Região leste, onde fica o estádio da abertura, tem duas manifestações: uma anti-Mundial e outra de metroviários
Depois de ter acalmado um pouco após tensão nos primeiros minutos de sua realização, novo confronto ocorreu entre manifestantes e policiais em protesto contra a Copa do Mundo, nesta quinta-feira (12), nas proximidades do metrô Carrão, na zona leste de São Paulo. Por enquanto, há registro de dois jornalistas da rede norte-americana CNN feridos - eles foram socorridos por homens do Corpo de Bombeiros. Um jovem foi preso.
Uma ampla barreira da Tropa de Choque da Polícia Militar,
com soldados usando escudos, foi formada para impedir o grupo de acessar
a Radial Leste, principal via de ligação à Arena São Paulo, onde ocorre
a abertura do Mundial, às 17h. A intenção dos militantes do protesto
era ir ao estádio.
Os manifestantes pretendiam fazer a
passeata pela via, mas foram impedidos pelos militares, que procuram
isolar toda a região onde a Seleção Brasileira enfrenta a Croácia
para evitar tumultos e cenas de violência nas proximidades do estádio. A
PM usou bombas de efeito moral para dispersar os presentes.
Apesar
da tensa movimentação, o número de manifestantes, apenas algumas
dezenas, era ínfimo se comparado ao de policiais e de trabalhadores da
imprensa, incluindo fotógrafos, câmeras e repórteres de veículos
internacionais.
Após a situação ter sido controlada pela polícia, um caminhão de som passou a rodar pelo local com jovens na parte superior gritando palavras de ordem e cantando contra a Copa com batuques e versões de canções de sucesso.
Convocado na véspera já com itinerário definido até o cordão de isolamento criado para garantir a segurança no entorno do estádio, o ato é organizado pelo coletivo Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa.
Metroviários
Ao mesmo tempo em que ocorria o protesto na estação Carrão, perto dali, nas proximidades do Metrô Tatuapé, funcionários do Sindicato dos Metroviários faziam passeata exigindo a readmissão de 42 funcionários demitidos devido à greve da categoria, encerrada na noite de segunda-feira (9). O ato, pacífico, contou com a presença de integrantes de centrais sindicais, movimentos sociais e funcionários do Metrô.
Na noite anterior, o presidente do sindicato, Altino dos Prazeres, afirmou que o protesto não tinha nada a ver com o Mundial e garantiu que a categoria não se juntaria ao ato contra a realização do torneio no País. Os metroviários devem limitar a passeata apenas ao entorno da sede do sindicato.
http://copadomundo.ig.com.br/2014-06-12/protesto-contra-copa-do-mundo-comeca-com-confronto-na-zona-leste-de-sp.html
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