2008/06/02

Poema


MERGULHO

Ver-te e o verde
como neblina e sombras
cálidas, transparentes.
Ver-te como o mesclado
azul que se aproxima
em luz e fachos,
lápis coloridos, espelho
d´água, densidade e
movimento, solto,
solo, destemido.
Ver-te plainando em si mesmo,
plainar em nada e tudo
ao mesmo tempo,
fino modo tão silente.
Ver-te por fim como
quem mergulha
em tuas criaturas,
mundo estranho, envolvente,
ao mesmo tempo
espesso e simples,
ao mesmo tempo só e
universo,
magnífico.
Luciano Aquino Azevedo

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