O crescimento das cidades traz consigo o aumento dos problemas em relação ao trânsito: mais veículos nas ruas, mais desordem, mais tráfego pesado, mais lentidão, mais acidentes e menos paciência.
Em Campos dos Goytacazes, como estamos num período de crescimento rápido "respingado" pelas obras do porto do Açu, é muito fácil verificar que estes problemas já se verificam e vão se avolumando a cada semana.
A EMUT deverá ter um trabalho dobrado para viabilizar novas opções e ordenar o trânsito, especialmente na área central, compreendendo, por exemplo, a área da Pelinca, do mercado municipal, da rodoviária Roberto Silveira, jardim São Benedito, praça 5 de Julho (estação) e muitos outros.
Uma das primeiras medidas que devem ser tomadas com urgência diz respeito à intensificação, com força, ao combate às vans irregulares, às vans piratas e aos carros particulares, a maioria em péssimas condições, que não se sabe como passam (ou não?) pelas vistorias do Detran, que infestam o centro da cidade. Para-se em qualquer lugar para a subida ou descida de "passageiros", e seus motoristas simplesmente deconsideram as leis de trânsito, assim como muitos, mas muitos mesmo, motoqueiros, ou motociclistas, se preferirem.
Há pontos estrangulados que precisam ser revistos. Por exemplo, muitos motoristas que descem a beira-valão, do centro para a avenida 28 de Março, insistem em dobrar à esquerda junto à descida da ponte Governador Leonel Brizola, o que é proibido, ou mesmo no mesmo sentido na altura do mercado, na rua Tenente Coronel Cardoso, igualmente proibido. Aliás, trafegar na Tenente Coronel Cardoso, hoje em qualquer horário, é um grande exercício de habilidade e, de novo, paciência.
Os veículos de tração animal (as conhecidas carroças de burros) também insistem em trafegar por onde querem seus condutores, mas, obviamente nada contra quem precisa trabalhar, isso não pode mais ocorrer, pelo menos numa extensa área da parte mais central da cidade.
Em todas as escolas, especialmente particulares, de novo na área central, formam-se filas duplas nos horários de entrada e saída de estudantes, com carros nas calçadas, sem impedimento dos guardas municipais; trafegar na avenida 28 de Março, com ênfase no horário do rush, é saber que pode-se gastar até 30 minutos do campo do Americano até o Joquei, trajeto que pode ser feito em pouco mais de 5 minutos. São tempos aproximados. Enfatizamos o centro, mas sabemos de muitos bairros que começam a enfrentar sérios problemas desse nível.
Enfim: o maior desafio da EMUT deverá ser o de ordenar o trânsito, oferecendo novas vias como opções, como o que foi feito com a Artur Bernardes, que já começa a dar sinais de "cansaço". Campos, assim como a maior parte das outras cidades, não foi planejada para ter milhares de automóveis e motocicletas. A diferença é que aqui, governo após governo, não se pensou num futuro mais longíquo, a fim de que os cidadãos pudessem vir a não ser penalizados.
2013/04/07
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