Campos não merece

Por absoluta falta de tempo, em virtude do cumprimento de compromissos profissionais, estivemos ontem à tarde e à noite paralelos ao que acontecia na blogosfera, não obstante atentos aos últimos acontecimentos envolvendo a planície formosa e intrépida.
Em sendo assim, praticamente tudo aqui já foi dito e comentado a respeito da cassação da prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosângela Matheus, ou Rosinha Garotinho, e de sua inelegibilidade, ao lado do próprio Garotinho.
Trâmites processuais à parte, e observem que há uma grande quantidade de "curiosos" falando as mais diferentes (ou iguais, o que é pior) sandices, a hora não é, por exemplo, do discurso fácil e ruminado de perseguição política, mas o de se aguardar todos os desdobramentos legais, em todas as instâncias.
De qualquer forma, resta-nos lamentar. Campos não merece. Seu quadro social atual, ao contrário do que deveria ser sua história, mostra uma enorme incompatibilidade que envolve os ingredientes dos recursos públicos, anseio popular, governo (ou falta de) e perspectivas de crescimento. É um risco para que percamos o tal "bonde da história" e aceitemos para sempre a pecha da "cidade que já teve".
Quanto à determinação de inelegibilidade para radialistas, o que não deve concretamente suscitar maiores alterações ou representações, fica a observação de que deve ser lembrado (ou conhecido) o Código de Ética dos Jornalistas, e que até mesmo a mais abissal das subserviências tem limite. Isso é a feiúra da alma. Não deve ser bom andar pelo Boulevard podendo olhar apenas as pedras portuguesas de um calçadão depauperado.
Definitivamente, Campos não merece.