2010/05/17

Rio sediará a segunda edição do FreeSoftwareRio 2010

Como melhorar a gestão pública e privada com o uso de soluções em SL - software livre? O país está progredindo nas aplicações de mobilidade e interatividade em plataforma aberta? De que forma podemos levar a expertise brasileira em SL mundo afora? Estas e outras questões que interessam gestores da administração direta e indireta, estudantes, acadêmicos, técnicos em TI, assessores de informática, jornalistas da área, entre outros, poderão ser respondidas no 2º Free Software Rio 2010. O evento, organizado pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), com estreito apoio do Serpro e da Vice-Presidência de Tecnologia da Caixa Econômica Federal (CEF), irá discutir os avanços e rumos das aplicações em software livre para o mercado interno e externo. O encontro acontece nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/5), no Centro de Convenções Bolsa de Valores do Rio, na Praça XV.

Durante o evento, especialistas de grandes empresas do setor público e privado vão debater as vantagens em utilizar softwares livres para a melhoria e eficiência na gestão. De acordo com o presidente do Proderj, Paulo Coelho, o governo hoje é um dos maiores compradores de TI no país de software proprietário. Segundo ele, a esfera pública pode reduzir esse volume e fazer investimentos extraordinários na melhoria da qualidade do atendimento e prestação de serviços ao compartilhar soluções de código aberto.

- Por mais inteligente que seja uma solução de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ela precisa ser experimentada, difundida e compartilhada. É importante divulgar o software livre, mostrar que o conhecimento não pertence individualmente a ninguém. Sem contar a imensa redução da dependência dos softwares proprietários e dos custos correspondentes. Software livre é a democratização do conhecimento – analisou Coelho.

No primeiro dia do encontro, o consultor Flávio Grynszpan, o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha, o presidente do Serpro, Marcos Mazoni, a vice-presidente de Tecnologia da Caixa Econômica, Clarice Coppetti, e o vice-presidente de Tecnologia do Banco do Brasil, José Salinas, irão discutir como o Brasil pode levar a sua expertise em desenvolvimento de software livre para o mercado externo e posicionar o país como uma referência de qualidade na área de aplicações de código aberto.

Em seguida, haverá um painel sobre o que tem se desenvolvido de soluções de mobilidade e interatividade no setor. Representantes do projeto Morfeu, da Unisys, da Vivo, Oracle e Serpro estarão presentes para debater o assunto e demonstrar suas soluções.

O tema da interatividade continua no segundo dia com apresentações de soluções em SL para TV Digital. O Proderj vai mostrar as aplicações que tem desenvolvido para a Secretaria de Estado de Saúde utilizando o middleware Ginga criado pela PUC-Rio. O responsável pela coordenação do projeto de software para TV Digital brasileira, professor Luis Fernando Soares, estará lá para contar a trajetória de sucesso do Ginga, que é a segunda comunidade mais acessada do portal do software público brasileiro, com mais de 5.000 participantes.

Merece destaque também o painel de encerramento do evento, “Soluções de Gestão em Software Livre para Municípios”, que abordará dois cases de sucesso, um na esfera federal e outro na estadual. O primeiro é o 4CMBR- acrônimo dos quatro Cs que orientam a política do projeto: Comunidade, Conhecimento, Compartilhamento e Colaboração nos Municípios Brasileiros, para disponibilizar softwares públicos e promover a informatização das prefeituras. O coordenador deste projeto, Luis Felipe Costa, será o mediador do debate.

No nível estadual está sendo desenvolvido no Estado do Rio o programa Municípios Eficientes, uma das maiores políticas de colaboração em TI entre o governo estadual do Rio e prefeituras. O projeto tem objetivo de alocar recursos, inclusive buscando-se financiamentos junto ao BNDES (PMAT), para oferecer suporte aos municípios de menor porte do Rio na implantação de um cardápio de soluções em software livre voltadas para a gestão municipal.

Em paralelo às palestras haverá mini-cursos e oficinas para desenvolvedores, organizado pela comunidade de Software Livre, com os seguintes temas: Análise Forense Computacional com SL, Introdução ao Python, Produção Gráfica Livre, Pen Test e Ginga – Construindo Aplicações Interativas em NCL.

Ascom do Proderj

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