2010/10/29

Perigo

Coreias do Norte e Sul trocam tiros na fronteira; não há vítimas

Emissoras de televisão e agências estatais informaram na manhã desta sexta-feira que soldados da Coreia do Norte trocaram tiros com militares da Coreia do Sul na região da fronteira, às 17h26 locais (6h26 em Brasília).
De acordo com o Exército sul-coreano os soldados que guardam a divisa entre os dois países retaliaram os tiros imediatamente, mas não há relatos de vítimas até o momento.
A imprensa sul-coreana diz que os tiros foram disparados contra uma unidade militar em Hwacheon, na Província fronteiriça de Gangwon.
A Reuters indica que um oficial da Defesa sul-coreana confirmou o tiroteio e a emissora YTN TV e a agência estatal Yonhap, com base em Seul, também noticiaram a ação na fronteira.
O tiroteio ocorre semanas antes de Seul sediar o encontro do G20, no próximo mês.
DIÁLOGO ROMPIDO
Mais cedo nesta sexta a Coreia do Norte havia rompido o diálogo com o Comando das Nações Unidas, encarregado de supervisionar o armistício da Guerra da Coreia (1950-1953).
Após várias rodadas de diálogo em nível de coronéis, Pyongyang e o Comando da ONU, liderado pelos Estados Unidos, não conseguiram fixar a data para uma nova reunião, o que leva as duas partes ao silêncio. Por enquanto, ambas não voltarão a abordar o afundamento da "Cheonan", no qual morreram 46 marinheiros sul-coreanos.
"As reuniões em nível de coronéis com a Coreia do Norte foram rompidas, já que a Coreia do Norte rejeitou manter reuniões em nível de generais na sétima rodada de encontros", indicou à "Yonhap" um oficial do Comando da ONU.
Nesta última rodada de conversas, realizada na quarta-feira na vila de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias, os oficiais não conseguiram agendar uma reunião no mais alto nível militar para falar sobre o caso do "Cheonan".
Seul e Washington atribuíram o afundamento da corveta sul-coreana a um ataque de um submarino norte-coreano em águas fronteiriças do Mar Amarelo, algo que o regime de Pyongyang negou reiteradamente.
O Comando das Nações Unidas queria determinar se o afundamento representa uma violação do armistício, enquanto o regime de Kim Jong-il insistia em enviar uma equipe norte-coreana ao Sul para revisar a investigação internacional que acusa o Norte.
O afundamento da "Cheonan" elevou as tensões entre as duas Coreias ao pior nível em décadas, embora nos últimos meses tenham ocorrido alguns sinais conciliadores, como o envio de ajuda humanitária por parte de Seul aos afetados pelas inundações de agosto na Coreia do Norte.
A partir deste sábado, durante uma semana, serão celebrados, em um local da Coreia do Norte, encontros de famílias separadas pela Guerra da Coreia, algo que não ocorria há mais de um ano.

Folha.com
Uol

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