Vanessa Schumacker-9.jul.09/Alerj
Após a saída do chefe da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, na manhã desta terça-feira, o governo do Estado anunciou no início da noite o nome da substituta, a delegada Martha Rocha, 51 (foto acima).
Rocha é atualmente chefe da Dpam (Divisão de Polícia de Atendimento a Mulher), que coordena as dez delegacias especializadas de atendimento à mulher, área em que fez carreira. Ela trabalhou em delegacias distritais como em Campinho (zona norte) e Copacabana (zona sul) e já foi candidata a deputada estadual.
Ela também atuou no caso do sequestro ao ônibus da linha 174, em 2000, que terminou com a morte da professora Geísa Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro do Nascimento. Na época, ela era a titular da 15ª DP, na Gávea, mas foi transferida para outra delegacia após indiciar sob suspeita de homicídio culposo o então comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), coronel José Penteado.
A saída de Turnowski foi definida em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, após quatro dias de crise na instituição. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições".
A posição de Turnowski à frente da Polícia Civil ficou desgastada após a operação Guilhotina, desencadeada pela PF (Polícia Federal), e que prendeu dezenas de policiais ligados a traficantes e milícias. O principal preso na operação, o delegado Carlos Oliveira, foi, até agosto do ano passado, subchefe de Polícia Civil. Há anos, é apontado como braço-direito de Turnowski.
Na segunda-feira (14), Turnowski decidiu fechar a Draco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), alegando ter recebido carta anônima com denúncias de corrupção, e que investigaria a delegacia.
A Draco é chefiada pelo delegado Cláudio Ferraz, ligado a Beltrame e desafeto de Turnowski. Ferraz admitiu que contribui para a PF durante a operação Guilhotina.
Em nota, Turnowski agradeceu ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Beltrame pelo tempo em que comandou a Polícia Civil. "Tenho certeza que esta é a melhor decisão para o momento", afirmou ele.
Uol
Folha.com
c/ed.
2011/02/15
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