2011/12/05

Rio define medidas contra a Chevron por acidente em Campos

Companhia terá que bancar auditoria ambiental e monitoramento na região

RIO - O governo do Rio anunciou nesta terça-feira que adotará três medidas contra a petrolífera americana Chevron, em função do acidente que provocou derramamento de óleo na Bacia de Campos. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, a companhia será notificada para custear, durante dois anos, um amplo monitoramento - "por terra, mar e ar" - de suas atividades de extração de petróleo na região, inclusive com o uso de satélites, helicópteros e embarcações. A empresa também será notificada para financiar uma auditoria ambiental de suas atividades.

O Globo

Esse levantamento, com padrão internacional, será focado principalmente na capacidade da companhia de conter ou prevenir qualquer tipo de acidente ligado a suas atividades. Além desses gastos, a petroleira terá que arcar com os custos de uma auditoria ambiental de padrão internacional em suas atividades. O foco é avaliar sua capacidade de fazer frente a acidentes. Minc calcula que o serviço pode custar US$ 5 milhões. Também faz parte do conjunto de medidas o estudo da Ação Civil Pública movida pela Procuradoria-Geral do Estado contra a Chevron. O governo do estado pede R$ 150 milhões de indenização pelos danos ambientais causados pelo derramamento de óleo, inclusive aos ecossistemas marinhos e a cadeias alimentares.

ANP diz que vazamento de óleo no Campo de Frade é decrescente

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) disse também, nesta sexta-feira, que o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, "continua em ritmo decrescente". "A concessionária instalou um equipamento submarino para coletar o óleo, evitando que a maior parte chegue ao mar. A mancha é muito pequena e já não pode ser vista por satélite, apenas por sobrevoo", frisou o comunicado da agência.

A ANP informou ainda que a Chevron — operadora de Frade — tem 15 dias, a contar de 1º de dezembro, dia da autuação, para apresentar a defesa em relação à multa por presença de ácido sulfídrico em um poço na plataforma de produção de Frade.

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