2011/05/18

Na minha mão é mais barato

As discussões em torno da instituição do valor de R$ 1,00 pela passagem no transporte público em Campos dos Goytacazes (RJ), pelo atual governo, acabaram se esvaindo. Não que o assunto não tenha importância, ao contrário, mas muito mais pelo desgaste que um debate social causa ao longo de meses, via mídia de modo geral, e pela falta unilateral de informações que deveriam ser prestadas ao povo.
Não se questiona o benefício ao consumidor. O que se quer saber relaciona-se, por exemplo, ao tipo de controle exercido pela prefeitura sobre as empresas para o efetivo devido pagamento da subvenção, já que se desconhece o uso de catracas eletrônicas com contador. O que se pergunta é porque as empresas continuam se utilizando de coletivos sucateados, gerando extrema insegurança, mesmo depois do recebimento de milhões de reais desde o início do atual governo - existe em curso um prazo oficial para a renovação das frotas, mas pouquíssima gente apostaria um real sequer no seu cumprimento. E a curiosidade também passa pela fiscalização, ou não, do cumprimento de itinerários e horários.
Já abordamos aqui também, em relação ao transporte público, o caso das vans, que infestaram a cidade. Legalizadas ou não, trafegam ao lado de verdadeiros absurdos sobre rodas – carros de passeio que fazem lotadas sem as mínimas condições. Aqui, apropriadamente, pergunta-se pela fiscalização da EMUT e Guarda Civil Municipal.
Mas eis que somos surpreendidos agora com a decisão dos exploradores das vans, que haviam fixado o preço das passagens no mesmo R$ 1,00 do governo municipal, em reajustar o valor para R$ 1,50. Um aumento de 50 por cento de uma tacada só! A situação é esdrúxula ao ponto de não nos atrevermos a perguntar quem autorizou o aumento. Ou quem planejou o aumento. Ou quem decide por tal aumento. Ou ainda quem deveria fiscalizar tal aumento.
Cuidado ao atravessar a rua em Campos. Você pode ser atropelado pela inexistência de fiscalização e planejamento no trânsito e no transporte público.

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