2014/01/19

Cabral acompanha PT do Rio e antecipa renúncia para 28 de fevereiro

Na esteira da decisão do PT do Rio, que definiu 28 de fevereiro como data para que seus filiados deixem os cargos que ocupam na gestão de Sérgio Cabral (PMDB), o próprio governador resolveu antecipar a renúncia. Como reflexo da deliberação petista - tomada na manhã do sábado pelos líderes locais da sigla, na presença do presidente nacional do partido, Rui Falcão - o governador anunciou que deixará o Palácio Guanabara no mesmo dia do desembarque do hoje aliado: o 28 de fevereiro.

A informação foi publicada pelo jornal "O Globo" e confirmada pela assessoria do governo fluminense.

Cabral projetava deixar seu próprio governo em 31 de março, mas o movimento do PT para alavancar a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) levou a uma precipitação dos planos.

O governador, cujo futuro político ainda é incerto, pode disputar o Senado.

A prioridade do PMDB do Rio é eleger o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em outubro. Para manter Pezão no cargo que deverá herdar de Cabral no final do mês que vem, a proposta do PMDB é colocá-lo no cargo para torná-lo conhecido do eleitorado. A meta é viabilizar sua candidatura em um cenário que tem pelo menos outros três nomes consolidados, além de Lindbergh: Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e Cesar Maia (DEM).

O PMDB admite que a mudança de planos, com a antecipação da saída de Cabral, foi provocada pelo movimento petista -e está condicionada a ela. De acordo com nota da assessoria do Palácio Guanabara, o governador sai se o PT confirmar a retirada de seus dois secretários, Carlos Minc (Ambiente), e Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos) em 28 de fevereiro. Se a saída for adiada, Cabral também pode ficar um pouco mais.

Conforme o presidente estadual do PT, Washington Quaquá, ao todo o partido tem entre 600 e 700 cargos na atual gestão. No sábado (18), ao responder se os petistas sofreriam constrangimento por criticar na campanha um governo de que fizeram parte, Quaquá afirmou que a participação do partido ficou restrita às duas pastas. "Colaboramos com o governo através das secretarias, com uma participação muito positiva. Mas nunca fizemos parte do núcleo essencial do governo Cabral. Nós nunca fomos chamados a discutir as grandes políticas do governo. Fizemos parte por conta de uma aliança nacional", afirmou Quaquá.

ADRIANO BARCELOS DO RIO
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/01/1399886-cabral-acompanha-pt-do-rio-e-antecipa-renuncia-para-28-de-fevereiro.shtml

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