2023/02/27

Filme triste

 Sem trégua, MST invade mais três fazendas produtivas na Bahia

Movimento dos Sem-Terra ocupou áreas da Suzano Celulose. 

Por Hugo Marques 27 fev 2023, 13h57

 

O Movimento dos Sem-Terra (MST) anunciou nesta segunda-feira, 27, a invasão de três propriedades produtivas no sul da Bahia. Ao todo, 1.550 sem-terra ocuparam na madrugada de hoje áreas de cultivo de eucalipto pertencentes à Suzano Papel e Celulose em protesto contra o crescimento da monocultura de eucalipto na região. Procurada, a Suzano não se pronunciou sobre o episódio.

Discurso recorrente do ex-presidente Jair Bolsonaro contra um suposto risco comunista representado pela ascensão do PT ao poder, as críticas a tomadas de propriedades privadas voltaram à tona nas últimas eleições, quando Lula, já líder na corrida presidencial, virou vidraça por não censurar invasões ilegais. “Qual foi a terra produtiva que os sem-terra invadiram? Porque os sem-terra invadiam terras improdutivas. Tinha hora que eu achava que os sem-terra estavam fazendo um favor para os fazendeiros porque tão invadindo as terras para o governo pagar”, disse o petista na campanha.

As três áreas ocupadas nesta segunda na Bahia ficam próximas das cidades de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. Segundo o MST, as invasões são uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região, que vem crescendo nas últimas décadas. O movimento diz que é contra a cultura de eucalipto porque empresários estariam utilizando agrotóxicos que prejudicariam as áreas cultivadas pelas famílias de camponeses e supostamente provocando êxodo rural.

Em entrevista a VEJA, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, antes da posse de Lula, foi feito um acordo com os sem-terra para que não houvesse mais invasão de áreas produtivas. A trégua, ao que parece, não durou muito. Nos últimos dias, além da fazenda da Suzano, militantes do movimento ocuparam nove áreas no interior de São Paulo.

Durante o governo Bolsonaro, o MST reduziu quase a zero as invasões de fazendas, mas os sem-terra anunciaram ainda no ano passado a retomada de invasões e emplacaram como secretária Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República sua coordenadora nacional, Kelli Mafort. O recente temor de que propriedades privadas voltem à linha de tiro dos sem-terra, mostrou VEJA, passou a ser a mais nova arma da oposição no Congresso para emplacar a primeira CPI do recém-eleito governo Lula.

https://12ft.io/proxy?q=https%3A%2F%2Fveja.abril.com.br%2Fbrasil%2Fsem-tregua-mst-invade-mais-tres-fazendas-produtivas-na-bahia%2F


 

 

Do Estadão

 Ministro de Lula usou voo da FAB e diárias para ir a leilão de cavalos avaliados em até mais de R$ 1 milhão

Juscelino Filho (Comunicações) alegou compromisso “urgente” para solicitar jatinho da FAB e diárias. Dos quatro dias que ficou em São Paulo bancado por recursos públicos, teve compromissos oficiais apenas por duas horas e meia. O restante do tempo foi todo dedicado aos seus cavalos

Estadão revelou que chefe das Comunicações já mandou emendas para asfaltar uma estrada que corta a própria fazenda, enviou informações falsas à Justiça Eleitoral e, agora, usou avião da FAB e diárias para ir a leilões de cavalo em SP.

https://www.estadao.com.br/

27/02/2023

2023/02/10

Suspeito número 1 de esquema da rachadinha é nomeado secretário por Lula

 Na campanha, o petista bateu forte no escândalo dos Bolsonaro. Empossado, escolheu o ex-deputado André Ceciliano para chefe de Assuntos Federativos

Por Ricardo Chapola Atualizado em 10 fev 2023, 10h12


Durante os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, um fantasma assombrou intensamente o Palácio do Planalto. Em outubro de 2018, entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial, descobriu-se que o Ministério Público havia quebrado o sigilo bancário de 21 deputados da Assem­bleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e colhido indícios de que, durante anos, lá funcionou um esquema de recolhimento ilegal de parte dos salários dos funcionários. Na época, todas as atenções naturalmente se concentraram sobre o suspeito mais famoso da lista: Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do futuro  presidente da República, acusado de desviar 6 milhões de reais. O caso fragilizou o discurso do pai dele sobre ser implacável com a corrupção, envolveu o governo em uma série de fatos controversos e, embora não tenha resultado judicialmente em nada, marcou definitivamente a imagem do clã. Bolsonaro se foi, mas o espectro da rachadinha vai continuar rondando o Planalto — só que agora encarnado em outro personagem. 

O ex-deputado André Ceciliano (PT-RJ) assumiu o comando da Secretaria de Assuntos Federativos, órgão que funciona no quarto andar do Palácio do Planalto, um pavimento acima do gabinete do presidente da República. Na época que eclodiu o escândalo das rachadinhas, ele comandava a Assem­bleia Legislativa do Rio e aparecia no topo da lista de suspeitos como beneficiário de quase 50 milhões  de reais. 

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https://veja.abril.com.br/politica/lula-nomeia-suspeito-numero-1-de-esquema-da-rachadinha-como-secretario