O porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Frederico Caldas, afirmou na manhã desta sexta-feira (10), em entrevista à Globonews, que 11 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça Militar contra as principais lideranças da greve no Estado. Procurado, o Tribunal de Justiça do Rio disse que ainda está apurando a informação e não soube dar detalhes da decisão judicial.
Segundo Caldas, a situação é "de normalidade", o patrulhamento não estão reduzido e houve "uma resposta muito imediata em relação às lideranças", que serão submetidas a conselhos disciplinares. "Não vamos tolerar qualquer ação contrária à disciplina", afirmou. "Desde a madrugada estamos monitoramos todas as unidades. Pela manhã havia uma preocupação por conta da troca de turno, tivemos uma ação isolada, no 4º Batalhão, de São Cristóvão, que foi prontamente debelada pelo comandante."
Os Bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil e os agentes penitenciários do Rio de Janeiro entraram em greve oficialmente às 23h30 de ontem. Horas após o início da greve, o comando da PM afirmou que não há paralisação de nenhum tipo de serviço para o cidadão.
Ontem (9), a Justiça do Rio havia decretado a prisão preventiva do cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo. O bombeiro está detido desde a noite do dia 8, administrativamente, sob a acusação de ter cometido o crime militar de incitamento à desobediência. Ele foi preso no Rio após retornar de Salvador, onde acompanhava a greve dos policiais militares baianos.
Também na quinta-feira (9), a Justiça do Rio negou os pedidos de habeas corpus de Daciolo e sua transferência para uma unidade prisional militar.
Daciolo já havia sido preso no ano passado, com mais 400 bombeiros, por terem ocupado o quartel-central da corporação, durante uma manifestação.
Gravações telefônicas divulgadas na quarta-feira pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, apontam que Daciolo falou em inviabilizar tanto o Carnaval baiano quanto o fluminense.
A orientação do comando de greve é que nenhum PM ou bombeiro saia para ocorrência alguma. A Polícia Civil só atenderá ocorrências emergenciais, como violência grave, furto de veículo e as relativas à Lei Maria da Penha. A Delegacia de Homicídios continuará operando normalmente, segundo o diretor jurídico do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis), Francisco Chao. "Em nenhuma hipótese serão aceitos atos de vandalismo da Polícia Civil", afirmou Chao.
Em nota, o comando da PM diz que todas suas unidades estavam em pleno funcionamento na madrugada desta sexta-feira (10), contando inclusive com o apoio de policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Polícia de Choque.
Uol
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