2008/09/09

Tropas federais

Campos terá tropas militares federais para as eleições de 5 de outubro
Matéria de Elenilce Bottari, Camilo Coelho (do Extra) e Isabel Braga está na página 8 do jornal O Globo desta terça-feira.
Abaixo, matéria do Globo On line:

TRE admite tropas militares no Rio até o segundo turno
Reuters
BRASÍLIA - A Justiça Eleitoral e as Forças Armadas estudam a manutenção das tropas federais no Rio de Janeiro até a conclusão do segundo turno das eleições municipais, revelou nesta segunda-feira o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Alberto Motta Moraes. (Leia mais no Extra: ocupação militar vai começar pela Zona Oeste, nas comunidades de Rio das Pedras, Cidade de Deus e Gardênia Azul)
" A grande área de atrito está na eleição proporcional, mas a idéia é que possa ter também até o segundo turno (a presença dos militares) "
O TRE mapeou 24 áreas da Região Metropolitana do Rio e de Campos dos Goytacazes, em que serão necessárias as operações de combate à ação do tráfico de drogas e das milícias nos currais eleitorais, mas não foram divulgados os nomes das comunidades. A atuação das tropas abrangerão quatro municípios: Rio, Duque de Caxias, São Gonçalo e Campos.
Uma reunião no Comando Militar do Leste (CML), no Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, decidirá nesta terça como será a atuação das Forças Armadas em casos como flagrantes de crimes eleitorais e tumultos. Deverão participar, além dos representantes das Forças Armadas, o vice-presidente do TRE, Alberto Motta Moraes; o coordenador da Fiscalização da Propaganda Eleitoral no estado, juiz Luiz Márcio Pereira; o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame; o superintendente da Polícia Federal, Valdinho Jacinto Caetano; o procurador regional eleitoral Rogério Nascimento; e o promotor eleitoral Marcos Ramayana.
Designado para representar o TRE junto ao CML, o juiz Luiz Márcio Pereira ficará encarregado de repassar aos militares os locais onde a fiscalização do TRE detectou a interferência de grupos armados nas campanhas eleitorais. O reforço também servirá para coibir a prática de outros crimes eleitorais. Para dar celeridade aos trabalhos, está sendo montado um gabinete operacional no CML.
O mapa das localidades onde as tropas vão atuar, definido pelo TRE, foi entregue nesta segunda por Motta Moraes ao ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ayres Britto deve decidir ainda nesta terça as regras de engajamento das tropas - o comportamento dos soldados na ação, ou seja, se podem ou não prender pessoas, por exemplo.
Motta Moraes disse que a experiência nas primeiras comunidades que receberão as tropas servirá de base para as demais ações. Segundo ele, sempre que há ocupação existe possibilidade de confronto. Ele diz, porém, que a meta de garantir a tranqüilidade da eleição predominará:
" O risco de confronto sempre existe, mas, como o efetivo é mais significativo, o confronto é remoto "
- Os dois ou três primeiros locais ocupados vão ser um termômetro para os demais. O risco de confronto sempre existe, mas, como o efetivo é mais significativo, o confronto é remoto. E a idéia é levar tranqüilidade à comunidade.
O desembargador avisou que as forças atuarão também no dia das eleições, guardando distância de cem metros dos locais de votação. Motta Moraes disse que a tática de mobilidade, e não de presença constante dos militares nas 24 áreas, foi uma decisão técnica:
- Nossa visão é a da necessidade, mas eles (o Exército) é que vão definir a forma de operacionalizar. Colocar homens atuando o tempo todo é inviável. E não são só as Forças Armadas que atuarão, mas as polícias do Rio, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
O Tribunal Superior Eleitoral autorizou o envio de forças federais ao Rio, depois que candidatos e a imprensa foram intimidados por traficantes de drogas durante a campanha eleitoral. Outra preocupação é com a atuação de milícias, que também estariam pressionando os eleitores.
De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a missão dos militares no Rio começará nesta semana, será itinerante e contará com um efetivo de 450 a 900 homens.
- A grande área de atrito está na eleição proporcional, mas a idéia é que possa ter também até o segundo turno (a presença dos militares). Isso não está definido - declarou Motta Moraes.
O primeiro turno será realizado no dia 5 de outubro. Já o segundo será no dia 26 do mesmo mês. As eleições de vereadores, que ocorrem no sistema proporcional, serão apenas na primeira etapa. As eleições para prefeito são majoritárias.

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