2019/12/11

Vendas do varejo sobem em outubro e têm 6º mês seguido de alta, diz IBGE

Setor passou a acumular avanço de 1,6% no ano e de 1,8% nos 12 meses encerrados em outubro

Por Bruno Villas Bôas, Valor — Rio
 
O volume de vendas no varejo subiu 0,1% de setembro para outubro, feitos os ajustes sazonais, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante outubro de 2018, houve aumento de 4,2%. Dessa forma, o setor passou a acumular elevação de 1,6% no ano e de 1,8% nos 12 meses encerrados em outubro.
 
Com o pequeno avanço, o varejo completa seis meses consecutivos de aumento das vendas. Em setembro, o setor havia registrado expansão de 0,8% ante o mês anterior, dado revisado de alta de 0,7% anteriormente divulgada.

A leitura do antepenúltimo mês de 2019 veio ligeiramente acima da mediana das estimativas de 32 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de estabilidade. O intervalo ia de queda de 0,6% a aumento de 0,7%.
 
O IBGE também informou que a receita nominal (que não desconta a inflação) do varejo cresceu 0,5% na passagem de setembro para outubro e 5,2% perante um ano antes.

Varejo ampliado


O volume de vendas no varejo ampliado — que inclui o comércio de automóveis e material de construção, além de mais oito ramos do varejo — registrou elevação de 0,8% de setembro para outubro e de 5,6% em relação a um ano antes. No ano, houve alta de 3,8%, mesmo percentual registrado nos últimos 12 meses.
Em outubro, perante um mês antes, as vendas de veículos, motos, partes e peças cresceram 2,4% ao passo que as venda de material de construção avançaram 2,1%.
Já a receita nominal (que não desconta a inflação) do varejo ampliado subiu 1,1% na passagem de setembro para outubro e teve elevação de 6,6% ante outubro de 2018.

Atividades


Das oito atividades do varejo, seis apresentaram crescimento nas vendas de setembro para outubro, conforme o IBGE. Apesar da variação pequena no comércio varejista no período, a abertura do indicador mostra que houve espalhamento de taxas positivas no setor do país, mesmo após uma sequência de seis meses de aumento.
 
Dos ramos acompanhados pelos IBGE, houve alta em combustíveis e lubrificantes (+1,7%), tecidos e vestuários (+0,2%), móveis e eletrodomésticos (+0,9%), artigos farmacêuticos e perfumaria (+1,2%), material de escritório e informática (+5,3%) e outros artigos de uso pessoal (+0,3%), ramo que concentra grandes lojas de departamento.
 
“Foi um mês de espalhamento de taxas positivas no mês”, disse Isabella Nunes, gerente da pesquisa, durante coletiva no Rio. “O ramo de móveis e eletrodomésticos chamam atenção, já que seguiram crescendo mesmo após forte alta no mês anterior (+6,2%), o que está ligado ao crédito e juros.”
 
O varejo não cresceu mais em outubro porque o setor de maior peso na pesquisa, o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou queda de 0,1% no período, após cinco meses consecutivos de alta, período em que acumulou expansão de 4%.
 
“O setor passou por uma acomodação após o longo período de crescimento”, disse Isabella.
 

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