CÂMARA LIMITA SEU PRÓPRIO PODER DE INVESTIGAR. É UM QUASE-SUICÍDIO INSTITUCIONAL
O presidente da Câmara, Edson Batista, suspendeu, há poucos minutos, a sessão da Câmara para que as comissões possam preparar os pareceres ao projeto de resolução que emenda o regimento da Casa, que na verdade, é apenas para justificar a limitação do funcionamento das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI´s). Os pareceres, óbvio, já estão devidamente redigidos.
O projeto de resolução foi apresentado com assinatura dos 14 integrantes da bancada do governo, que naturalmente vão aprová-la e, a partir, daí, para instalação de uma nova CPI, será necessário o apoio de 2/3 dos vereadores, ou seja, 17. Atualmente bastariam as assinaturas de nove.
Os 14 vereadores vão escrever em suas biografias que participaram desse momento triste da história do legislativo campista: renunciaram à sua obrigação de investigar e ainda amarram as gerações futuras a um regimento emendado apenas para atender aos interesses efêmeros do grupo dominante.
É um quase-suicídio institucional.
NA PORRADA!
Num ambiente que mais se assemelha a um octógono de MMA, o plenário da Câmara Municipal quer, à fórceps, votar projeto de resolução que limita a duas as CPIs instaladas, pelo regime de um terço, no caso de Campos, 9 assinaturas. Isso, óbviamente, para sepultar qualquer chance da Oposição mais os Independentes instaurarem um investigação sobre o rombaço de 110 milhões de reais, auditado na primeira gestão da atual prefeita.
A platéia, basicamente, composta de cargos comissionados do governo, tenta, aos gritos, intimidar os vereadores de Oposição e Independentes, numa afronta consentida ao regimento interno.
O governo vai aprovar o projeto de resolução e não haverá detergente capaz de lavar algumas biografias de poucos vereadores governistas, que sairão do legislativo, hoje, imundas.
Respectivamente dos blogs:
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