Aragão agrada petistas e tem perfil crítico ao próprio MP
Escolhido no pior momento do PT à frente do governo federal, o novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, é um nome que agrada lideranças do partido.
No comando da pasta, Aragão terá como subordinada a Polícia Federal, responsável pela investigação que ajudou a fragilizar o governo da presidente Dilma Rousseff e tem na mira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O novo ministro substituirá, finalmente, José Eduardo Cardozo, criticado por petistas, entre eles o próprio ex-presidente Lula, por não “controlar" a PF no curso da Lava Jato.
Aragão atuava como procurador eleitoral e foi responsável pelo parecer contrário à criação da Rede Sustentabilidade antes da eleição de 2014, inviabilizando a candidatura da ex-senadora Marina Silva por esta legenda, fato comemorado pelo PT.
O futuro ministro da Justiça já fez também críticas à atuação midiática de colegas procuradores, opinião que é a mesma dos líderes da legenda.
Recentemente, no entanto, ele desagradou os aliados da presidente Dilma porque concordou com compartilhamento de informações da Lava Jato com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga supostas ilegalidades cometidas pela campanha da petista.
Aragão tem quase 30 anos de carreira no Ministério Púbico Federal e sua atuação é marcada por outras críticas ao próprio órgão, como a autonomia funcional. Na final da década de 1970, militou no MR-8, organização esquerdista que aderiu à luta armada contra a ditadura militar. Contudo, sua militância aconteceu pós-anos de chumbo, em período mais brando.
Poliglota, foi alfabetizado na Alemanha, no período em que o pai trabalhou na embaixada brasileira daquele país. Nos últimos anos, surgiu como candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
http://g1.globo.com/politica/blog/matheus-leitao/post/aragao-agrada-petistas-e-tem-perfil-critico-ao-proprio-mp.html
2016/03/14
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