2010/10/13

Apoio de Marina e do PV no 2º turno só deve ser anunciado no dia 17

Após reunião da Executiva Nacional do Partido Verde, a senadora e candidata derrotada à Presidência pelo PV, Marina Silva, reforçou nesta quarta-feira (13) que a posiçãol dela e do partido com relação ao segundo turno das eleições presidenciais serão manifestados apenas no próximo domingo (17), em plenária da legenda em São Paulo.

“Não queremos protelar as coisas, queremos fazer as coisas de forma respeitosa com a sociedade”, justificou ao sair da reunião com 53 dos 57 integrantes da Executiva do PV, em Brasília.

A senadora frisou que a decisão entre apoiar o tucano José Serra, a petista Dilma Rousseff ou manter a independência da legenda também vai depender do retornodos presidenciáveis sobre as propostas encaminhadas pelo PV aos dois candidatos na última sexta-feira (8).

Na avaliação da terceira colocada na corrida presidencial, os seus quase 20 milhões de eleitores não vão “obrigatoriamente” seguir a mesma decisão que ela irá tomar.

“O que eu pude observar é um desejo muito grande de que haja convergência nesta plenária, que é muito bom. Espero que isso seja possível”, disse Marina. “Essa decisão será decidida no dia 17”, reiterou.

Questionada sobre as pesquisas internas que o partido vem realizando para avaliar as intenções de voto de Dilma e Serra, Marina frisou que “em cada canto, em cada esquina o tema é discutido", mas independentemente do resultado, o PV garante aos filiados a liberdade de expor suas opiniões.

Momento é de discutir programas

Marina criticou Dilma e Serra por não terem aproveitado o primeiro debate televisivo do segundo turno, realizado no último domingo, para discutir as diferenças entre as propostas de governo.

“Lamentavelmente, eu devo dizer com uma certa frustração, no primeiro debate, não vi uma referência a essa contribuição que a sociedade sinalizou com a questão da sustentabilidade e os vários temas que colocamos aqui como prioritários”, declarou.

Marina também falou sobre a polêmica em torno de assuntos religiosos, que antes, de acordo com a verde, eram focadas nela por ser evangélica.

“As pessoas têm ‘n’ razões para definir o seu voto, e a sociedade brasileira, ela é plural, é diversa. É a primeira vez que eu vejo os temas comportamentais assumindo uma força tão grande em uma campanha eleitoral. No começo, eu imaginei que o tema era tratado, não sei se vocês lembram, ele era perguntado quase que exclusivamente a mim e não aos demais candidatos. E eu sempre tratei estas questões com muita coerência e, ao mesmo tempo, com a responsabilidade de que as questões fossem tratadas no mérito, inclusive com respeito por aqueles que tinham opinião diferente da minha”, afirmou.

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília

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