O empate entre as seleções do Brasil e Argentina ontem à noite em BH, em meio à constrangedora, porém autêntica, manifestação da torcida (se cuida, Dunga...) me fez refletir mais uma vez sobre o futebol brasileiro e o panorama mundial. A questão é: apesar de todo o talento do jogador brasileiro, do país ter cinco títulos mundiais e o futebol nas veias, a seleção hoje está longe de refletir o orgulho, verdadeiro, sincero, nacional.
O torcedor não é bobo, e sabe que, para qualquer jogador, chegar à seleção hoje não representa exatamente representar o país, mas sim se expor à mídia, ao público, aos empresários e seus olheiros, e ter mais chances de conseguir bons contratos. $eleção Bra$ileira. É lugar comum, mas vamos lá: acabou o amor à camisa...
Na últimas copas ocorreram discussões em torno de prêmios, formação de grupinhos, privilégios para alguns poucos, indisciplina, muitas brincadeiras inoportunas, ou seja, uma série de fatos e atitudes que não deveriam partir de quem esperamos representar o Brasil em um evento internacional desse porte. Na última copa Cafu (foi-se, ufa...) falava em bater recordes mundiais pessoais; temos visto pedidos de dispensa de convocação para disputas e torneios que não sejam o mundial, enfim... para os jogadores (e hoje não alivio nenhum) os umbigos são maiores que o espaço do gol.
Tudo isso é como a ferrugem. Não faz um estrago de imediato, mas vai corroendo até que a situação seja irreversível. Da situação atual para perdermos a condição de melhor (ou já seria UM dos melhores?) time do mundo, talvez o caminho seja mais curto do que se pensa. História é história, presente é presente.
E o Dunga? Pôxa, o Dunga é o Dunga, vocês conhecem, ou não ouviram a torcida ontem?...
O Robinho? Parece que ainda não saiu dos 12 anos...
Depois não querem que a torcida aplauda o Messi.
2008/06/19
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