Zilda Arns
Arquivo Folha Imagem
O devastador terremoto que afetou o Haiti fez "dezenas de milhares de vítimas e perdas materiais consideráveis", declarou nesta quarta-feira (13) o embaixador do Haiti na Organização dos Estados Americanos (OEA), Duly Brutus.
"O Haiti necessita mais do que nunca a solidariedade de seus irmãos [da região] e da comunidade internacional", afirmou Brutus em uma sessão do Conselho Permanente da OEA. "Em nome do governo faço um chamado à comunidade internacional para que nos ajudem", disse.
O mais urgente é "salvar as milhares de pessoas que ainda estão com vida embaixo dos escombros", acrescentou Brutus. De acordo com ele, vários integrantes civis e militares do contingente das Nações Unidas estão desaparecidos.
O comando do Exército confirmou em nota oficial divulgada no início da tarde desta quarta-feira (13) que 11 militares brasileiros morreram vítimas do terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe.
Morreram na tragédia no Haiti o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o 2º sargento Leonardo de Castro Carvalho, o cabo Douglas Pedrotti Neckel, o cabo Washington Luis de Souza Seraphin, o soldado Tiago Anaya Detimermani, o soldado Antonio José Anacleto, o cabo Arí Dirceu Fernandes Júnior, o soldado Kleber Da Silva Santos, e o subtenente Raniel Batista de Camargo. Morreu ainda o coronel Emilio Carlos Torres dos Santos, do Gabinete do Comandante do Exército e que trabalhava na Minustah, a missão brasileira no Haiti ligada às Nações Unidas.
Estão desaparecidos sete militares. Há sete feridos em atendimento no Hospital Argentino da Minustah e dois outros militares foram evacuados para a República Dominicana.
O comandante do Exército, Enzo Peri, que embarcou para o Haiti, informou que Zilda Arns, 75, foi soterrada. Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns era fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A Pastoral estima que cerca de 2 milhões de crianças e mais de 80 mil gestantes sejam acompanhadas todos os meses pela entidade em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. Zilda Arns foi indicada por três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
*Com agências internacionais
14h18
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