Depois de enfrentar uma semana intensa com o atraso no depósito dos salários, nova mudança no calendário de pagamento e protestos de servidores e de estudantes da rede estadual, o governo vai encarar nos próximos dias paralisação que vai durar 72 horas. Está programa entre quarta e sexta-feira e foi decidida em assembleia que reuniu 30 categorias no último dia 3, quando mais de 10 mil pessoas participaram de manifestação nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Rio (Muspe) defende que a paralisação é o último recurso que resta ao servidor mediante o atraso de salários, constantes alterações nas datas de pagamentos e pelo parcelamento do 13º salário.
Os servidores da Educação, da Saúde, do Judiciário, do Carreirão, da área administrativa e também da Segurança Pública reclamam de o governo não conceder reajuste salarial anual, determinado pela Constituição. No ano passado, o pessoal da Educação não recebeu aumento. O último foi concedido pelo estado em 2014.
Os servidores vêm sofrendo constantes transtornos com as mudanças no calendário de pagamento. Enfrentam problema com atraso de contas, juros de cartão de crédito, cheque especial e demais dívidas bancárias. O governo justifica a crise com a queda na arrecadação de ICMS e dos royalties de petróleo. Para honrar os pagamentos da folha salarial do funcionalismo, mesmo com atraso, vem deixando de pagar vários fornecedores e demais credores.
A greve na Educação conta com adesão de 70% dos professores da rede segundo o Sepe, sindicato da categoria. Já a Secretaria Estadual de Educação aponta apenas 3% participam. Assim, como os professores da rede, os docentes e os técnicos-administrativos da Uerj estão em greve por tempo indeterminado e têm mobilizado os alunos que vêm promovendo protestos.
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2016/03/14
RJ: funcionalismo promete parar por 72 horas
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