2019/11/07

Inflação oficial fica em 0,10% em outubro, menor taxa para o mês desde 1998

No acumulado em 12 meses, IPCA recuou para 2,54%, ficando ainda do piso da meta do governo para o ano (2,75%), o que reforça as apostas de novo corte na taxa básica de juros.

Por Darlan Alvarenga, G1
 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,10% em outubro, influenciado principalmente pela queda no preço da energia, segundo divulgou nesta quinta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando ficou em 0,02%.
 
IPCA - Inflação oficial mês a mês
 
Variação mensal dos preços, em %
 
Fonte: IBGE

Abaixo do piso da meta de inflação


Com o resultado, o índice oficial de inflação acumula alta de 2,60% em 9 meses. Em 12 meses, o IPCA registra avanço de 2,54%, abaixo dos 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, ficando abaixo do piso da meta definida pelo governo para o ano, o que reforça as apostas de novo corte na taxa básica de juros, atualmente em 5% ao ano.
A meta central de inflação deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância varia de 2,75% a 5,75%.
A variação de 2,54% em 12 meses é a menor para esse intervalo desde agosto de 2017 (2,46%).
Inflação em 12 meses
 
Variação acumulada do IPCA no período, em %
 
Fonte: IBGE
Veja a inflação de outubro por grupos e o impacto de cada um no índice geral:
  • Alimentação e Bebidas: 0,05% (0,01 ponto percentual)
  • Habitação: -0,61% (-0,10 p.p.)
  • Artigos de Residência: -0,09% (0 p.p.)
  • Vestuário: 0,63% (0,04 p.p.)
  • Transportes: 0,45% (0,08 p.p.)
  • Saúde e Cuidados Pessoais: 0,40% (0,05 p.p.)
  • Despesas Pessoais: 0,20% (0,02 p.p.)
  • Educação: 0,03% (0 p.p.)
  • Comunicação: -0,01% (0 p.p.)

A inflação de outubro ficou acima da mediana das projeções de 41 analistas de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor Data, que projetam alta de 0,07% no período.
O IPCA é calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
 
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