Alta reprovação nos exames de ordem reflete baixa qualidade do ensino nas faculdades
RIO - A principal razão para a alta reprovação no exame da OAB é a baixa qualidade das faculdades de Direito no país. Esta é a opinião do presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem da instituição, Leonardo Avelino. Um estudo elaborado pela FGV Projetos, divulgado nesta quinta-feira, revelou que 81,5% de todos bacharéis de Direito que prestaram a prova entre 2010 e 2012 foram reprovados.
- Muita gente critica o rigor da prova, mas enquanto pensarmos que o problema é o exame da OAB e não no ensino jurídico no Brasil, não conseguiiremos reverter esse quadro. As faculdades não repassam ensino jurídico com qualidade. O problema é a falta de cobrança, não é infraestrutura. Os alunos estão acostumados a passar nas matérias mesmo sem dominar o conteúdo - argumenta Avelino.
Pelas estatísticas divulgadas nesta quinta, somente 18,5% dos 361 mil
bacharéis em Direito conseguiram a tão sonhada carteira da OAB, que concede
direitos de exercer a advocacia como profissão. O estudo analisou oito edições
do Exame de Ordem, realizadas de 2010 a 2012. Ao todo, foram recebidas no
período 892.709 inscrições. Dessas, há os candidatos que prestaram a prova até
oito vezes.
A FGV apontou que 66.923 candidatos conseguiram a aprovação na primeira tentativa, o que representa 45% do total 148.612 aprovados entre 2010 e 2012. O índice cai para 23,3 % no caso dos bachareis que precisaram prestar duas edições da prova, chegando a 0,27% (416) para os que fizeram o Exame de Ordem oito vezes até conseguirem a aprovação.
Para prestar o exame, o candidato deve desenbolsar R$ 200. Críticos da entidade dizem que a prova criou uma "indústria" de inscrições. Mas Leonardo Avelino rebate essa acusação, alegando que toda a verba arrecadada é destinada à realização da prova. E complementou:
- Para a OAB, seria muito melhor aprovar todos esses candidatos e cobrar anuidade. Dentre cobrar R$ 200 de inscrição e R$ 800 de anuidade, é óbvio que seria melhor a anuidade - pondera Avelino, lembrando ainda que cerca de 9% das inscrições são gratuitas para candidatos de baixo poder aquisitivo.
No período analisado pela FGV, houve 11 edições da prova. No entanto, os dados dos três últimos exames ainda não foram consolidados. A OAB está promovendo agora o XI Exame de Ordem, que teve a primeisa fase aplicada neste domingo (18) a 101.156 candidatos inscritos.
O Globo
A FGV apontou que 66.923 candidatos conseguiram a aprovação na primeira tentativa, o que representa 45% do total 148.612 aprovados entre 2010 e 2012. O índice cai para 23,3 % no caso dos bachareis que precisaram prestar duas edições da prova, chegando a 0,27% (416) para os que fizeram o Exame de Ordem oito vezes até conseguirem a aprovação.
Para prestar o exame, o candidato deve desenbolsar R$ 200. Críticos da entidade dizem que a prova criou uma "indústria" de inscrições. Mas Leonardo Avelino rebate essa acusação, alegando que toda a verba arrecadada é destinada à realização da prova. E complementou:
- Para a OAB, seria muito melhor aprovar todos esses candidatos e cobrar anuidade. Dentre cobrar R$ 200 de inscrição e R$ 800 de anuidade, é óbvio que seria melhor a anuidade - pondera Avelino, lembrando ainda que cerca de 9% das inscrições são gratuitas para candidatos de baixo poder aquisitivo.
No período analisado pela FGV, houve 11 edições da prova. No entanto, os dados dos três últimos exames ainda não foram consolidados. A OAB está promovendo agora o XI Exame de Ordem, que teve a primeisa fase aplicada neste domingo (18) a 101.156 candidatos inscritos.
O Globo
LEONARDO VIEIRA
Publicado:
Atualizado:
Nenhum comentário:
Postar um comentário