Felipe brilha nos pênaltis, Fla bate o Botafogo e pega Bovista na decisão da Taça GB

Alexandre Loureiro/VIPCOMM


Os holofotes estavam destinados para o duelo entre Ronaldinho Gaúcho e Loco Abreu, além da ‘guerra’ entre os estrategistas Joel Santana e Vanderlei Luxemburgo. Porém, coube ao goleiro Felipe brilhar na decisão dos pênaltis após o empate em 1 a 1 entre Flamengo e Botafogo, que garantiu o Rubro-Negro na decisão da Taça Guanabara, em jogo disputado neste domingo, no Engenhão. Com o resultado, o time da Gávea, que venceu as penalidades por 3 a 1, decide mais uma final, desta vez, contra a surpresa Boavista, no próximo final de semana.

O clássico começou da mesma forma que os demais encontros decisivos entre Flamengo e Botafogo nos últimos anos: catimba, jogadas violentas, decisões polêmicas da arbitragem e nervosismo de parte a parte. Embora a torcida do Flamengo tenha comparecido em maior número, os admiradores alvinegros ‘não faziam feio’.

Em campo, as duas equipes investiam nas jogadas pelo alto. Por intermédio de uma delas, Ronaldo Angelim, herói do título brasileiro do Flamengo em 2009, colocou o time rubro-negro na frente, aos 14, em cabeçada que lembrou muito a da partida decisiva contra o Grêmio.

O gol animou o Flamengo, que passou a pressionar o Botafogo, que tentava se refazer do duro golpe.Protagonistas no início do duelo, Ronaldinho Gaúcho e Loco Abreu eram vigiados de perto pela surpresa Rodrigo Mancha e Willians, respectivamente.

As duas equipes aplicavam uma forte marcação e Jefferson e Felipe tinham trabalho quase que nulo durante os primeiros 45 minutos. Ronaldinho deu o ‘ar da graça’ aos 42, quando deu passe primoroso para Fernando cruzar para Thiago Neves cabecear. Jefferson fez defesa milagrosa.

Logo no começo do segundo tempo, foi a vez de Loco Abreu aparecer. Apagado na etapa inicial, o uruguaio obrigou Felipe a fazer grande defesa. Aos três, Alessandro deu passe precioso para o camisa 13, que dominou e jogou no canto rasteiro para empatar a partida.

O clássico no segundo tempo tinha desenho diferente da primeira etapa. O Botafogo se mostrava mais presente no ataque e o Flamengo aparentava estar meio perdido em meio a atuação abaixo da média de Ronaldinho e a discreta aparição de Thiago Neves.

A mudança de postura do Botafogo muito se deu em função da alteração de Joel, que sacou Márcio Azevedo e promoveu a entrada de Everton, que mostrava boa aparição. Outra modificação importante foi o deslocamento de Somália para conter os avanços do perigoso Leonardo Moura.

Revelação da equipe na Copa São Paulo de Futebol Júnior, o meia-atacante Negueba entrou na vaga de Deivid e começou a mostrar que poderia ser uma grata surpresa na semifinal. Aos 21,Ronaldinho ‘colou’ a bola no seu pé e Jefferson espalmou para a bola sair caprichosamente a linha de fundo. Dez minutos mais tarde, Everton quase virou o placar em arremate que Felipe
apenas torceu.

Aos 41, os jogadores do Botafogo foram à loucura, após o árbitro não marcar penalidade em jogada que a bola bateu no braço de Renato Abreu após passe de Antônio Carlos para Loco Abreu. Pouco tempo depois, o nome do jogo nos 90 minutos, Jefferson assegurou as penalidades após arremates de Negueba e Ronaldinho Gaúcho.

Nas penalidades, Felipe pegou as cobranças de Everton e Somalia. Renato Cajá chutou o seu para fora enquanto Márcio Rosário marcou o único para os botafoguenses. Leonardo Moura, Renato Abreu e Fernando decretaram a vitória rubro-negra.

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