2016/06/06

Cultura Cooperativista – Uma Reflexão, por Elemar José Wilhelm

Na introdução ao tema necessária se faz a interrogação: quais são as dificuldades das pessoas em se identificar com a cultura cooperativista, essencialmente a de crédito?

A nossa cultura está alicerçada nos valores, na missão e na visão. São elas que norteiam as atividades cotidianamente.
 
Inicialmente vamos fazer o registro e/ou recordar quais são os nossos valores: preservação irrestrita da natureza cooperativa do negócio; respeito à individualidade do associado; valorização e desenvolvimento de pessoas; preservação da instituição como sistema; respeito às normas internas e oficiais; eficácia e transparência na gestão.
 
Como missão temos, enquanto sistema cooperativo, valorizar o relacionamento, oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e da sociedade.
 
E como visão: ser reconhecida pela sociedade como instituição financeira cooperativa, comprometida com o desenvolvimento econômico e social dos associados e das comunidades, com crescimento sustentável das Cooperativas, integradas em um Sistema sólido e eficaz.
 
É possível afirmar que somos uma instituição financeira cooperativa perfeita em nossa missão, visão e valores. Poucas empresas têm estabelecido de forma tão clara e objetiva o seu norte.
Se temos tudo isso, interrogo: por que ao menos 50% da população ainda não é associada a uma instituição financeira cooperativa? Evidentemente temos pequenas exceções na nossa região em que mais de 60% da população do município é associada.
 
Se somos os donos da Cooperativa, inclusive distribuímos as sobras entre os associados, o que nos falta, na prática, para sermos reconhecidos como a melhor alternativa enquanto instituição financeira cooperativa?
 
Proponho, de modo singelo, algumas reflexões:
  • Os valores, a missão e a visão integram de fato, as nossas atitudes em nossas ações no dia a dia?
  • A cultura cooperativista perpassa as ações dos administradores, executivos, dos colaboradores, coordenadores de núcleo e dos associados?
  • O planejamento é um ato de pensar e de agir coletivamente? Pensar qual é o nosso negócio e qual será o nosso negócio? Praticamos isto?
  • Temos planejamento de curto, médio e longo prazo na nossa instituição financeira cooperativa?
  • É possível construir uma cultura cooperativa de forma isolada ou será com maior solidez, de forma coletiva?
  • Nas assembleias e/ou reuniões de núcleo tem havido um momento para se falar sobre a cultura cooperativista?
  • Os Dirigentes estão mais preocupados com os negócios ou com a formação dos associados?
  • Haverá mais negócios, se for mais consolidada a cultura cooperativista dos associados?
  • Porque continuamos sendo “uma opção” e não “A opção”?
CONCLUSÃO:
A cultura é um fenômeno coletivo. O avanço na cultura é fundamental uma vez que esta é o reflexo dos seus colaboradores.
 
É mais fácil implementar novas técnicas e operações do que desenvolver novas habilidades (formação) e posturas nas pessoas (cultura). Consolidar uma cultura requer tempo e muito esforço coletivo.
 
As mudanças só ocorrem à medida em que mudam a forma de pensar e de agir das pessoas.
 
        O amanhã está em nossa mãos. O sucesso e a perenidade também.
 
 
Elemar José Wilhelm – Conselheiro de Administração da Sicredi União RS
 

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