotor Roberto Wider Filho, por considerar graves as informações colhidas, encaminhou o depoimento de Valério ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, que o anexou a uma investigação sigilosa que está em curso.
 
CRIME POLÍTICO – Celso Daniel foi morto como queima de arquivo, em 2002 (Epitácio Pessoa/Estadão Conteúdo)
No depoimento ao MP, também gravado em vídeo, Valério repetiu uma história que contou em 2018 ao então juiz Sergio Moro, envolvendo na trama praticamente todo o alto-comando petista — só que agora com mais detalhes e com Lula como personagem fundamental. A história começa, segundo ele, em 2003, quando Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula, convocou-o para uma reunião no Palácio do Planalto. No encontro, o anfitrião afirmou que o empresário Ronan Maria Pinto, que participava de um esquema de cobrança de propina na prefeitura de Santo André, ameaçava envolver a cúpula do Planalto no caso da morte de Celso Daniel. “Marcos, nós estamos com um problema. O Ronan está nos chantageando, a mim, ao presidente Lula e ao ministro José Dirceu, e preciso que você resolva”, teria dito Carvalho. “Ele precisa de um recurso, e eu quero que você procure o Silvio Pereira (ex-secretário-geral do PT)”, acrescentou. Valério conta que, antes de deixar o Palácio, tentou levantar mais informações sobre a história com o então ministro José Dirceu. “Zé, seguinte: o Gilberto está me pedindo para eu procurar o Silvio Pereira para resolver um problema do Ronan Maria Pinto. Disse que é uma chantagem”, narra Valério no depoimento. A resposta do então chefe da Casa Civil teria sido curta e grossa: “Vá e resolva”.
Valério compreendeu que “resolver” significava comprar o silêncio do chantagista. No depoimento, ele relata que procurou o petista João Paulo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, a quem uma de suas agências de publicidade prestava serviços. Cunha, mais tarde condenado no mensalão, orientou-o a procurar o deputado Professor Luizinho, que tinha sido vereador em Santo André e, portanto, conhecia bem o problema. Segundo o empresário, Luizinho lhe confidenciou que Celso Daniel topou pagar com recursos da prefeitura a caravana de Lula pelo país, antes da eleição presidencial de 2002, mas não teria concordado em entregar a administração à ação de quadrilhas e àqueles que visavam ao enriquecimento pessoal. “Uma coisa era o Celso bancar as despesas do partido, da direção do partido e do próprio presidente. Outra era envolver a prefeitura em casos que beiravam a ação de gângster”, teria afirmado o deputado, conforme a versão de Valério. Seguindo a orientação recebida de Gilberto Carvalho, Valério procurou Silvio Pereira (secre­tário-­geral do PT) e perguntou se o assunto era mesmo grave e se realmente envolvia Lula, Zé Dirceu e Gilberto. Resposta: “Ele falou assim: ‘Esse assunto é mais sério do que você imagina’.”. Pereira pediu então a Valério que se encontrasse com o chantagista.
A reunião, segundo Valério, ocorreu num hotel em São Paulo. “Eu já avisei a quem eu devia avisar, Marcos, eu não vou pagar o preço sozinho”, teria sido a ameaça de Ronan. O então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, preso no mensalão e no petrolão, também estava no encontro. “Se não resolver o assunto, eu já senti, esse homem vai explodir de vez, vai explodir o presidente, o Gilberto e o José Dirceu”, disse Valério a Delúbio depois da reunião. O empresário e o tesoureiro discutiram a melhor forma de arrumar o dinheiro para pagar a chantagem. Deu-­se, então, o encontro do mensalão com o petrolão. O petista Ivan Guimarães, que à época era presidente do Banco Popular do Brasil, lembrou os colegas de partido de que fundos de pensão mantinham aplicações milionárias no Banco Schahin. Era a hora de pedir uma retribuição. O banco aceitou fazer um “empréstimo” de 12 milhões de reais em troca de um contrato de operação com a Petrobras, no valor de 1,6 bilhão de reais. O promotor Roberto Wider quis saber de Valério se ele conversou com Lula sobre esse episódio. O empresário disse que sim. “Eu virei para o presidente e falei assim: ‘Resolvi, presidente’. Ele falou assim: ‘Ótimo, graças a Deus’.”. Mas não foi apenas isso. Valério contou ao promotor que Ronan Maria Pinto, quando exigiu dinheiro para ficar calado, declarou que não ia “pagar o pato” sozinho e que iria citar o presidente Lula como “mandante da morte” do prefeito de Santo André. Nas palavras de Valério, Ronan ia “apontá-lo como cabeça da morte de Celso Daniel”.
Na história recente da política brasileira, ninguém exerceu o papel de operador com tamanho protagonismo como o empresário Marcos Valério. Dono de agências de publicidade, Valério começou a atuar em esquemas de desvio de recursos públicos no governo de Eduardo Azeredo (PSDB), em Minas Gerais. Petistas mineiros conheciam muito bem os bons serviços prestados por ele aos rivais tucanos. Por isso, tão logo Lula assumiu a Presidência da República, abriram-se as portas do governo federal ao empresário. Rapidamente, Valério se tornou o homem do dinheiro sujo do PT e, nessa condição, cumpriu de missões prosaicas a estratégicas. Ele conta que se reunia com o então presidente ao menos uma vez por mês. Palpitava até sobre a indicação de ministros. A compra de apoio parlamentar era realizada às sombras, numa engenhosa operação financeira que envolvia bancos, dirigentes de partidos e dezenas de políticos — tudo na surdina. O empresário só assumiu o centro do tablado depois de VEJA revelar, em 2005, que o PTB operava um esquema de cobrança de propina nos Correios. Sentindo-se pressionado, Roberto Jefferson, o mandachuva do partido, reagiu delatando o mensalão e apresentando ao país o “carequinha” que operava os cofres clandestinos do PT. O resto da história é conhecido. O STF reconheceu a existência do esquema de suborno ao Congresso, considerou-o uma tentativa do PT de se perpetuar no poder e condenou os mensaleiros à cadeia. Lula, apesar de ser o beneficiado principal do esquema, nem sequer foi processado.
Por causa disso, Valério sempre pairou como um fantasma sobre o PT e seus dirigentes. No auge das investigações sobre o mensalão, ele próprio tentou chantagear o partido dizendo que se não recebesse uma bolada implicaria o então presidente da República no caso. Anos mais tarde, uma reportagem de VEJA revelou que a chantagem surtiu efeito, e o dinheiro foi depositado numa conta dele no exterior por um empreiteiro amigo. Durante a CPI dos Correios, Valério de fato poupou Lula. Ele só testemunhou contra o ex-presidente quando já estava condenado pelo Supremo. No depoimento ao MP, Valério disse que não aceitou pagar ao chantagista Ronan Maria Pinto do próprio bolso, como queriam os petistas, mas admitiu ter participado do desenho da transação realizada para levantar os recursos. De onde eles vieram? Do petrolão, o sucessor do mensalão.
As investigações da Operação Lava-Jato já confirmaram metade da história narrada por Marcos Valério. Para quitar a extorsão, o Banco Schahin “emprestou” o dinheiro para o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, que pagou ao chantagista. O banco já admitiu à Justiça a triangulação com o PT. Ronan Maria Pinto já foi condenado pelo juiz Sergio Moro por crime de corrupção e está preso. Valério revelou mais um dado intrigante. Segundo ele, dos 12 milhões de reais “emprestados” pelo banco, 6 milhões foram para Ronan e a outra parte foi entregue ao petista Jacó Bittar, amigo de Lula e ex-conselheiro da Petrobras. Jacó também é pai de Fernando Bittar, que consta como um dos donos do famoso sítio de Atibaia, que Lula frequentava quando deixou a Presidência. As empreiteiras envolvidas no petrolão realizaram obras no sítio à pedido do ex-presidente, o que lhe rendeu uma condenação de doze anos e onze meses de prisão. No interrogatório, o promotor encarregado do caso perguntou a Marcos Valério se havia alguma relação entre o dinheiro transferido a Bittar e a compra do sítio. Valério respondeu simplesmente que “tudo se relaciona”. O promotor também perguntou sobre as relações financeiras do empresário com o governo e com o ex-presidente Lula:
 
“— O caixa que o senhor administrava era dinheiro de corrupção?”

 “— Caixa dois e dinheiros paralelos de corrupção, propina e tudo.”
 “— Do Governo Federal?”
 “— Sim, do Governo Federal.”
 “— Na Presidência de Lula?”
 “— Na Presidência do presidente Lula.”
 “— Pagamentos para quem?”
 “— Para deputados, para ministros, despesas pessoais do presidente, todo tipo de despesa do Partido dos Trabalhadores”.
Condenado a mais de cinquenta anos de cadeia, Valério começou a cumprir pena em regime fechado em 2013. Em setembro passado, progrediu para o regime semiaberto, o que lhe dá o direito de sair da cadeia durante o dia para trabalhar. O cumprimento de suas penas nunca ocorreu sem sobressaltos. Ele já foi torturado num presídio e teve os dentes quebrados. Em 2008, quando esteve preso em decorrência de um processo aberto para investigar compra de prestígio, Valério foi surrado por colegas de cela que, segundo ele, estariam a serviço de petistas. Essa crença se sustenta numa conversa que o empresário teve, anos antes, com Paulo Okamotto, amigo e braço-direito de Lula. “Marcos, uma turma do partido acha que nós devíamos fazer com você o que foi feito com o prefeito Celso Daniel. Mas eu não, eu acho que nós devemos manter esse diálogo com você. Então, tenha juízo”, teria lhe dito Okamotto. “Eu não sou o Celso Daniel não. Eu fiz vários DVDs, Paulo, e, se me acontecer qualquer coisa, esses DVDs vão para a imprensa”, rebateu o empresário, segundo seu próprio relato.
Até hoje, o assassinato de Celso Daniel é alvo de múltiplas teorias. A polícia concluiu que o crime foi comum. Já o Ministério Público sempre suspeitou de motivação política, principalmente diante das evidências de que havia um esquema de cobrança de propina de empresas de transporte público em Santo André, que teria irrigado o caixa do PT. Se Valério estiver dizendo a verdade — e é isso que as novas investigações se propõem a descobrir —, a morte do prefeito teria o objetivo de esconder que a prefeitura de Santo André funcionava como uma gazua do PT para financiar não só as campanhas políticas mas a boa vida de seus dirigentes, incluindo Lula. A morte de Celso Daniel, portanto, poderia ter sido realmente uma queima de arquivo. Irmãos do prefeito assassinado concordam com essa tese e sempre defenderam a ideia de que a possível participação de petistas no crime deveria ser apurada. O novo depoimento, embora não traga uma prova concreta, colocou mais fogo numa velha história.

 
 

Governo libera R$ 130 milhões para seguro-defeso a pescadores do NE

Decreto vai beneficiar trabalhadores de áreas atingidas por óleo

Publicado em 24/10/2019 - 20:37                          
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Brasíla 
 
                      
O presidente em exercício, Davi Alcolumbre, assinou na quinta-feira (24) um decreto presidencial autorizando a prorrogação da concessão extraordinária do seguro-defeso para os pescadores artesanais afetados pelo vazamento de petróleo no litoral nordestino. Mais cedo, Alcolumbre já havia anunciado a decisão de prorrogar por até mais dois meses a decisão do governo federal de conceder o benefício extraordinário para os pescadores, ampliando a concessão anunciada pelo governo de conceder o seguro extra em novembro.
 
"Trago hoje aqui ao estado de Sergipe o decreto presidencial que eu vou assinar autorizando extraordinariamente a prorrogação do seguro-defeso que a gente pode falar que é o seguro desemprego do pescador brasileiro, do pescador nordestino, " disse Alcolumbre durante entrevista.
 
A concessão extraordinária do seguro defeso em novembro já havia sido anunciada pelo secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Seif Júnior, na terça-feira (22). A medida beneficiará cerca de 60 mil profissionais. A estimativa é que o governo federal desembolse R$ 59 milhões no mês de novembro.
 
Matéria na íntegra em:
 
c/ed.

2019/10/22

Em 8 meses, assassinatos no Brasil caem 22%; mapa mostra índice nacional de homicídios atualizado até agosto

Houve 27,5 mil homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte no Brasil de janeiro a agosto de 2019; no mesmo período de 2018, foram 35,4 mil. Todos os estados registraram uma redução nos crimes. Ferramenta criada pelo G1 acompanha as mortes violentas mês a mês.

Por G1
 

2019/10/21

Caixa antecipa calendário para saques de até R$ 500 do FGTS

Novo calendário prevê a liberação para todos os saques ainda em 2019. Data limite para que o trabalhador faça o saque continua sendo 31 de março de 2020.

Por Laís Lis, G1 — Brasília
 
A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira (21) que antecipou os saques de até R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para não correntistas do banco.
 
Com a mudança, todos os trabalhadores poderão fazer os saques ainda em 2019. O calendário anterior previa que trabalhadores nascidos de julho a dezembro só fariam os saques em 2020.
Apesar da mudança na data de início das liberações, a data limite para que o trabalhador faça o saque continua sendo 31 de março de 2020. Caso o saque não seja feito até esta data, os valores retornam para a conta do FGTS.
 
Matéria completa em:

2019/10/18

Anunciado descontingenciamento total no orçamento de universidades e institutos federais

O valor liberado para as instituições de ensino federais é R$ 1,1 bilhão.

Por Geovanna Gravia, Tv Globo
 
O ministro da educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta sexta-feira (18) o descontingenciamento total no orçamento das universidade e institutos federais bloqueados neste ano.
Segundo o ministro, foi liberado R$ 1,1 bilhão de reaisR$ 771 milhões para universidades e R$ 336 milhões para institutos federais –, após um remanejamento interno no orçamento da pasta. O MEC não informou quais áreas perderam recursos nesta troca.
"No começo, a economia estava muito fraca", disse o ministro. "Tivemos que sinalizar para o mercado uma série de compromissos com a responsabilidade fiscal, uma boa gestão, com a reforma da previdência, a nova previdência que está terminando. E tudo isso, lá atrás, eu havia dito, e falei como economista e não como ministro, que tudo isso teria sim impacto positivo na economia, a arrecadação subiria, o nível de atividade subiria, os empregos seriam criados e a gente poderia descontingenciar", afirmou Weintraub.
 
Matéria na íntegra em:

2019/10/15

O STF favorecerá a impunidade?

A decisão sobre prisões em segunda instância poderá mudar a interpretação em vigor e abrir um caminho ainda mais favorável para réus culpados de corrupção se livrarem da Justiça

TOPO
Por Helio Gurovitz

 

2019/10/14

Doação de cabelos: campanha do Sicoob Fluminense dias 15 e 16

Com o tema “Seu cabelo tem mais força do que você imagina”, o Sicoob Fluminense realiza nesta terça e quarta-feiras, 15 e 16 de outubro, mais uma campanha dentro de seu programa de responsabilidade social.

Desta vez, trata-se de uma ação de arrecadação de cabelos que serão utilizados na confecção de perucas que serão direcionadas a pacientes que estão em tratamento do câncer.

Em ambos os dias, das 13 às 17 horas, uma equipe do Instituto Sawanna estará à disposição dos interessados na doação, na sede da cooperativa de crédito, na rua Dr. Siqueira, n.º 278, Parque Dom Bosco, Campos dos Goytacazes, em frente ao IFFluminense.

Através de uma outra parceria, com as profissionais de makeup  Palomma Pires e Andreza Santos, o Sicoob Fluminense vai proporcionar gratuitamente a quem fizer a doação do cabelo uma maquiagem especial.

Quem quiser participar da iniciativa mas não quiser ou não puder doar o cabelo, pode fazer a doação de um novelo de lã.

2019/10/13

Veja como ficou a oração a Irmã Dulce após a canonização

Baiana foi declarada santa neste domingo (13), no Vaticano.

Por G1 BA
 
A baiana Irmã Dulce foi canonizada na manhã deste domingo (13), em cerimônia realizada no Vaticano, e passou a ser chamada Santa Dulce dos Pobres.
 
Desde quando foi beatificada, em 2011, a religiosa já tinha uma oração oficial, que teve algumas modificações após ela se tornar santa. O trecho onde estava escrito "Bem-Aventurada" foi substituído por "santa".
 
A oração foi escrita por Dom Geraldo Majella, que era Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil quando Irmã Dulce foi beatificada, há cerca de oito anos. Dom Geraldo foi arcebispo de Salvador de 1999 até 2011. Hoje, quem ocupa o cargo é Dom Murilo Krieger.
 
Confira abaixo a oração que destaca a importância do amor aos pobres e excluídos, assim como Irmã Dulce fez em vida, mas também após a morte, ao deixar seu legado nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador.
 
Oração à Irmã Dulce 
 
Senhor nosso Deus, 
lembrados de vossa filha, 
a santa Dulce dos Pobres, 
cujo coração ardia de amor por vós e pelos irmãos, 
particularmente os pobres e excluídos, 
nós vos pedimos: 
dai-nos idêntico amor pelos necessitados; 
renovai nossa fé e nossa esperança 
e concedei-nos, a exemplo desta vossa filha, 
viver como irmãos, 
buscando diariamente a santidade, 
para sermos autênticos discípulos missionários 
de vosso filho Jesus. 
Amém.

 
 
 
 

 

2019/10/10

Brasil deverá ter produção recorde de grãos na safra 2019/2020

A estimativa é do 1º levantamento feita pela Conab, divulgado hoje

Publicado em 10/10/2019 - 10:24
Por Agência Brasil* Brasília 

                  
O 1º levantamento da safra de grãos 2019/2020, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que a produção brasileira está estimada em 245,8 milhões de toneladas, um aumento de 1,6%, ou seja, 3,9 milhões de toneladas a mais em relação à safra 2018/2019; um recorde.

O estudo aponta ainda que o milho primeira safra tem produção estimada em 26,3 milhões de toneladas, 2,5% acima à de 2018/19, com um crescimento de 1% na área, totalizando 4,14 milhões hectares.

O milho segunda safra, no entanto, que representa cerca de 70% do total do grão, só começará a ser plantado após a colheita da soja que, inclusive, vem mantendo a tendência de crescimento na área plantada e indica crescimento de 1,9% em relação aos números da safra anterior, com 120,4 milhões de toneladas.

A produção de feijão, devido a problemas de chuva na colheita nas safras anteriores, indica queda de 3,9% na área a ser cultivada. A cultura perde espaço para o milho e a soja, que apresentam melhor rentabilidade.

O arroz tem uma produção estimada em 10,6 milhões de toneladas, resultado 1,9% superior à safra de 2018/2019, mesmo com redução de 0,6% na área a ser cultivada, totalizando 1,7 milhão de hectares.

No caso do algodão, a Conab informou que houve um aumento de 1,2% na área cultivada, alcançando 1,6 milhão de hectares. “Para o trigo, a safra 2019 ainda não foi totalmente colhida e a projeção é que este cereal alcance cerca de 5,1 milhões de toneladas”.

Quanto à previsão da área plantada total no país, a expectativa da companhia é que sejam cultivados 63,9 milhões hectares, uma variação para mais de 1,1% em comparação à safra 2018/2019.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-10/primeiro-levantamento-de-safra-20192020-indica-producao-recorde

2019/10/09

Supremo mantém distribuição de royalties do petróleo a todos os municípios

O royalty é uma compensação paga pela extração de recursos naturais, minerais e hídricos. Na ação, governo do Espírito Santo defende a restrição do repasse a municípios afetados.

Por Rosanne D'Agostino e Mariana Oliveira, G1 e TV Globo — Brasília
 

2019/10/07

Receita libera consulta ao 5º lote de restituição do IR 2019 nesta terça

Contribuinte que quiser saber se teve a declaração liberada deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receitafone 146

Economia  

Pietro Otsuka*, do R7
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    Nesta terça-feira (9), a partir das 9h, estará disponível para consulta o quinto lote de restituição do Imposto de Renda 2019. O IRPF (Imposto de Renda sobre a Renda da Pessoa Física) contempla também restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2018.
     
     
    Para 2.703.715 contribuintes, o crédito bancário será realizado no dia 15 de outubro, totalizando o valor de R$ 3,5 bilhões. Desse total, pouco mais de R$ 180 milhões referem-se ao quantitativo de contribuintes de que tratam o artigo 16 da Lei nº 9.250/95 e o artigo 69-A da Lei nº 9.784/99, sendo 4.848 contribuintes idosos acima de 80 anos, 32.634 contribuintes entre 60 e 79 anos, 4.281 contribuintes com alguma deficiência física ou mental, e 17.056 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
    O contribuinte que quiser saber se teve a declaração liberada deverá acessar a página da Receita na Internet, ou ligar para o Receitafone 146. Na consulta à página é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificados pelo processamento. Caso isso aconteça, o contribuinte pode avaliar as irregularidades e fazer a autorregularização, contanto que entregue a declaração retificadora. 
    A Receita ainda disponibiliza aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele será possível consultar diretamente, nas bases da Receita Federal, informações sobre liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.
    O que fazer se não receber
    Vale lembrar que a restituição ficará disponível por um ano. Caso o contribuinte não faça o resgate nesse prazo, existe a possibilidade de socilitar o valor por meio da Internet, mediante formulário eletrônico — pedido de pagamento de restituição, ou diretamente no e-CAC.
    Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
     
    *Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas