Em relação ao projeto que permite
o atual governo municipal de Campos dos Goytacazes contrair dívidas bancárias,
dando como garantia futuras receitas dos royalties do petróleo e participações especiais, sem querer
fazer juízo de valor e questionar o modo como o projeto foi elaborado e
aprovado, embora sem amplas discussões, é importante fazer algumas reflexões.
De forma alguma, em momento algum
no sistema financeiro, os bancos firmam contratos nos quais exista a menor
possibilidade de não obterem grandes lucros. Banco existe para lucrar, e não
para ajudar quem quer que seja, pessoa física ou jurídica.
O atual governo, aparentemente de
modo temerário, até porque não se conhece de maneira efetivamente cristalina o
que deverá ser acordado com as instituições bancárias, não trabalha com o risco
de futuras alterações nas regras de
repasses dos royalties, com a possibilidade de forte desequilíbrio do mercado
externo do petróleo e mesmo com reflexos negativos em relação à Petrobrás por conta da Operação Lava-Jato, ou ainda com
os próprios rumos da economia brasileira, hoje num momento turbulento. Será que essas possíveis adversidades não
gerarão itens compensatórios nos contratos, pró bancos e em detrimento do tomador
de empréstimo? Isso, além dos juros?
Ter lastro para governar é sensato
e necessário. Difícil é fazer isso sem apertar o start de uma bomba relógio, que aliás não deverá explodir no próprio colo.
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