2009/08/21

Amarelo canarinho

Mercadante recua e diz que, por Lula, seguirá como líder do PT no Senado

BRASÍLIA - O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) recuou, em discurso nesta sexta-feira no plenário do Senado, e disse que decidiu ficar no cargo de líder de seu partido na Casa, a pedido do presidente Lula, apesar de se sentir frustrado por não ter conseguido impedir o arquivamento das ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Segundo o petista, Lula lhe enviou uma carta pedindo que ele ficasse na liderança do partido. "Companheiro Mercadante, você me expressou sua indignação com a situação do Senado. Respeito sua posição, mas não posso concordar com sua renúncia à liderança da bancada do PT. A bancada e eu consideramos você imprescindível. Quero que fique. É um pedido sincero do amigo Luiz Inácio Lula Silva", escreveu Lula.

"Mais uma vez não tenho como dizer não ao presidente Lula. Meu governo errou, o partido errou e eu errei. Eu peço desculpas, mas, pela minha história com o Lula, não posso dizer não ao meu companheiro presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva", disse o senador.

Mercadante não deixou, porém, de manifestar sua insatisfação com a decisão do Conselho de Ética. "Subo a essa tribuna com o sentimento da frustração. De um homem que lutou, e eu lutei. Nunca aceitei o caminho fácil da condenação sem defesa, porque esse não é o caminho da democracia. Ainda que seja mais fácil do ponto de vista eleitoral", afirmou.

Último Segundo
Ig
c/ed.

Um comentário:

julio disse...

O senador Mercadante faz tipo no Senado. Deveria ter palavra e cumprir com a sua decisão de renunciar a liderança da bancada do PT. Demonstrou ser um senador lero-lero, obediente ao rei Lula, o qual faz de seus acólitos verdadeiros atores mambembes ou fantoches, que não têm discernimento próprio. Antigamente, o fio de bigode merecia respeito, seriedade e cumprimento de palavra.
É assim que se comportam os nossos senadores da República: sem seriedade. Por isso o questionamento da sociedade, que não é beócia como alguns senadores arguem, acerca da continuação do Senado Federal, dispendioso, cheio de político lero-lero e sem credibilidade.