2009/02/13

Mudanças nos cursos de jornalismo

O MEC (Ministério da Educação) criou uma comissão que vai rever e modificar as diretrizes curriculares dos cursos de jornalismo em todo o país. A comissão foi designada por uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (13).
A comissão de especialistas vai funcionar durante 180 dias e terá a primeira reunião no dia 19. Ela foi constituída pela Sesu (Secretaria de Educação Superior).
Para a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, as diretrizes em vigor abrangem toda a área de comunicação social e são pouco específicas para a formação em jornalismo.
"A intenção é garantir um melhor processo formativo para o profissional do jornalismo, já que a diversidade e as peculiaridades da profissão não são hoje contempladas pelas atuais diretrizes", afirma.
As diretrizes curriculares orientam as instituições de educação superior no processo de formulação do projeto pedagógico de seus cursos de graduação. As diretrizes do curso de jornalismo foram estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2001.
A comissão será presidida pelo professor José Marques de Melo.

Uol

Obs. comentário do Blog Geral: há aqui duas considerações que devem ser feitas. A primeira diz respeito à necessidade e disposição das direções das unidades de ensino superior em investir nos cursos de jornalismo e na própria atualização dos professores. A implantação de um bom curso de jornalismo não é um empreendimento barato, muito pelo contrário. Mas, em muitos casos, a voracidade de se arregimentar novos alunos e, consequentemente, de se conseguir dinheiro com as mensalidades, traz à tona verdadeiros monstrengos que não capacitam direito nem mesmo aqueles que só querem aparecer na tv em programinhas de patrocínios suspeitos mostrando receitas de bolo amélia.
A segunda é que pode ser bastante válida a idéia de se moldar um currículo específico para o jornalista, a partir de aspectos mais intrínsecos da profissão. Mas hoje, a partir do crescimento vertiginoso das assessorias de comunicação e, a reboque, o próprio interesse dos novos profissionais, não se pode esquecer da relação prática do assessor com o relações públicas e mesmo o profissional de publicidade. O analista de comunicação, muitas vezes solicitado pelas empresas, deve então ter conhecimento dessas outras áreas. Essa é uma idéia praticamente de consenso entre os novos pensadores do jornalismo no Brasil.
É uma boa discussão.

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