O Governo do Estado vai implementar, gradualmente, até 2020, a colheita mecanizada da lavoura canavieira. Atualmente, a colheita é feita de forma manual, utilizando o processo de queima da palha, o que agrava o aquecimento global. Um acordo com esse objetivo foi assinado ontem pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o secretário de Agricultura, Alberto Mofati, representantes das Secretarias da Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Econômico, Nilton Rocha Leal e Luiz Antônio, respectivamente, além do presidente da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asfluan), Eduardo Crespo, do presidente do Sindicado Fluminense dos Produtores de Açúcar e Álcool, Geraldo Coutinho, e do presidente da Federação de Agricultura (Faerj), Rodolfo Tavares.
Para a secretária do Ambiente, é fundamental o entendimento entre o poder público e a iniciativa privada para que aconteça essa mudança. Em todos os estados brasileiros, ela vem ocorrendo de maneira negociada e no Rio de Janeiro não poderia ser diferente.
- A questão da queima da palha, além de prejuízos ambientais, tem trazido também prejuízos econômicos, como ocorreu há um ano, quando as redes de linhas de transmissão de energia tiveram de ser desligadas por causa das queimadas. É uma prática que queremos ver eliminada. Além de recursos da Faperj, o processo de mecanização da lavoura da cana poderá contar com recursos do Fecam – afirmou Marilene Ramos.
A secretária destaca a presença da Secretaria de Ciência e Tecnologia no sentido de buscar desenvolver tecnologias para atender às especificidades e ressaltou a importância da inclusão da Secretaria do Trabalho no acordo.
- O objetivo é oferecer capacitação para os cortadores de cana de açúcar, de forma a prepará-los para outras alternativas no mercado de trabalho – acrescentou ela.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, só no ano passado, a lavoura canavieira movimentou recursos de R$ 300 milhões no estado, com aproximadamente 20 mil postos de trabalho.
O secretário de Agricultura, Alberto Mofati, ressaltou que vem conduzindo o processo de forma que sejam adotadas medidas mitigadoras de risco ambiental com o uso da queimada, durante o período da evolução prevista no termo de acordo.
- O documento também estabelece parâmetros e regras para a queima da cana, como condições de umidade do ar, luminosidade, proximidade com centros urbanos, redes de transmissão de energia elétrica, entre outras. O ato representa a visão de sustentabilidade, de geração e preservação de energia na colheita da cana crua - acrescenta Mofati.
A safra que se inicia deve colher entre três e quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar no estado.
Na ocasião, Marilene Ramos reiterou que o Governo do Estado vem intensificando investimentos em infra-estrutura da Região Norte Fluminense, especialmente no município de Campos. Ela anunciou que, com o objetivo de agilizar as obras de duplicação da BR 101, solicitou ao Ibama a transferência da concessão de licença ambiental para o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), no trecho entre Macaé e Campos. - A nossa expectativa é de que a licença ambiental seja concedida dentro de quatro meses – acrescentou ela.
Ascom da secretaria do Ambiente
c/ed.
2010/05/26
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