2016/09/25

Campos, eleições 2016: Pro4: Rafael lidera no primeiro turno com Chicão e dispara no segundo

Uma virada na eleição a prefeito de Campos. Na polarização contra o candidato governista Dr. Chicão (PR), apontada por todas as pesquisas recentes até agora divulgadas, o oposicionista Rafael Diniz (PPS) assumiu a liderança tanto na consultas estimulada, quanto na espontânea das intenções de voto ao primeiro turno da eleição a prefeito de Campos, daqui a apenas uma semana. E se a diferença dos dois primeiros colocados no turno inicial está dentro da margem de erro de 3,3 pontos percentuais para mais ou menos, no provável segundo turno entre ambos, Rafael se isolou com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre Chicão.

Encomendada pela Folha da Manhã, a pesquisa do instituto Pro4 foi feita entre os dias 23 e 24 de setembro (anteontem e ontem), com base em entrevistas com 1.500 eleitores das sete Zonas Eleitorais (ZEs) de Campos. Com intervalo de confiança de 99%, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RJ 05026/2016.

Na consulta estimulada, Rafael liderou com 37,7%; seguido de Chicão, com 33,1%; Caio Vianna (PDT), com 10%; Nildo Cardoso (DEM), com 1,8%; Geraldo Pudim (PMDB), com 1,1%; e Rogério Matoso (PPL), com 1% — enquanto 2,8% disseram que votarão branco ou nulo, e 11,6% não souberam ou quiseram responder. Já na espontânea, Rafael está na frente com 29,9%, acompanhado de Chicão (27,7%), Caio (9,1%), Nildo (1,6%), Pudim (0,7%) e Matoso (0,5%), com 3,4% de branco e nulo, e 26,9% de indecisos.

Como a eleição aponta ao segundo turno de 30 de outubro, o quesito considerado mais importante nele é o da rejeição dos candidatos. E nela Rafael também lidera com menor índice negativo entre os seis candidatos: apenas 3,9%. À sua frente ficaram Matoso (4,2%), Nildo (5,1%), Caio (5,3%), Pudim (21,4%) e Chicão, com a maior rejeição: 34,3%.

Com base na liderança nas intenções de voto e numa rejeição impressionantemente baixa, sobretudo numa eleição tão polarizada, Rafael venceria o segundo turno, bem além da margem de erro, nas duas simulações feitas com seu nome na pesquisa. Sobre Chicão, o candidato do PPS venceria por 46,3% contra 33,6%. Já contra Caio, a diferença seria ainda maior: 47,2% a 24,3%. Num segundo turno improvável, mas matematicamente ainda possível entre Chicão e Caio, o jovem pedetista venceria, mas dento da margem de erro: 34% a 32,4%.

Ainda que outras pesquisas sobre a sucessão da prefeita Rosinha Garotinho (PR) possam ser divulgadas nestes sete dias que separam o eleitor das urnas do próximo domingo, essa última consulta Pro4 será a única fruto de uma série de três meses de medições, encomendada pela Folha e iniciada em junho (aqui, feita entre 8 e 10 daquele mês), sendo repetida em agosto (aqui, dia 6) e no início de setembro (aqui, dias 2 e 3). Mas todas as anteriores foram feitas com a base menor de 620 entrevistas e com consequente margem de erro maior: 3,9% para mais ou menos. E em nenhum delas Rafael liderou, indicando seu crescimento nesta reta final da eleição.

Além do Pro4, quem usou metodologia diferente para também indicar recentemente a ascensão do candidato do PPS, foi a pesquisa recente do instituto Gerp, com mais de 33 anos de tradição no mercado. Divulgada (aqui) com exclusividade pela Folha, a consulta registrou a alternância de Chicão e Rafael na liderança das intenções de voto das consultas estimulada e espontânea, também dentro da margem de erro de 4,47 pontos daquela consulta, feita entre 16 a 18 de novembro, com 500 eleitores. Apesar disso, o Gerp já apontava a vantagem de Rafael sobre Chicão no segundo turno, ainda que em empate técnico: 36% a 32%.

Menos de 10 dias depois e ouvindo o triplo de eleitores do Gerp, o Pro4 registrou o crescimento da vantagem de Rafael tanto nas consultas estimulada e espontânea, quanto nas projeções de segundo turno. Por outro lado, na comparação entre os dois institutos, diminuiu significativamente o número de indecisos. Na espontânea, os 52% do Gerp caíram quase pela metade: 26,9% no Pro4. Já na estimulada, os 24% do primeiro instituto se reduziram no segundo para menos da metade: apenas 11,6% de indecisos. E a possível migração destes votos aos candidatos também é diretamente influenciada pelo índice de rejeição de cada um.

Matéria completa em:
http://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes/2016/09/25/pro4-rafael-lidera-no-primeiro-turno-com-chicao-e-dispara-no-segundo/

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