Presidenciável do PDT também afirmou que PT virou 'organização odienta de poder'
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta sexta-feira (28) que, caso não vença a disputa pelo Palácio do Planalto, esta terá sido sua última eleição. Ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-deputado, Ciro Gomes está em sua terceira tentativa de chegar à Presidência.
Ele já havia concorrido ao Planalto nas eleições de 1998 e 2002, mas acabou derrotado pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente.
"Vou disputar a minha última eleição. Por isso, vou ter que lutar como um obstinado até as 17h do dia 7 de outubro", declarou Ciro em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.
Ciro suspendeu as agendas externas de campanha nos últimos dois dias em razão de um problema de saúde. Ele foi internado na última terça (25) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com sangramento na urina relacionado ao crescimento benigno da próstata, mas recebeu alta médica no dia seguinte após fazer uma cauterização. Nesta sexta, o pedetista foi a um consultório médico para retirar a sonda que foi colocada durante sua internação hospitalar.
Na entrevista à rádio, o pedetista também disse que, na visão dele, "não é mais possível" apoiar o PT, referindo-se a uma eventual aliança com o presidenciável petista, Fernando Haddad, em um segundo turno.
Nesta quinta (27), Haddad afirmou em entrevista coletiva no Rio Grande do Sul que tem "certeza" de que PT e PDT apoiarão um ao outro em um eventual segundo turno.
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (26) apontou o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, com 27% das intenções de voto, Haddad, com 21%, e Ciro, com 12%.
"Eles [PT] acusam que existiu um golpe em 2016 e estão juntos com Eunício Oliveira, no Ceará, e Renan Calheiros, em Alagoas. Não é mais possível andar com eles [petistas]", afirmou o presidenciável do PDT, ao ser questionado sobre se cogitava apoiar Haddad caso o petista consiga chegar ao segundo turno.
Após fazer várias críticas ao PT – seu antigo aliado –, Ciro afirmou na entrevista que a sigla de Lula e Haddad não é mais um partido. Para ele, o PT virou "uma organização odienta de poder".
Por Fabiano Costa e Glauco Araújo, G1 — Brasília e São Paulo
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