2014/01/21

Artigo


A importância do modelo cooperativista para o futuro da humanidade

Como sabemos, os modelos econômicos predominantes no mundo se demonstraram até hoje incapazes de harmonizar os interesses dos representados e representantes. Dessa forma, acredito que um sistema diferenciado, onde esses interesses se comungam, aproximando os principais atores do processo, leva a um equilíbrio, através da cooperação.
 
Hoje, no Brasil, o modelo econômico predominante é altamente concentrador e excludente.
 
O cooperativismo é um sistema econômico regido por princípios próprios, com base na democracia, transparência e solidariedade, que se preocupa com a comunidade que envolve, o que o torna bem diferente do que se fortalece nas escolas dos dias atuais. Trata-se de um processo direto de união e participação, em busca do bem comum, de um verdadeiro porto seguro.

 O número de pessoas ligadas ao cooperativismo em todo o mundo é superior ao número de acionistas de empresas de capital, afirmou o Presidente do Sicoob SC/RS, Rui Schneider, em entrevista ao jornal O Diário Catarinense.

As pesquisas não mentem sobre as vantagens das cooperativas, e especialmente as de livre admissão: estas instituições possuem rentabilidade quase duas vezes maior que a do sistema financeiro como um todo, segundo levantamento feito pelo Banco Central (BC). Enquanto a rentabilidade desse tipo de cooperativa, que não faz restrição ao perfil dos cooperados, fechou o ano passado em 1,28% ao mês, a do sistema financeiro foi de 0,44% ao mês. As cooperativas chamadas de livre admissão também detêm rentabilidade maior que a do conjunto do segmento cooperativista, que foi de 0,94% ao mês.  Os dados fazem parte de um diagnóstico das 274 cooperativas de livre admissão feito pelo BC. O panorama, segundo o BC, mostra que foi acertada a decisão, tomada há dez anos, de quebrar a exigência de um mesmo perfil de associados, como categoria profissional, para constituir uma cooperativa.

As cooperativas de crédito oferecem os mesmos serviços e produtos de um banco, mas como não visam lucro, podem representar uma expressiva economia para seus clientes, que são ao mesmo tempo donos da instituição. Além de serviços e produtos de qualidade e os melhores valores referenciais do mercado, o atendimento personalizado já é outra marca registrada e amplamente reconhecida. E também deve ser considerado que a administração da própria cooperativa é de responsabilidade dos seus clientes. Assim,  o destino da organização está sempre nas mãos dos associados, uma vez que cada sócio tem direito a um voto, independente do seu capital.

Devemos enfatizar que um dos princípios do cooperativismo, o interesse pela comunidade, é o mais importante pilar de sustentabilidade das instituições, pois uma cooperativa de crédito só se sustenta em função da comunidade onde se instala. Em contrapartida, os seus resultados ficam na comunidade.

O cooperativismo é muito de união e participação, mas também nos dá responsabilidades acerca de nossas próprias ações, frutos de reflexões e entendimento acerca daquilo que efetivamente é melhor para todos.
 

Neilton Ribeiro da Silva
Consultor / Sicoob Cred Rio Norte

www.sicoobcredrionorte.com.br



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