Irmãos da Solidariedade

Bastante contundente a entrevista que Fátima Castro, presidente da Casa Irmãos da Solidariedade, que assiste a portadores do vírus HIV em Campos dos Goytacazes, deu hoje pela manhã ao programa De Olho na Cidade, transmitido pela TV Litoral, canal 20 da Viacabo, apresentado por João Oliveira e Roberto Barbosa.
Abordando a suspensão, pela prefeitura, do convênio mantido com a entidade, falou sem meias palavras de “perseguição política”, das grandes dificuldades causadas “pela retirada dos médicos e dentistas” e da dificuldade em ser recebida “pelo secretário de Saúde, Paulo Hirano e pela prefeita Rosinha Garotinho”, prima dela.
Os jornais locais de hoje trouxeram a informação de que o convênio com a casa está sendo reestudado pela prefeitura, assim como os demais assinados na administração passada, e que há a intenção de renová-lo.

Acreditamos que o que Fátima Castro quis principalmente passar, e o fez com ênfase e emoção, refere-se ao decorrer do tempo, problema em que na maior parte das vezes se afunda a burocracia. Quem precisa de atendimento médico, certamente tem pressa.
Nos países desenvolvidos, e mais recentemente em alguns pontos do Brasil, empreendimentos que envolvam o voluntariado e assistência que não partam do poder público têm recebido apoio privado e do próprio poder público. Há fundações e ONGs competentes, sérias, que não fogem a qualquer fiscalização, cujo trabalho tem rendido bons frutos, principalmente junto aos chamados excluídos.
Campos não pode e não deve ficar à margem desse processo.