2009/04/01

Eike Batista deve vender MMX e LLX

O jornal O Globo de hoje, na edição impressa e também em seu site, traz reportagem com o empresário Eike Batista, que fala das negociações com empresários do exterior para a venda da mineradora MMX e seu braço logístico, a LLX, que opera em São João da Barra, para a construção do complexo portuário do Açu. Na reportagem não houve qualquer referência a alterações no sistema de implantação do projeto em São João da Barra.
Confiram o conteúdio do site:

Eike Batista diz que venda da MMX deve ocorrer ainda neste ano
Juliana Rangel

RIO - O dono da empresa de mineração MMX, Eike Batista, afirmou nesta terça-feira que está negociando a venda da companhia com empresas da China, da Coréia e do Japão. Ainda neste ano, de acordo com o empresário, o negócio poderá estar fechado.
Eike explicou que o objetivo é vender participações na MMX e na LLX, em conjunto. Desta forma, a empresa compradora poderia ter acesso não apenas à produção, mas também à logística de exportação.
Questionado se já existem compradores em potencial, durante uma conferência por telefone com analistas, ele respondeu:
- Muitos e muitos. Grandes siderúrgicas e mineradoras de todo o mundo. Os ativos do porto (LLX) poderiam ser juntados (na negociação) - disse.
Segundo Eike Batista, as minas de ferro, isoladamente, no Brasil, são ativos "totalmente perdidos" porque as empresas não têm como exportar.
- Eu, por exemplo, não tenho mais capacidade hoje. Só tenho licença para exportar 2 milhões de toneladas. O porto da LLX é um sistema crucial para quem quer que compre ativos de minério de ferro. Eike explicou que poderia se manter no controle da LLX.
- As conversações até agora são 50% a 50%, na maioria. Queremos ajudar, prestar assistência a essas empresas da mesma forma a que assistimos à Anglo em nosso processo de transição (quando a empresa americana comprou parte da MMX, que foi cindida).
Em janeiro de 2008, a Anglo American comprou uma participação de 51% da MMX no sistema Minas-Rio e de 70% no sistema Amapá.
Eike também explicou que a empresa fez hedge (proteção cambial) no ano passado, para cobrir seus investimentos, quando planejava aumentar fortemente sua capacidade de expansão. Quando o plano foi revisto, em função da crise, o hegde não foi desfeito a tempo.
- A diretoria acabou não agindo oportunamente e não conseguimos responder de forma oportuna à variação do dólar. Mas já reduzimos nosso hedge de US$ 650 milhões para menos de US$ 200 milhões e todas as posições foram fechadas a taxas inferiores a R$ 2,30, o que é abaixo do anunciado em nossos números de 31 de dezembro - disse um diretor da companhia.
Eike Batista, no entanto, negou que a empresa estivesse especulando com derivativos de câmbio. - Não permito que pessoas especulem aqui, não é coisa que essa empresa faz. Conseguimos fazer a quebra para mais de US$ 200 milhões e a ideia é chegar a zero - disse.

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