Sendo sintético:
O debate entre os candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro, na Band, ontem à noite e que terminou no início da madrugada de hoje, ficou longe de um verdadeiro debate de idéias e projetos. Gastou-se um tempo precioso com acusações diretas e ou genéricas, inclusive de caráter pessoal, que no fundo pouco somam aos anseios do povo, e são mesmo duvidosas quanto à eficácia para se alterar votos já decididos.
Não se espera amabilidade de conventos em debates políticos, mas ao menos que os litígios surjam de dados e atos eficazes e que gerem efeitos, o que não parece ter ocorrido ontem.
Vamos ver se num próximo debate surgem propostas para os próximos 4 anos, mas consistentes.
Tivemos um Fernando Peregrino (PR) que estava lá apenas para cumprir um papel: o de bater firme, direta e exclusivamente no governador Sérgio Cabral. E foi só o que fez, unicamente.
Jefferson Moura perdeu uma grande chance de tentar mostrar que o PSOL tem outras propostas além da defesa da ocupação de terras e do calote de dívidas públicas. Bem articulado, foi, no entanto, genérico ao falar de propostas e quando também atacou seus oponentes: Gabeira era o “ex-Gabeira”, hoje aliado do César Maia; Cabral era “o caos” e Peregrino egresso dos governos Garotinho e Rosinha.
Fernando Gabeira (PV)parece ter sentido um pouco os “golpes” das alianças, e procurou mostrar maturidade e independência. Mas ficou um certo clima de apatia no ar.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) deve ter ido ao debate sabedor de que seria atacado, mas pode ter subestimado as suas projeções. Defendeu-se, procurou, ao que parece estrategicamente, não contra-atacar no mesmo nível, ressaltou a parceria com o governo Federal e mostrou números de sua gestão em várias áreas.
Outros encontros entre os candidatos, o que obviamente é salutar, deverão ser realizados, e não apenas pela Band.
2010/08/13
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