A Justiça espanhola abriu processo para investigar a transferência de Neymar para o Barcelona, ocorrida em 2013. O processo, que também inclui o presidente do clube catalão, Josep Maria Bartomeu, foi aberto a partir de denúncia da DIS, grupo que detinha parte dos direitos do jogador.
A informação é da rede de notícias Cadena Ser. A empresa alega que o Barcelona e a família de Neymar falsificaram contratos com o intuito de minimizar o repasse da transferência aos demais responsáveis pelo atacante. Neymar e família são investigados por corrupção e fraude.
Quando contratou Neymar, o Barcelona informou ter desembolsado 57,1 milhões para tirar o atleta do Santos. Posteriormente, o clube catalão admitiu que o gasto foi muito maior: 95 milhões.
Segundo a DIS, a manobra feita pelos representantes de Neymar em conjunto com o Barça representou desvio de 40 milhões de euros. O Santos respondia por 55%. A DIS detinha 40%. Os 5% restantes pertenciam à Teísa (grupo de investidores).
Mesmo não tendo porcentagem na negociação com o Barcelona, a família de Neymar recebeu a maior parte da transação, conforme contrato firmado entre a N & N (empresa da família do atacante) e o Barcelona.
O documento mostra que os pais de Neymar ganharam 40 milhões de euros, enquanto o Santos (que tinha a maior parte dos direitos de Neymar) levou 17 milhões de euros. O blogueiro do UOL Rodrigo Mattos teve acesso ao contrato firmado entre Barcelona e a N&N.
A DIS afirma ter recebido pouco mais de 6 milhões de euros pela transferência, mas argumenta que deveria ter recebido mais de 35 milhões de euros.
10 milhões de euros a "título de empréstimo"
A diferença do valor informado pelo Barcelona em relação ao valor real aconteceu, entre outros fatores, porque a diretoria catalã não contabilizou valores depositados à N&N desde 2011. O Barça dizia que os depósitos feitos a partir de 2011 eram "por "direito de preferência" na contratação.
O primeiro pagamento ocorreu em novembro de 2011, dias antes da final do Mundial de Clubes entre Santos x Barcelona. A N & N recebeu 10 milhões do Barça "a título de empréstimo", conforme contrato assinado. O documento apresentava que a família teria de devolver a quantia caso não fosse concretizada a contratação.
A Justiça espanhola, no entanto, entendeu que os depósitos caracterizavam clara intenção de ocultar a transação, burlando o fisco e outros envolvidos.
2015/06/17
Justiça da Espanha abre processo contra Neymar por fraude e corrupção
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