2013/10/30

Maioria dos jornalistas que cobrem o setor econômico e financeiro ainda desconhece todos os benefícios do cooperativismo de crédito

Essa é a conclusão de pesquisa realizada pelo jornalista João Marcos Rainho, dirigente da Agência Publisher de Notícias.

Por intermédio de formulário eletrônico, telefonemas e email, o autor contatou jornalistas e profissionais de comunicação e marketing de cooperativas de crédito de todo o País. Foram abordados 800 jornalistas especializados e desse total, 113 responderam a pesquisa.
 
Sobre o nível de conhecimento a respeito de cooperativismo de crédito, 51% dos jornalistas de jornais e revistas disseram “conhecer um pouco”, 38% alegaram que “conhecem bem” e 11% respondeu que “não conheço detalhes a respeito”. Esse último percentual surpreendeu o pesquisador. “É preocupante um jornalista que cobre o setor econômico alegar ignorar o cooperativismo, que faz parte do sistema financeiro nacional e, apesar de representar pouco mais de 2% do mercado, tem crescido a cada ano”, comenta Rainho.

Mesmo somando-se quem conhece e quem não conhece o tema, mais da metade da amostra (54%) alega não ter pautado o assunto cooperativismo de crédito. Entretanto, 50% disse ser o tema “parcialmente relevante” e 11% “muito relevante”. E os jornalistas reconhecem (67%) que os juros cobrados pelas cooperativas de crédito são inferiores ao cobrado pelos bancos. “Apesar desse conhecimento, as cooperativas de crédito não foram ouvidas na maior parte das reportagens recentes que trataram da questão dos juros bancários”, avalia o pesquisador.
 
“Num momento em que o cooperativismo apresenta crescimento superior ao dos bancos e é um dos fatores que impulsionam a economia de diversos países desenvolvidos, ainda não se está dando o merecido destaque a respeito da relevância social e econômica do tema na grande imprensa”, conclui Rainho. As mais de 1.200 cooperativas de crédito, com seus 5,8 milhões de associados no Brasil, ocupam a 6ª posição entre as instituições financeiras. Seus ativos ultrapassam a marca dos R$ 100 bilhões. Enquanto os bancos fecham agências e demitem funcionários, o cooperativismo de crédito inaugurou 453 novos postos de atendimento em 2011. Em rede própria de atendimento seriam o terceiro maior conglomerado financeiro nacional.

O pesquisador, que assessora o Sicoob Central Cecresp entrevistou também profissionais de comunicação e marketing de cooperativas, os quais destacaram os seus esforços de divulgação e admitem que os jornalistas ainda desconhecem todos os meandros do cooperativismo e muitos relutam em pautar o tema, mas o quadro está mudando, pois pouco a pouco surgem matérias a respeito em veículos de grande circulação.

link: http://www.agenciapublisher.com/Pesquisa_Cooperativismo_de_Credito.pdf (137)

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