2012/01/03

Rio transborda e situação do Noroeste Fluminense é alarmante

Rio - Os moradores da região Noroeste do Rio estão passando por momentos de apreensão após o transbordamento no Rio Muriaé nesta terça-feira. Cidades como Italva e Santo Antônio de Pádua decretaram estado de emergência por causa das fortes chuvas que atinge incessantemente estas localidades.

O prefeito de Italva, Joelson Soares, revelou que foi montado um quartel general foi montado na Defesa Civil do município. Segundo ele, o objetivo era montar uma equipe para prevenir os danos provocados pela chuva, mas a intensidade da precipitação ininterrupta obrigou a Prefeitura a decretar estado de emergência.

"A situação é muito preocupante e a tendência é piorar. Nas cabeceiras do Rio Muriaé já podem ser notadas trombas d'água. O transbordamento ainda não afetou diretamente nossa cidade, que fica longe do Rio, mas estamos vivendo nesta expectativa", lamentou o prefeito.

A previsão para esta terça-feira na capital carioca é de chuva fraca isolada para o período da tarde. O município estava em estágio de atenção desde as 21h20 de sábado, dia 31 de dezembro de 2011, mas retornou para o estágio de vigilância.

Drama em Italva e Laje do Muriaé

O prefeito explicou que a Cedae mantém uma base muito próxima ao rio e toda vez que há transbordamentos, o sistema precisa ser desativado. "A Cedae não tem compromisso com a nossa cidade. Já pedimos várias vezes para que esta situação fosse revista".

Segundo o chefe do executivo, caso a situação não melhore, será necessário declarar estado de calamidade. Até o momento, 250 pessoas estão desalojadas e 10 estão desabrigadas. Segundo Soares, ainda não há informações sobre feridos ou mortos por causa da enchente que atinge a cidade.

O município de Laje do Muriaé, também no Noroeste, registrou a primeira morte de um morador em decorrência da cheia do Rio Muriaé, que corta a cidade. Valter Abreu de Andrade, de 55 anos, morreu em decorrência de uma queda quando tentava resgatar alguns pertences de sua residência. De acordo com a Prefeitura da cidade, a casa estava inundada e e a vítima escorregou, caiu e bateu a cabeça.

A cheia do rio Muriaé também deixou duas mil pessoas desalojadas, além de 500 desabrigados. Segundo a prefeitura, estes moradores estão sendo encaminhados para as casas de parentes e colégios na própria cidade. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estão na cidade para ajudar no socorro às vítimas.

A Prefeitura também informou que esta é a maior cheia do rio Muriaé, devido à chuva que atinge a cidade de mesmo nome, em Minas Gerais. Com isso, várias ruas de Laje do Muriaé ficaram alagadas e a zona rural do município foi a mais atingida.

Chuva e apreensão

As fortes chuvas voltaram a castigar o Estado do Rio, quase um ano após a tragédia de 12 de janeiro, na Região Serrana, quando mais de 900 morreram. Nove municípios chegaram a ficar em estado de alerta, de acordo com o Inea e a Defesa Civil Estadual. Em Nova Friburgo, as chuvas já deixaram 150 pessoas desalojadas. Houve um morto em Miguel Pereira, no Sul Fluminense.

O Dia

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