A lua cheia sempre vai
e volta, solta
como pássaro noturno.
Janeiro, verão,
fevereiro, passarão
os dias quentes da adolescência.
No vaso de flores
a pequena abelha
sobrevoa aroma e cores.
No tapete verde, da grama,
saliente, vejo a
quietude e vida dos insetos.
As priscas eras
não são mais aquelas,
mas ternas, eternas.
O cão passeia no jardim,
vagamente, vaga mente
em tenra solidão.
A terra roxa dá a
cana verde, útero único
de miséria e riqueza.
Com o negro carvão
rabisquei no muro branco
teu nome, poema em cor.
Nas rimas ricas te vejo,
nas pobres te procuro
como perfeita estrofe.
O sol não só aquece,
pois não esquece de mirar
os raios em ti.
2010/03/15
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