A Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico prendeu 11 pessoas na operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (9) para coibir a caça predatória em municípios do Rio de Janeiro. Objetos como armas e trabucos também foram apreendidos pela PF, de acordo com balanço parcial.
Em nota, a PF informou que deve cumprir mandados de prisão e 33 mandados de busca e apreensão hoje, nas cidades Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Guapimirim e Miguel Pereira.
Animais como pacas, porcos do mato, cotias, tatus e cervos, entre outros, estavam sendo caçados "durante décadas e indiscriminadamente" no interior da Reserva Biológica do Tinguá, área de 24 mil hectares que abrange seis municípios do Estado do Rio de Janeiro.
A PF afirma que, apesar de se tratar de uma unidade de conservação de proteção integral, na qual o acesso é limitado apenas a pesquisas científicas, "a população de seu entorno insiste em adentrá-la, desrespeitando as leis ambientais".
"Com base nas informações colhidas nas incursões, ocasiões em que foram presos inúmeros caçadores, interceptações telefônicas e levantamentos no local, uma quadrilha de caçadores foi descoberta na região", informou o comunicado.
Para a prática de caça, os infratores usam armas de fogo, arapucas, redes e trabucos (armadilhas de detonação com linha esticada). Também há um restaurante na região, cuja especialidade é carne de caça --algo que acaba por estimular a prática de caçadas predatórias.
"Os caçadores [também] causam enorme destruição ambiental, inclusive contra a flora, eis que passam dias a fio acampados em ranchos construídos com árvores da reserva, incrustados em amplas clareiras", diz a nota.
Os investigados da operação responderão pelos crimes de formação de quadrilha armada, posse de arma de fogo de uso permitido ou restrito e caça ilegal, cujas penas somadas podem chegar a 11 anos de prisão.
da Folha Online
Uol
2009/10/08
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