Outras cidades também aderiram aos protestos
Um grupo de manifestantes entrou em confronto com policiais militares na região do Teatro Municipal, em São Paulo, durante ato contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Após a primeira confusão próxima ao teatro, o grupo subiu em direção à avenida Paulista pela rua Augusta, onde aconteceram outros atos de vandalismo. A situação na região continua tensa. Segundo o perfil da Polícia Militar no Twitter, foram 128 detidos - 108 pelo Batalhão de Choque e 20 pelo
policiamento da área - e serão encaminhados para o 78° DP.
A rua Augusta está fechada pela PM nos dois sentidos na altura do número 440 e são usadas viaturas e até um helicóptero para acompanhar a movimentação. Até o momento, mais de 60 detidos foram encaminhados para a delegacia. Os policiais estão sem identificação.
Na Augusta, um grupo de black blocs depredou um ônibus, uma concessionária da Fiat, três agências bancárias e uma viatura da Guarda Civil Municipal.
Segundo a Polícia Militar, os manifestantes queimaram um Fusca na rua Consolação. Ainda na Augusta, clientes de alguns bares se irritaram com a situação, atiraram garrafas contra os manifestantes em um novo princípio de confusão.
Para tentar terminar com o confronto, o Batalhão do Choque da PM desceu a rua Augusta e os vândalos jogaram rojões contra os policiais.
O primeiro momento de tensão aconteceu na rua Barão de Itapetininga, na região central de São Paulo. Apesar do tumulto, a polícia preferiu não usar bombas de efeito moral e a confusão foi esvaziada pouco tempo depois.
Segundo a Polícia Militar, via Twitter, houve depredação na via e black blocs arremessaram bolas de gude e dois coquetéis molotov contra policiais militares ao serem impedidos de avançarem por uma barreira da tropa do choque. Por volta das 20h, eram 1,5 mil manifestantes.
INÍCIO
A manifestação começou na avenida Paulista, onde os participantes fecharam os dois sentidos da via.
Segundo a Polícia Militar, eram mil protestantes. Por volta das 18h30, o grupo tomou a avenida Brigadeiro Luis Antônio, na direção do centro de São Paulo, liberando a Paulista.
Assustados com a movimentação, os comerciantes da Brigadeiro Luis Antônio baixaram as portas mais cedo, mas nenhum conflito foi registrado.
Por volta das 17h, um grupo de "blacks blocs" ocupou a via e fechou a pista no sentido Consolação. Cerca de 50 minutos depois, a própria polícia tomou a iniciativa de fechar o sentido Paraíso e deixar os manifestantes tomarem a Paulista inteira na região do Masp.
Às 18h, o grupo de manifestantes começou a caminhar pela avenida no sentido Paraíso. Segundo a organização do ato, não foi definido um local para o término do protesto.
Os manifestantes entoam gritos como "Não vai ter Copa" e "O Brasil, vamos acordar! Um professor vale mais do que o Neymar".
Desde as 0h desde sábado, um grupo de cinco a dez manifestantes montou barracas no vão livre do Masp. O grupo começou a ganhar força no final da manhã.
A manifestação foi organizada pelo Facebook e o evento criado na internet chegou a contabilizar mais de 24 mil confirmações. Durante a madrugada, alguns manifestantes já estavam acampados no local. O grupo se autodenomina "Se não tiver direitos não vai ter Copa".
O grupo divulgou um manifesta em que critica a realização da Copa do Mundo no Brasil e pede que os recursos públicos sejam direcionados a "um melhor sistema de transporte, moradia e saúde para a população".
OUTRAS CIDADES
O sábado foi um dia com diversas manifestações contra a realização do Mundial. Atos vinham sendo articulados em 32 cidades espalhadas pelo Brasil, como em Brasília, onde um pequeno grupo protesta. No Rio de Janeiro, o protesto começou pequeno, com cerca de 50 pessoas por volta das 17h, em Copacabana.
Às 18h30, o grupo, que já contava com 70 pessoas, fechou um dos sentidos da avenida Atlântica, em Copacabana. O número de manifestantes decepcionou pela expectativa criada - havia mais policiais militares do que protestantes. Para chamar a atenção, os protestantes jogaram futebol no meio da pista e exibiram cartazes em inglês.
Duas horas depois, o grupo, que aumentou para 120 pessoas, chegou a Ipanema e começou a se dispersar sem nenhuma confusão. Porém, mais tarde, o Shopping Leblon e Teatro Oi Casagrande fecharam as portas pela chegada dos manifestantes que foram até o Leblon e ameaçaram iniciar um 'rolezinho'.
Em Goiânia, cerca de 100 pessoas caminharam pelo centro da cidade com cartazes criticando os gastos excessivos com o Mundial. O mesmo número de manifestantes também marcou presença em ato em Brasília, segundo a rádio CBN.
Curitiba também foi palco de protestos e há relatos de vandalismo contra o sistema de transporte público, com ao menos um ônibus destruído. Em Natal, no Rio Grande Norte, um grupo de manifestantes ocupou a BR-101 em protesto contra a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil.
O movimento se reuniu em frente a Arena das Dunas, onde jogaram futebol e gritaram palavras de ordem contra a realização do evento, como ocorreu em outras cidades-sedes no país. A via foi bloqueada.
Houve protestos em frente a Arena Amazônia, palco das partidas do Mundial em Manaus, e também na Praça 13 de maio, no centro da capital Recife, contra os gastos nos preparativos para a Copa de 2014.
Paulo Passos
UOL
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/01/25/manifestantes-fecham-paulista-e-gritam-professor-vale-mais-que-o-neymar.htm
2014/01/25
Manifestação contra a Copa em SP tem quebradeira e 128 detidos pela PM
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