2017/02/27

Cooperativismo financeiro: progressos recentes e novos desafios

A solução (do país) passa pelo capitalismo de mercado com responsabilidade social. O que mais é o cooperativismo!?”- Ênio Meinen

Este artigo reproduz o teor da entrevista de Ênio Meinen à revista Sicoob Cressem, edição de fevereiro e março/2017. Veja o posicionamento do dirigente e estudioso do cooperativismo financeiro sobre avanços, oportunidades e grandes desafios do setor:
 
1. O cooperativismo financeiro está consolidado não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo. Quais são as principais mudanças que o setor deve enfrentar nos próximos anos?
 
Diria, inicialmente, que no Brasil, embora tenhamos feito consideráveis progressos nos últimos anos, ainda estamos em processo de consolidação. Precisamos, por exemplo, evoluir na governança, aperfeiçoando profissionalmente o nosso quadro de executivos e nosso corpo de dirigentes, além de, especialmente nesse âmbito, institucionalizar mecanismos de sucessão; temos de avançar no relacionamento operacional com os cooperados, pois cerca de metade dos associados não tem mais que quotas-partes e conta-corrente na cooperativa; a nossa eficiência operacional, dada a baixa escala associativa e o reduzido aproveitamento de produtos e serviços, está aquém dos padrões de competitividade exigidos pelo mercado bancário; é indispensável que aceleremos nossos investimentos em tecnologia para incorporar novos métodos operacionais e assim levar os nossos processos e as nossas soluções ao encontro da aspiração do público jovem e de todos aqueles que preferem o relacionamento digital/remoto.
 
2. Qual a importância da educação cooperativista no contexto atual?
 
É nessa ação que reside a assimilação do diferencial societário. É por isso, aliás, que temos o 5º princípio cooperativista (educação, formação e informação), pois do contrário a doutrina do movimento torna-se letra morta e, na prática, seremos vistos apenas como mais um empreendimento no mercado. É preciso, portanto, que o público interno e, a partir dele, o externo (cooperados e sociedade) saibam que cooperativa é diferente – melhor – que uma organização convencional.
 
3. A tecnologia e a internet estão ganhando cada vez mais espaço, como as cooperativas podem aproveita-las positivamente tanto para os associados quanto para os colaboradores?
 
Aqui o negócio é “surfar a onda”, acelerar e densificar investimentos e capacitar nossos profissionais e auxiliar nossos cooperados em relação ao emprego das facilitações digitais. Como não temos orçamento tão generoso quanto o de grandes bancos, precisamos eleger prioridades (a essência) e otimizar os gastos com TI. Em síntese, fazer mais com (bem) menos! Isso, contudo, não impede que nossas soluções tenham qualidade inferior às dos grandes bancos. Tanto é assim que, a título de mero exemplo (são muitos mais os reconhecimentos…), o mobile banking do Sicoob foi eleito o melhor do mercado financeiro brasileiro em 2015 (Prêmio Relatório Bancário – categoria Autoatendimento).
 
4. Muitas pessoas estão apostando que 2017 será um ano melhor, considerando que possa haver uma retomada econômica do país. Esse otimismo já tem sido notado pelo sistema cooperativista?
 
Ainda teremos um ano bastante difícil, de baixa dinâmica na economia. Se não tivermos decréscimo no somatório de tudo o que produzirmos (PIB), já terá sido um sinal de que o pior passou. Sou otimista e acredito que, mais para o final do período, começaremos a retomar a geração de empregos, a renda, o consumo, a produção, os investimentos, enfim, reiniciar o círculo virtuoso. No cooperativismo financeiro, independente do quanto crescer a economia (ou mesmo, por hipótese, decrescer), sem dúvida vamos expandir a nossa participação via ganho de mercado (transformando clientes em cooperados e atraindo para as cooperativas os negócios que nossos associados têm com os bancos). Ademais, somos resilientes e escolados em crise e nela costumamos dar grandes saltos!
 
*Ênio Meinen, advogado, pós-graduado em direito (FGV/RJ) e em gestão estratégica de pessoas (UFRGS), e autor/coautor de vários artigos e livros sobre cooperativismo financeiro – área na qual atua há 33 anos -, entre eles a obra “Cooperativismo financeiro – virtudes e oportunidades: ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo”. Atualmente, é diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob).
 

2017/02/23

Campos terá nova fase de bloqueio vacinal contra a febre amarela

O município de Campos, em cumprimento a determinação da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), passará por uma nova fase de bloqueio vacinal contra a febre amarela. O terceiro momento da vacinação atenderá distritos com áreas de Mata Atlântica e proximidades, que são: Morangaba, Ibitioca, Serrinha e Dores de Macabu. As datas ainda serão definidas.

Todas as recomendações para as campanhas de imunização nas áreas com indicação temporária da vacina foram passadas aos municípios por técnicos da SES-RJ, em reunião realizada na terça-feira (21) na cidade de Cardoso Moreira, no Noroeste Fluminense.

A diretora de Vigilância em Saúde, Andréya Moreira, ressaltou que esse momento é apenas uma ação de prevenção. "É importante informar que não há casos de febre amarela", salientou.

A imunização contra a febre amarela é voltada para as pessoas com idade entre nove meses e 60 anos, obedecendo às indicações e contraindicações do Ministério da Saúde, que são: não possuir doenças como câncer, HIV positivo; não ser alérgico a proteína do ovo e gelatina; não fazer uso de medicamentos como corticoide; não ser gestante; e não estar amamentando.

Os moradores desses distritos devem comparecer ao local de vacinação, que ainda será definido, munidos de identidade, comprovante de residência e cartão vacinal, principalmente para os menores de idade.

A Vigilância em Saúde de Campos já realizou o bloqueio vacinal em Santo Eduardo e Santa Maria, distritos que fazem divisa com áreas de risco de contágio da doença no estado Espírito Santo. Nestes locais, a meta de imunização foi atingida pela secretaria de Saúde de Campos.
Por: Mário Sérgio

2017/02/22

Receita libera programa do IR nesta quinta; entrega começa em 2 de março

Prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda de 2017, relativo ao ano-base 2016, vai até 28 de abril; multa mínima por atraso é de R$ 165,74.

A Receita Federal vai liberar nesta quinta-feira (23) para os contribuintes o download do programa gerador do Imposto de Renda 2017, referente ao ano-base 2016, mas a temporada de entrega das declarações começa somente depois do carnaval, em 2 de março, e se estende até 28 de abril. A instrução normativa com as regras do IR foi publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (22).

Os contribuintes que enviarem a declaração no início do prazo, sem erros, omissões ou inconsistências, também receberão mais cedo as restituições do Imposto de Renda . Idosos, portadores de doença grave e deficientes físicos ou mentais têm prioridade. As restituições começarão a ser pagas em junho e seguem até dezembro.
 
A multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo terá valor mínimo de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do imposto devido.

Veja abaixo o cronograma de restituições do Imposto de Renda 2017:


- 1º lote: 16 de junho
- 2º lote: 17 de julho
- 3º lote: 15 de agosto
- 4º lote: 15 de setembro
- 5º lote: 16 de outubro
- 6º lote: 16 de novembro
- 7º lote: 15 de dezembro

Tabela do IR

De acordo com a Receita Federal, deverá declarar, neste ano, o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2016. O valor subiu 1,54% em relação ao ano passado, quando somou R$ 28.123,91 (relativos ao ano-base 2015), embora a tabela do Imposto de Renda não tenha sido corrigida em 2016.

A opção pelo desconto simplificado, segundo o Fisco, implica a substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária, à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34 - mesmo valor da declaração do ano passado.
 
Estudo divulgado em janeiro pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) informa que a tabela do IRPF acumulou, no fechamento de 2016, uma defasagem de cerca de 83% desde 1996. A defasagem acumulada no ano também ficou 6,36% – a maior anual dos últimos 13 anos  Isso sem contar a correção de 1,54% no limite de isenção.
 
No fim do ano passado, o governo informou que pretende corrigir a tabela do IR em 5% neste ano, o que valerá, se implementado, para a declaração do IRPF de 2018.
 
 
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

2017/02/21

Patética

Sem a visibilidade querida, apenas um lembrete:

“Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êxodo 20:7).

2017/02/14

Implementação do Cooperjovem em Campos começa a ser discutida


O Sicoob Fluminense recebeu na tarde desta terça-feira, 14 de fevereiro, a visita de representantes da secretaria de Educação da prefeitura de Campos dos Goytacazes, atendendo a um convite da instituição. O objetivo foi o de dar início às discussões para a implementação no município do Cooperjovem, programa do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo-Sescoop, em conjunto com o Instituto Sicoob.

Aline Batista Nogueira, diretora de Projetos Especiais, e Juliana Queiroga, do programa Dinheiro Direto na Escola, foram recebidas pelo diretor presidente do Sicoob Fluminense, Neilton Ribeiro da Silva, pela presidente do Conselho de Administração, Vera Almeida, e pela assistente social Maria Clara de Paula. Também participaram do encontro Silvana Lemos, responsável pelas ações do Instituto Sicoob, e Cristiane Quaresma, coordenadora do setor de Promoção Social do Sescoop.

COOPERJOVEM 

O programa Cooperjovem, voltado para professores, técnicos de cooperativas e alunos, tem como objetivo fomentar o cooperativismo por meio da educação nas escolas. Isto é alcançado com a inserção de uma proposta educacional, baseada na relação ensino-aprendizagem, construída a partir dos princípios, valores e práticas da cooperação, que embasam a doutrina do cooperativismo. O professor recebe uma formação em cooperativismo e material de suporte para trabalhar com o tema nas diversas disciplinas da grade curricular. É oferecida formação/capacitação continuada dentro dos aspectos ligados ao sistema cooperativista aos profissionais que atuam junto ao ensino fundamental.

O Instituto Sicoob, criado no Paraná, hoje atua em seis estados do país, entre eles o Rio de Janeiro, desenvolvendo basicamente práticas educacionais que envolvem diretamente o cooperativismo, a fim de que as características da atividade sejam disseminadas entre crianças e adolescentes. Com a reunião no Sicoob Fluminense, Campos dos Goytacazes foi formalmente convidado a participar do programa, a partir de uma parceria a ser assinada entre o Instituto Sicoob e o poder executivo municipal.

Os municípios integrantes do Cooperjovem indicam escolas e professores participantes, que passam por um treinamento específico, em várias etapas, podendo com isso incrementar o seu currículo. O processo educativo é dirigido pelo professor, enquanto cabe ao Sescoop a organização, inclusive com material didático, e supervisão. A ideia é a de implementar o Cooperjovem em uma escola por Cooperativa Sicoob. Na região o Instituto Sicoob já trabalha com projetos culturais em São João da Barra, São Francisco do Itabapoana e Bom Jesus do Itabapoana.

Aline Batista Nogueira e Juliana Queiroga foram colocadas a par de todos os processos da possível parceria entre o Instituto Sicoob e a prefeitura de Campos, elogiaram o programa e se comprometeram a levar a proposta ao secretário de Educação de Campos dos Goytacazes, Brand Arenari, que não pode comparecer ao encontro por estar envolvido com a reabertura do ano letivo.

Câmara de Campos retorna aos trabalhos nesta quarta-feira

Ainda na incerteza quanto à sua formação definitiva, a Câmara de Campos abre o ano legislativo de 2017 na próxima quarta-feira, dia 15, com a certeza de trabalho intenso, como promete o presidente do Legislativo, Marcão (Rede). O vereador diz que fará uma gestão dando prioridade à transparência e que o fato de ser do mesmo grupo político do prefeito Rafael Diniz (PPS) não impedirá a independência entre os Poderes: “O prefeito mesmo já disse que a relação entre Executivo e Legislativo será de respeito. Não será de subserviência como era com o governo anterior”, destaca o presidente, que tem se dedicado nos últimos dias na formação das comissões e já sabe que terá uma pauta extensa diante de alguns requerimentos, pedidos de informação e até a possibilidade de novas CPIs.
 
— Nós esperamos que tenhamos uma Casa Legislativa bastante produtiva. Nós queremos provocar discussões com todas as comissões, que já estão sendo formadas. Na questão das CPIs, nós temos uma preocupação muito grande, porque várias foram arquivadas na legislatura anterior. Eu mesmo consegui dez assinaturas para investigar e fazer uma CPI da Lava Jato, da Odebrecht, na relação promíscua que existia entre a Prefeitura e a empresa, onde um próprio delator, grande executivo da Odebrecht, assumiu que passou propina para o Garotinho, Rosinha e Clarissa. Então, nós temos que, ao abrir CPI, dar prioridade a esta. Nós não podemos ter na Casa do Legislativo uma CPI que sobrepõe a uma tão importante como esta — destacou Marcão.
 
Para a sessão do próximo dia 15 está prevista a presença do prefeito Rafael Diniz, que foi vereador durante quatro anos e já declarou que quer manter diálogo aberto com a Câmara.
 
A preocupação dos chefes do Executivo e Legislativo não é para menos: Até o ano passado, ambos eram vereadores da bancada de oposição — junto com Fred Machado (PPS), reeleito, e Nildo Cardoso (DEM), atual superintendente de Agricultura — e viveram momentos difíceis no Legislativo que, até então, tinha uma relação de quase subserviência com o governo da então prefeita Rosinha (PR), especialmente com o secretário de Governo à época, Anthony Garotinho (PR). Investigações da Polícia Federal mostraram o ex-presidente da Câmara, Edson Batista (PTB), saudando Garotinho - identificado como prefeito de fato da cidade até o ano passado - como “comandante”.
 
— O prefeito Rafael Diniz já afirmou que terá uma relação de respeito com o Legislativo. E nós também. Queremos fazer uma gestão que ajude a tirar nossa cidade do buraco em que a colocaram, com mais de R$ 2 bilhões em dívidas. Mas, tudo de uma maneira muito clara, transparente — afirma Marcão.
 
Ele promete, ainda, que a relação com os vereadores — sejam da bancada de situação, oposição ou independente — também será de respeito: “Vamos dizer sim, quando possível e não, se não for possível”.
 
A própria formação da Mesa Diretora é apontada como exemplo ao diálogo, já que é formada também por nomes que foram eleitos em outros palanques. “Nossa Mesa Diretora é de diálogo com diversos atores da sociedade civil organizada e, mesmo, com vereadores eleitos por outra base. Não acredito que os vereadores que não votaram em mim tenham como se opor ao atual chefe do Executivo, que vem trabalhando para solucionar problemas de oito anos do governo anterior. Não há tempo para se opor a este governo”, disse.
 
Suzy Monteiro e Rodrigo Gonçalves 
Matéria completa em:

2017/02/10

Policiamento normal em Campos

O que se tem no momento é o policiamento normal em Campos dos Goytacazes, por parte da PM, assim como nas cidades do interior e mesmo na capital do estado.

2017/02/08

Goitacazes comemora agência do Sicoob Fluminense

          O distrito de Goitacazes, localizado na Baixada Campista, viveu um momento de festa na quarta-feira, oito de fevereiro, com a inauguração da agência do Sicoob Fluminense – cooperativa de crédito de livre admissão de Campos dos Goytacazes e atuação em todo o estado do Rio de Janeiro. Dezenas de representantes da comunidade e moradores estiveram presentes ao café da manhã que marcou oficialmente a abertura da agência, em funcionamento desde o mês de dezembro.

Além do atual consultor e futuro diretor-Presidente do Sicoob Fluminense, Neilton Ribeiro da Silva, Vera lúcia Almeida, presidente do Conselho de Administração, Charles Antônio Faria, diretor Administrativo-Financeiro e de Marcos Lincoln Muniz, diretor Operacional, estiveram presentes ao evento conselheiros, delegados e colaboradores da instituição, assim como associados e integrantes de órgãos de diversos segmentos da sociedade.
A vice-Prefeita Conceição de Maria Queiroz de Santanna Rodrigues representou o Prefeito Rafael Diniz, e fez questão de parabenizar o trabalho desenvolvido pelo Sicoob Fluminense, bem como destacar a importância do papel do cooperativismo quanto à oferta de oportunidades e desenvolvimento regional. Ela estava acompanhada de vários integrantes do governo municipal e falou também da necessidade de se apoiar o trabalhador rural, via cooperativas, por exemplo com o emprego do Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.
Durante a solenidade, após a benção das instalações, na rodovia Raul Souto Maior, 251, pelo Antônio Marcelo Santos, da paróquia São Gonçalo, os presentes assistiram a apresentação de violino da aluna da ONG Orquestrando a Vida Milla Freire Ferreira, que passou a ser mais uma “afilhada” do Sicoob Fluminense, uma vez que receberá apoio da instituição financeira cooperativa de crédito para o crescimento de sua carreira.
 Em seu discurso, Neilton Ribeiro da Silva lembrou que o Sicoob Fluminense, mesmo diante do atual cenário difícil, tem traçado suas estratégias de ampliação e sustentabilidade, apontando um crescimento aproximado de 40 por cento em 2016, sendo abertos três novos Pontos de Atendimento e ampliados outros três, devido à crescente demanda. “Iniciamos 2017 com a inauguração desta agência, na Baixada Campista, pleito de diversas lideranças e representantes da comunidade, e em breve abriremos um Ponto de Atendimento em São Fidélis” – afirmou. O atual consultor do Sicoob Fluminense disse ainda que “não viemos de outras regiões para aproveitar as oportunidades. Somos do Rio de Janeiro, somos de Campos, uma cooperativa que nasceu na antiga Escola Técnica Federal e com este alicerce procura se expandir em nossa região, com planejamento e responsabilidade, respeitando os princípios do cooperativismo.”

2017/02/02

Rafael Diniz: primeiro mês de gestão

Em entrevista concedida ao jornal Folha da Manhã, o prefeito Rafael Diniz enumera os valores das dívidas que herdou da gestão passada e afirma que "não se faz a ruptura de um modelo administrativo  de 30 anos, em, apenas um mês.

Leia a matéria:


Rodrigo Silveira
Rafael Diniz no Folha no Ar / Rodrigo Silveira
O prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS), participou, nessa quarta-feira (1), do programa Folha no Ar, da Plena TV, do grupo Folha. A entrevista marcou um balanço de seu primeiro mês de governo. Rafael afirmou que a situação encontrada na Prefeitura foi “muito pior do que se imaginava”. Este quadro foi agravado por uma falta de transição “transparente, real e verdadeira”, como disse. Ele destacou o governo já tem avançado bastante, porém, ressaltou que não se muda em 30 dias a maneira de fazer política em Campos nos últimos 30 anos. Um dos destaques deste primeiro mês foi a realização de todas as cirurgias ortopédicas que estavam em atraso no Hospital Ferreira Machado (HFM).
Rafael disse que todos os contratos passaram por uma auditoria e cada um está sendo analisado individualmente. Os que forem realmente necessários permanecerão, mas com valores adequados e com fiscalização maior para a realização dos serviços.
— Estamos revisando contrato por contrato. Cada secretário analisa a real necessidade. Os desnecessários serão cortados – afirmou.
Também passou por auditoria interna a folha de pagamento: “Sentimos necessidade de uma autoria externa desta folha para desinchá-la. Hoje, a folha de pagamento compromete 54% da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
De acordo com o prefeito, o valor encontrado nas contas da Prefeitura de Campos foi de R$ 24 milhões. Destes, quase R$ 4 milhões são de repatriação (não foi a antiga gestão que deixou). Dos R$ 20 milhões restantes, R$ 14,8 milhões são de verba vinculada, ou seja, já tem destinação certa: “Do próprio Tesouro foram cerca de R$ 6 milhões”, explicou.
Já em dívidas a curto prazo (com fornecedor e prestadores de serviço), foram R$ 326 milhões. Fora isso, relata o prefeito, foi R$ 1,3 bilhão com a venda do futuro, uma dívida com o Tribunal de Justiça no valor de R$ 61 milhões. E ainda uma dívida a longo prazo da ordem de R$ 700 milhões.
Segundo ele, a meta, agora, é buscar receita. Para isso, já encontrou com a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, para viabilizar o Complexo de Barra do Furado.
De acordo com o prefeito, sua prioridade é com o servidor, mantendo os salários em dia.
Sobre as auditorias, afirmou que todos os resultados serão encaminhados às autoridades competentes: “De maneira transparente, sem estardalhaço. Nossa maneira de governar é assim. Pode causar estranheza a muitos, porque uma ruptura de um modelo existente há 30 anos na cidade não se faz em um mês, dois ou seis meses”.