2008/10/08

PT e PMDB

De olho em 2010, PT fecha aliança com Paes no 2º turno do Rio
UOL
Folha Online, no Rio

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) ganhou nesta quarta-feira o apoio oficial do PT no segundo turno contra Fernando Gabeira (PV). O partido citou a disputa presidencial de 2010 como justificativa para a aliança com o peemedebista. O candidato derrotado a prefeito do PT, Alessandro Molon, não compareceu ao ato de apoio.
O encontro foi realizado na sede do PT no Rio, no centro da cidade. Em nota assinada por Paes, o PT diz que "no segundo turno dessas eleições, o PT não vê razões políticas para apoiar uma candidatura sustentada pelos principais adversários do seu projeto para o Brasil".
A ex-governadora Benedita da Silva --secretária estadual de Ação Social-- citou a necessidade de ter "bases ponderadas" para fortalecer o "projeto nacional" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Essa relação com o PMDB não vem de agora. Vem desde a reeleição do Lula, em que tivemos apoio um do outro no segundo turno para presidente da República e para governador do Estado [Sérgio Cabral]", disse Benedita.
No mesmo tom, o deputado estadual Gilberto Palmares (PT) ressaltou que "o PSDB [coligado com Gabeira] representa o principal adversário do projeto do presidente Lula".
Ex-adversário de Paes na disputa pelo governo estadual em 2006, Vladimir Palmeira disse que "Eduardo tem história e quando teve cargo, exerceu bem".
Paes disse que a aliança com o PT aumentava a "densidade popular" de sua candidatura. O peemedebista, que já foi filiado a PV, PFL e PSDB criticou a aliança da Gabeira com os três partidos.
"Todos representamos forças políticas. Eu tenho na minha aliança um conjunto de partidos que trabalha na base parlamentar do presidente Lula. O meu adversário tem como vice uma indicação do ex-governador Marcelo Alencar, do PSDB", disse.
"Nessa semana o candidato adversário já recebeu apoio do prefeito Cesar Maia e do DEM. Eu continuo apresentando minhas alianças de maneira explícita. Faço questão de construir minhas alianças de maneira aberta. Minha candidatura não vai esconder da população quais são as forças políticas que a apóiam", acrescentou Paes.
Paes negou incoerência nas críticas aos partidos do quais já fez parte. "Mudei de partido, mas não mudei meus princípios. Continuo sendo um político que tem como prioridade a cidade do Rio de Janeiro", alegou.
O PT foi o segundo partido da base aliada a declarar apoio a Paes no segundo turno. Ontem o PSB fez o mesmo gesto, também alegando risco de avanço do PSDB e DEM.
Embora a candidata a vice-prefeita de Molon, Léa Tiriba, tenha participado do encontro, o ex-candidato e outros membros de sua corrente política estiveram ausentes. Segundo um dirigente, Molon ainda está magoado por ter sido preterido pelo PMDB no primeiro depois do partido ter lhe declarado apoio.

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