Rio - Uma exibição na Twitcam (dispositivo que exibe imagens de uma webcam no Twitter) pode custar o mandato de um vereador do município de Macaé, Região Norte Fluminense. Danilo Funke (PT), transmitiu a votação de uma indicação legislativa de sua autoria, o que causou constrangimento em outros parlamentares que o acusam de uso indevido da imagem.
Em fevereiro, o vereador petista fez uma indicação sugerindo maior participação dos professores na discussão do plano de cargos e salários da categoria. Entretanto, o documento só foi levado à votação em abril. Funke decidiu transmitir a votação pela Twitcam e, como a Câmara reprovou a indicação, o vereador colocou uma foto dos parlamentares que foram contrários à proposta em seu site pessoal.
"Admito que poderia não ter usado imagens dos vereadores em um site não institucional, mas a reação deles foi desproporcional. Nunca antes um vereador de Macaé sofreu processo de cassação", diz.
Funke justifica sua atitude com o horário das sessões na Câmara - que ocorrem às terças e quartas-feiras pela manhã. Segundo ele, mesmo sendo abertas, a população em geral não pode acompanhar as votações porque muitos estão estudando ou trabalhando no horário.
"Eu mesmo não conseguia acompanhar as sessões quando eu era suplente", comenta Funke.
Autor da denúncia contra Funke na Comissão de Ética da Casa, o vereador Julio Cesar de Barros (PMDB) diz que o petista foi "leviano".
"O vereador Danilo Funke usa meios eletrônicos para jogar a sociedade contra a Câmara. Eu não autorizei colocar minha imagem em site nenhum. Não é uma questão pessoal ou política, apenas acho que as pessoas tem que usar a comunicação de forma responsável, e ele foi leviano", diz.
O vereador Danilo Funke agora agora tem dez dias para elaborar uma defesa e apresentar à Câmara de Vereadores.
O Dia
Por Danilo Motta
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Um comentário:
Os vereadores são pessoas públicas exercendo cargo público, agiam na qualidade de pessoas públicas.
Que história é essa de uso indevido de imagem? Será que foi usada imagem da vida privada de algum deles?
Ora, homens públicos, pagos com dinheiro público, exercendo cargo público não tem que alegar nenhum tipo de privacidade. Salvo se a votação for secreta.
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